Uma Singela História
Não grita a dor...
Nem dói o grito, nem consegue gritar o dorido sentir, mesmo que sentindo vocifere, vociferando baixinho, tão baixo como a sonolenta expectativa, expectativas frustradas, cantadas na canção, cantarolada emoção, que emociona o coração, por entre, batidas de amor, nesse amar obsessão, tornada razão, quase insultuosa forma de expressão, transformada em ilusão, sustentando ilusoriamente, a intrigante vontade de reescrever, o que se perdeu.
E assim, nas entrelinhas, por entre linhas, se rabiscam palavras, meio disfarçadas, disfarçando o que o destino, desatinadamente cumpriu.
Voltas e mais voltas, caminhos desconexos, soletrados ao vento, por momentos, sem esquecer...
Voltas e mais voltas, guardadas em mim, num secreto recanto de minha alma.
Num recanto, encantado, de uma história...
De uma singela história.
Filipe Vaz Correia