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Caneca de Letras

25.06.19

 

E se?

Há dias vendo o filme Cartas para Julieta, esta pergunta surgiu em minha mente, acompanhando a interrogação desenvolvida naquela história.

E se?

Voltei atrás no tempo, nesse misto de questionamento que faz revolver os sentimentos.

Nessa questão, sem resposta, voa a alma, perdida por entre as asas da imaginação, num destino que se cumpre dia a dia, sem retorno.

Quantos de nós não pararam por um instante, num determinado momento, singelo encruzilhar de uma vida...

E se questionaram:

E se?

Esta deve ser a questão, que sendo impossível de ser respondida, mais vezes assola a mente humana.

Quantas vezes, lá atrás, se escondem arrependimentos, se entrelaçam saudades, se amarram vontades silenciosas.

Mas tudo caminha, evoluí, continua...

Nada espera ou permanece nesse carrossel de dias e noites que acabam por deixar para trás memórias e ligações.

Gente que fica, gente que chega, abraços e afagos que vão perecendo pelo tortuoso caminho.

Nesse constante rebuliço do tempo, vai sobrando ao coração a vontade de se interrogar, enquanto esse mesmo tempo vai encurtando o horizonte, num sedutor passadiço de tamanhos destinos.

E se?

Sei lá!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

05.01.19

 

 

 

Porque faz sentido a poesia?

Essa mistura de letras e palavras,

Voltando como maresia,

Num agigantar da alma,

Desesperada por um sentir,

Que mesmo fugaz,

Se imortalize...

 

Se torne intemporal;

Como o olhar de uma mãe,

Como a brisa do verão,

Um abraço desmedido,

Aquecendo o coração...

 

A poesia é beijo;

Ou um escondido desabafo,

Um intenso desejo,

Que não cala...

 

A poesia é um pedaço de tudo;

Um eco de nada,

Uma tela do mundo,

Uma voz retratada...

 

A poesia é enfim;

Uma beleza sem fim.

 

 

 

27.04.18

 

 

 

Tenho tanta vontade de sentir;

Novamente sentir,

O sentido bater,

Contraditório fugir,

Da alma a querer,

Querendo pedir,

Que volte a viver,

Repetidamente,

Vezes sem conta...

 

Vezes sem conta;

No mesmo lugar,

Vezes sem conta,

Aquele abraçar,

Vezes sem conta,

Nossas mãos entrelaçar,

Vezes sem conta,

O desmedido amar,

Vezes sem conta,

No teu olhar...

 

Tenho tanta vontade;

De resgatar da saudade,

Essa asfixiante verdade,

Sem fim...

 

Amo-te inteiramente;

Eternamente,

Como se fosse sempre,

A primeira vez.

 

 

26.02.17

 

Questiono aquela voz que me acompanha;

Aquela estranha certeza que em mim habita,

Aquele imaginário amigo,

Conselho antigo,

Que sei só meu...

 

Por entre as palavras escondidas;

Os olhares imaginados,

A história descrita,

Nesses sonhos passados,

Em cada imagem escrita,

Na vontade da minha querença...

 

Sempre soube que não existias;

Que eras fruto dessa tortuosa imaginação,

Da vontade insegura,

Que comanda esse coração,

Alma nua,

Que se esconde por detrás da minha emoção...

 

Mesmo assim;

Não saberia imaginar,

Poder enfim,

Caminhar,

Sem a certeza,

De contar,

Com esse amigo imaginário,

Que acompanha o meu destino!

 

 

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