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Caneca de Letras

21.07.19

 

Os incêndios...

Sempre eles.

Neste dia de sol, onde parece finalmente o Verão querer reinar, chegam as notícias de um Incêndio na zona de Mação, um fogo descontrolado, um "Inferno" para todos aqueles que assistem, impotentes, àquele arder de uma vida, de sonhos e posses.

Um terrível e triste acontecimento que todos os anos parece se repetir.

Muitas serão as causas, as avaliações que podemos e devemos fazer, nesse buscar incessante por conclusões e soluções que tardam em se impor.

No entanto, algo maior me intriga, me inquieta...

A Polícia Judiciária divulgou que deteve um suspeito de ter ateado um dos focos de incêndio perto daquela localidade.

Até aqui muito bem...

O que indigna é imaginar as penas a que estas pessoas estão sujeitas, muitas vezes postos na rua com apresentações periódicas nas esquadras.

Não pode ser!

O código penal Português tem de prever penas exemplares para estes crimes, até outros mas centremos aqui a nossa discussão, pois só assim se erradicará, em parte, este problema.

O legislador tem de ter em atenção as vidas, propriedades e sonhos, arrancados por este tipo de crime, as desesperantes labaredas de um "inferno".

Mas ano após ano se repete a tragédia, os "tresloucados" incendiários no guião de mais um Verão.

Por favor...

Criminalizem o Fogo Posto, como se as vidas que estão sujeitas a tal crime, realmente, importassem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.07.19

 

Alguém me pode avisar quando o tão esperado Verão chegar?

Estamos a meio de Julho e ainda não estou bronzeado, ainda não tive um verdadeiro dia de piscina ou de praia...

Daqueles que se recorda com gosto, seguido de uma bela jantarada, bem regada, entrelaçado numa bela converseta, num abraço desmedido.

O que se passa?

Muitos dirão que o calor incomoda, que esse Verão abrasador também não apetece mas não posso deixar de resmungar diante da ausência desse companheiro de destino que tantas vezes me fez sorrir.

Dias nublados, manhãs tristonhas, vento insistente, frio atípico...

O que aconteceu ao Verão, ao meu Verão lisboeta?

As férias chegarão em Agosto, dias na Foz e no Algarve, dias que se esperam quentinhos...

Mas até lá aguardarei por um pedaço de calor para me perder por entre um mergulho e outro.

Assim agradeço que me avisem quando o sol aparecer e o "meu" Verão chegar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

12.07.19

 

Parece que querem fechar as praias da Costa da Caparica durante o mês de Agosto...

Serão apenas uns dias, mas mesmo assim alguns se insurgem contra a medida, não pelo valor da mesma mas sim pelo timming escolhido para o efeito.

Isto também é embirrar!

Uma praia aqui ou outra ali, sempre se conseguirá um espacinho para banhos, por entre máquinas e tractores entulhando areia pelos areais da Costa.

As pessoas tem de ser compreensivas, até mais simpáticas com as decisões Camarárias ou do Governo pois convém entender que estes apenas tiveram uns meros 8 meses para tratar do assunto.

Isto é mais ou menos como se proibisse a apanha de sardinha em Junho, mês das festas populares...

Comia-se o carapau ou o belo jaquinzinho, sempre regado com o belo azeite Lusitano.

Tenham calma e esperem com paciência, seria pior se encerrassem as praias não só em Agosto, mas também em Julho.

É melhor não dar ideias...

Viva o verão e a (in)competência de quem nos governa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

21.06.19

 

Parece que irão fechar de forma rotativa, repito rotativa, as Maternidades da Grande Lisboa durante o Verão.

Onde é que está o problema?

Claro que muitos aproveitam para atacar esta medida, sem atentar à boa prática orçamental da mesma.

Em primeiro lugar a maior parte das pessoas não vai para a maternidade no verão, altura de imenso calor, sendo a  praia um lugar mais aprazível.

Em segundo lugar é absolutamente normal que o Governo aproveite este tempo de férias para organizar os custos do Estado, assim como, fazem a maior parte das famílias.

Por exemplo, em minha casa desactivo a Sport Tv, aproveitando o fim do campeonato nacional, poupando dois meses de mensalidade.

Existem jogos durante este tempo?

Sim...

Mas pouco interessantes e em pequena quantidade.

Direi até mais...

Mas quem é que resolve fazer filhos em Outubro, Novembro ou Dezembro, meses agitados profissionalmente, com fecho de contas, vendas de Natal e agitação turística.

Quem?

Por todas estas razões parece-me que existe falta de compreensão com esta medida, numa rotatividade que se aprecia e saúda.

Não existem muitos Obstetras ou Enfermeiros no SNS, dificultando a gestão hospitalar para atender tantos utentes e mesmo assim as pessoas da região de Lisboa parecem insistir em procriar...

Mas não lhes bastava o Outono, o Inverno ou a Primavera, ainda querem ter filhos no Verão.

Tenham vergonha e vão para a praia, sem gritos ou reclamações que o nosso País, não é o Pingo Doce em dia de promoções.

Tenham bebés mas com respeito ao calendário adequado para o efeito.

Combinado?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

24.09.18

 

Os melhores dias de Verão...

No Outono.

Temperaturas de fazer inveja a Julho e a Agosto, temperadas a gosto com um pitada de desgosto para aqueles que resolveram tirar férias no Verão, ao invés de esperar por este Outono imprevisível.

