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Caneca de Letras

26.11.18

 

" O amor é o ridículo da vida.

A gente procura nele uma pureza impossível...

Uma pureza que está sempre se pondo, indo embora.

A vida veio e me levou com ela.

Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue.

Bonita e breve como borboletas, que só vivem vinte e quatro horas.

Morrer não doí."

Cazuza nos últimos momentos de sua vida, desfrutando do mar que parecia se querer despedir dele mesmo, numa mistura de amor e tristeza, soletrada e irrepetível alma poética.

É impossível não sentir em cada palavra sua, a imensidão de uma beleza sensível, de uma coragem irreverente, de uma sabedoria intemporal.

Viva Cazuza.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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