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Caneca de Letras

30.04.19

 

Está em curso um golpe militar por terras Venezuelanas, um caminho de esperança para todo um Povo.

Juan Guaidó anunciou este golpe, no Twitter, enquanto incita as pessoas a saírem à rua, para participarem neste momento que poderá ditar um futuro, há tanto tempo, ansiado.

Cada minuto conta, cada segundo importa, para compreendermos se este golpe poderá ser coroado de sucesso...

Notícias relatam a libertação de Leopoldo Lopez, num claro sinal de mudança, esperando o mundo pelos ventos de novos dias.

Até onde poderão sonhar os Venezuelanos?

Os militares têm a palavra...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

17.04.19

 

Quem passa pelos postos de abastecimento de gasolina, em Lisboa, presumo que seja igual no resto do País, observa um cenário de corrida desenfreada às últimas gotas de gasolina.

Uma espécie de racionamento de combustível, num crescente receio invadindo os cidadãos.

Sinceramente não consigo compreender esta fragilidade evidente, que coloca à mercê de uns quantos, o "destino" de tantos.

Alertas do Governo, notícias alarmantes nos meios de comunicação social, pedidos de prioridade por parte dos meios de socorro.

Um cenário, ridiculamente, preocupante.

A Greve dos motoristas de substâncias perigosas, deixa desnudada, uma vez mais, a incapacidade das Sociedades actuais, para responderem num cenário de chantagem, como este exemplo torna claro.

Uma corporação ameaçando paralisar o País, em virtude das suas reivindicações...

Justas?

Talvez.

Mas absolutamente repugnantes, na forma como se fazem valer.

Sou, sempre o escrevi, contra Greves, desde a minha tenra existência, numa convicção sustentada nestes actos selvagens que acabam por capturar a vida de todos nós.

Enfermeiros que obrigam a anular cirurgias, professores que ameaçam impedir exames, transportes que bloqueiam o quotidiano, por si só sofrido, de passageiros obrigatoriamente reféns desse meio de locomoção para sobreviverem.

Este tipo de gestos, greves, chantagem, como melhor vos aprouver designar, faz crescer em mim, a certeza de que num próximo tempo, as populações se virarão contra aqueles que ameaçam cercear esse destino colectivo.

Por momentos, por entre notícias, num singelo segundo, julguei que tinha sido tele-transportado para a Venezuela, num dia de racionamento petrolífero...

Mas não, estava em Lisboa.

Enfim...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

12.03.19

 

A Venezuela continua perdida, por entre, esse longo Inverno Chavista em que se transformou o seu destino.

Há uns meses, escrevi um texto onde comparava Maduro a Ceaucescu, não a sua história, mas o seu epílogo.

Continuo, cada vez mais, convicto desse epílogo.

A queda do Regime Comunista Bolivariano aproxima-se, chega mais perto, a cada morte, em cada Pai ou Mãe que olha para o seu filho esfomeado, a cada dificuldade aumentada, em cada sacrifício, nesse desespero plasmado em todas as almas.

Claro que o Exército ainda sustenta o regime, nesse suspiro final a que se agarram os fiéis correligionários de Maduro, no entanto, com o aumentar da pressão Internacional, e acima de tudo, com o estado de calamidade em que se encontra o Povo Venezuelano, não será de estranhar a mudança de lado dessas Forças Armadas, que são o fiel da balança deste moribundo Regime.

Maduro que permanece de forma "autista" agarrado ao poder, lutando até á morte, pela sobrevivência de um legado bafiento, irá num momento acordar no cadafalso, como Ceaucescu, num despertar solitário, rumo ao seu fim...

Num desfecho, que considero, mais do que esperado.

E nesse instante de agonia final, nem o "passarinho" em que se transformou Chávez, o salvará...

Nada deterá a raiva de um povo e de toda uma geração perdida.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

10.01.19

 

Portugal não estará representado na Tomada de Posse de Nicolas Maduro, como Presidente da Venezuela.

Bastaria o argumento, do dito"senhor" ser um déspota de estirpe comprovada, líder de uma ditadura Bolivariana...

Mas acrescenta-se, ainda, o facto de as eleições de Maio de 2018, não terem sido reconhecidas pela Comunidade Internacional, sobrando indícios fraudulentos que denunciam os desmandos ocorridos, naquele País da América do Sul.