Nada é como dantes, onde as Estações respeitavam o calendário, onde as previsões se enquadravam no dito popular.

As folhas permanecem na copa das árvores, brindando o sol, viçosamente desafiadoras de um tempo que em nada é igual e em tudo é divergente do previsto.

Será o aquecimento global?

Trump dirá que não...

No entanto, talvez possa estar enganado.

Sobra aproveitar estes dias, este prolongamento que ameaça tornar-se hábito, numa espécie de metamorfose meteorológica que acabará por inevitavelmente trazer nefastas consequências a este nosso "velhinho" planeta.

Bem...

Mais uma imperial e um mergulho que o tempo não está para grandes escritos.

Viva o eterno Verão.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

29.10.17

 

Celebrar a amizade, nos últimos dias de um Outubro, derradeiros dias de um Verão que tarda em se despedir, em deixar surgir aquele desnudar das árvores, imensa melancolia no olhar, que insiste em não chegar.

Fui jantar com a minha mulher e dois queridos amigos, Verinha e Lourenço, a um restaurante perto de minha casa, O Papo Cheio...

Mesa na esplanada, jantar magnifico, como sempre, conversa descontraída, solta, tão nossa, repleta de empatia, telepatias, enfim aquela ligação que tão bem nos define.

A amizade tem destas coisas, esta espécie de combinação exacta, quase perfeita, de tantos e tamanhos labirintos opinativos, que acabam por se conjugar num reencontro constante, de pessoas que se querem bem.

No fim da noite, no curvar de uma esquina, o desfolhar de uma árvore, numa dança imperfeita de folhas que se estiralham no chão, se desprendem das copas e nos brindam com um cenário romântico, nostálgico, teatral...

Verinha e Daniela à frente, Lourenço e eu atrás, perdidos por entre conversas diferentes, pensamentos diversos, reencontrados nesse desencontro mágico, repleto de um imenso significado.

E assim, numa esquina desta nossa Lisboa, entregues ao espantoso momento e à sua intrínseca beleza, tivemos a certeza de que celebrada a amizade, num desajustado dia de um verão que já passou, tivemos o gosto de presenciar, um pedaço de Outono, que se recusou  a ser Verão...

Viva a amizade.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

31.08.17

 

O que escrever neste último dia de Agosto, por entre mergulhos na piscina e o pensamento esvoaçante em mais um verão que teimou em se escapar, tão levemente como chegou...

Um dia espectacular para compensar aqueles primeiros dias da semana, tristonhos, desagradáveis.

De regresso a casa, nesta Lisboa intemporal, a este rebuliço constante, desfruto com gosto deste calor abrasador, abrasadoramente convidativo, entrelaçado a esta minha vontade de me perder, por entre a água retemperadora que parece olhar para mim...

Chamar-me...

Agosto chega ao fim, neste ano de 2017, deixando para trás as luzidias tardes, as noites claras, o sonho acordado até ao infinito entardecer.

Está a chegar o Outono e depois o Inverno, antecedendo a Primavera...

E depois, novamente, o Verão.

Não sei porquê, mas nunca deixei de sentir na chegada de Setembro, uma certa nostalgia, uma incerta vontade de despedida deste dolce far niente, inerente ao calor e à praia...

Pelo menos na minha mente, sempre assim foi.

Por todas estas razões, deixo aqui neste último dia de Agosto, este meu tributo ao mês, onde a luz parece não ter fim, os rostos parecem ter outra cor, as vozes parecem soar de outra maneira e os olhares desprendidos parecem ganhar expressão em cada pessoa...

Em cada um de nós.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

09.07.17

 

O mar da Foz do Arelho, resgata à minha mente recordações, memórias que guardo na alma, com o carinho imenso com que sempre aqui sou recebido...

O som deste mar, bravamente acolhedor faz-me sonhar, sentado no terraço de casa dos meu Tios, como se estivesse no camarote de um navio, navegando mar adentro rumo a um destino intemporal.

As Berlengas ao longe, nítidas, imponentes, como se estivessem a flutuar por esse mar imenso, que nos invade com a sua força indescritível...

O sol reflete-se no azul do mar, o vento corre entrelaçado com a espuma das ondas que rebentam bravamente, ao encontro daqueles que à beira mar passeiam, respirando sem parar, este pedaço salgado de vida.

As gaivotas sobrevoam tranquilamente os céus, descobrindo também elas os recantos escondidos de mais um verão.

O fim de semana está acabar e aproxima-se o regresso ao rebuliço de Lisboa, com os seus encantos, com o quotidiano citadino, com a agitação tão própria da capital.

No entanto, mais uma vez, fica em mim, no meu coração e na minha alma,  a estima e a amizade, as gargalhadas e as histórias, os momentos eternos que para sempre estarão guardados.

Porque são esses os momentos que verdadeiramente importam...

Obrigado, Tios.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

17.06.17

 

 

 

Um mergulho tão fundo;

No despertar do verão,

Um prazer vagabundo,

Vagueando pela ilusão,

Reencontro profundo,

Com a distante recordação,

Da minha infância...

 

Este ar quente;

Este sol abrasador,

Reflexo de um tempo já ausente,

Passado acolhedor,

Por entre as memórias da minha mente...

 

E em cada pedaço deste mar;

Onde me pareço perder,

Perdendo-me nesse reencontrar,

Intenso reviver,

Desses verões que já não voltam...

 

A esse tempo,

Onde fui criança.

 

 

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