Não poderia estar mais de acordo, com esta medida do Governo Português, alinhado com a União Europeia e divulgado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros.

No entanto, uma questão me faz salivar de curiosidade...

Como explicou o Governo, esta decisão, aos seus parceiros de Geringonça?

É que BE e PCP são leais "amigos" do tal Maduro, aquele que executa opositores, persegue empresários Portugueses, e acima de tudo, tortura a sua população com intermináveis discursos, ao estilo Fidelista, na televisão Estatal.

Digamos que é mais um "Sapo" a engolir pela queridíssima Catarina e pelo, não menos, estimável Jerónimo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

24.10.18

 

Partindo das eleições Brasileiras para uma reflexão mais alargada, vou discorrendo sobre esta inusitada ligação entre Deus e o Populismo Radical.

Deixo aqui bem claro que não atribuo culpa alguma, nesta relação, a Deus mas sim àqueles que se aproveitam da Sua mensagem, usando a frustração presente em Milhões para capitalizar votos e com isso chegarem ao poder...

Esta nota parece de somenos mas para mim é relevante manter este respeito pelo Divino, não vá...

Bem.

Em primeiro lugar, não esquecer a principal razão para Bolsonaro seguir com esta vantagem nas eleições do Brasil...

Quase duas décadas de poder do PT, repletos anos de corrupção envolvendo quase todo o espectro político Brasileiro, permitindo assim terreno para o aparecimento de um qualquer Salvador da Pátria.

No entanto, a presença de "Deus" tornou-se evidentemente crucial, com o peso crescente das Igrejas Evangélicas, Iurd na frente, tomando os votos dos seus Milhões de fiéis como garantia de um desequilibrar da balança.

Numa reportagem da SIC, uma fiel à saída do Templo de Salomão, em São Paulo, gritava as suas razões para votar em Bolsonaro:

Porque tinha sido indicado pelo Bispo Edir Macedo...

"Homem que a tinha retirado da droga e do pecado!"

Transformando-a assim, num Ser acéfalo, incapaz de raciocinar por si mesma.

Esta segunda parte é claramente um pensamento meu...

Se olharmos para os Estados Unidos e para o discurso de Trump, as palavras bíblicas e o peso dos Mormons, Baptistas, Pentecostais, não poderemos deixar de, também ali, reparar neste peso desmedido destas religiões no acto político.

Poderemos ir mais longe...

A forma como Chavez manipulava a sua relação com "Deus", para acrescentar credibilidade ao seu discurso, acto aliás continuado nesta anarquia reinante de Maduro.

A demissão durante décadas da Igreja Católica, em muitos deste lugares, com principal incidência no Brasil, não pode deixar de ser aqui relevada, no desmesurado ganho de influência destas "supostas" religiões.

Num patamar mais extremado, não esquecer o papel do radicalismo Islâmico, no transformar das Sociedades Muçulmanas que foram perdendo com o passar dos anos, uma certa laicidade que as marcava, submersas em anos de conflitos e repressão.

Basta olhar para os anos 60 no Irão, Líbano ou até a Arábia Saudita.

A mensagem de "Deus" que deveria ser a de Amor, é usada para disseminar o Ódio, discriminação, encontrando eco numa mistura de sentimentos muito em voga por esse mundo a fora...

Frustração, desespero, ressabianço, insegurança, preconceito, etc...

Na construção de um mundo melhor, parece que estamos encurralados nesta espécie de ignorância, entrelaçada com a vontade de dividir, ao invés, de agregar, o que perspectiva todos estes cenários assustadores em alguns pontos do planeta.

Resta olhar para "Deus" e esperar que o tempo possa desarmar esta ligação entre o Divino e o Populismo Radical.

Mas sem Educação....

É difícil.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

15.09.18

 

87% da população em pobreza, tendo 61% dessa mesma população a classificação de pobreza extrema...

Isto existem relatórios tendenciosos, capazes de desvirtuar a realidade dos factos e dos momentos.

Então o Senhor Maduro, esse líder louvado pela Esquerda Parlamentar mais radical, consegue criar riqueza para um numero significativo da população, cerca de 13% e ninguém valoriza...

Ninguém se dá ao trabalho de relevar esse significante apontamento.

Isto existem injustiças!

De uma coisa podemos estar certos:

O número de Militares ou funcionários do Partido do Regime...

Rondam os 13% da população Venezuelana.

Um viva grande para Maduro e para a sua gente...

Se calhar, poderia sair mais uma menção honrosa na Assembleia da República.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

29.08.18

 

Os lingotes de ouro de uma Venezuela, perdida por entre o inacreditável mundo de Maduro, são essa evidência maior, da trágica desesperança do Populismo.

É fácil crer num discurso assim, para aqueles que acreditam que os seus problemas são o fruto do bem de outrem, do sucesso dos que supostamente pertencem, no seu imaginário mundo, a uma elite.

Sempre foi assim...

Sempre será.

Um pequeno grupo como alvo, uma parte à mercê de tantos.

A Venezuela, um dos Países mais ricos da América do Sul, se recuarmos duas décadas, está agora trespassado pela miséria económica, financeira, Humana.

Resta naquele País o discurso indescritível de um pequeno "asno", um líder embrenhado no seu pequeno circulo, cercado por armas, as mesmas que servem para impor os seus desmandos.

Já aqui escrevi que reconheço a Maduro, o mesmo destino que um dia vi a Ceauscescu, rumando solitariamente para um acerto de contas com o seu povo, assim que lhe faltar o apoio militar.

E como deve faltar pouco...

Tão pouco.

O pedido para a população comprar lingotes de ouro, para ajudar a economia Venezuelana a recuperar o seu folgo, quando o mesmo povo não tem o que comer, os hospitais não têm remédios ou profissionais, milhares e milhares de pessoas fogem do seu País para encontrar um destino melhor...

Esse pedido, mais do que vergonhoso, é insultuoso.

Na Venezuela de Maduro já não existem adjectivos ou palavras que possam enganar a visão popular, populismo que possa alimentar a torpe "verdade" que o regime insiste em contar.

E assim, talvez esteja cada vez mais perto o fim de uma das mais infames ditaduras do nosso tempo.

Deus queira.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

16.01.18

 

O regime de Chávez, de Maduro, matou Óscar Pérez...

Assassinaram-no.

Óscar Pérez, o ex-militar que em meados de 2017, pilotou um helicóptero e disparou contra edifícios Governamentais e o Supremo Tribunal...

O líder de um grupo de homens que se dispuseram a lutar contra um regime ditatorial, cruel, e que em Dezembro último, tentou tomar um dos mais importantes quartéis, do exercito Venezuelano.

Óscar Pérez deveria saber os riscos que corria, o preço que iria pagar, desde o momento em que decidiu afrontar, um Governo, com um estilo máfia Siciliana.

Maduro, o motorista de autocarro, que comanda um País ouvindo um passarinho...

Que domina as ruas através de milícias armadas, montados em motas, disparando contra todos aqueles que um dia se opuseram ao seu regime.

Óscar Perez sabendo o que se aproximava, não deixou que a História fosse contada através da lente dos seus algozes, deste miseráveis e abjectos Seres Humanos...

Pérez usou o seu telemóvel como testemunha, como voz intemporal de um assassinato, de um cobarde assassinato.

A sua voz ficará marcada na minha mente, o seu olhar permanecerá na minha memória, mas essencialmente estas imagens servirão de garantia, de que na Venezuela, existe alma e gente capaz de dizer não, a este regime.

O seu último gesto, imensa coragem de testemunhar a crueldade de um déspota, como Maduro, deixa ao mundo um derradeiro grito de revolta, num derradeiro acto de um herói.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

26.10.17

 

O Parlamento Europeu decidiu entregar o Prémio Sakharov deste ano à Oposição Venezuelana, num gesto de grande dignidade e reconhecimento, que só fica bem a toda a Instituição Europeia, e a todos nós, seus representados.

Soube da noticia e fiquei feliz, basta darem uma vista de olhos aqui pelo Caneca, para facilmente perceberem o que penso sobre o Regime, e sobre a principal personagem que o dirige...

Só mais tarde me apercebi do triste espectáculo interpretado por uma parte da Esquerda Europeia, com o PCP incluído.

Para além de ser uma gigantesca falta de educação, a interrupção do discurso do Presidente do Parlamento Europeu, demonstra essencialmente um desrespeito pelo exercício democrático que levou àquele resultado, àquela nomeação.

O PCP é um Partido profundamente anti-Democrático, disfarçadamente ressabiado pelo frustrante e fracassado destino, que não lhes trouxe a Revolução Marxista sonhada...

Só assim se compreende que o PCP apoie um ditador como Nicolas Maduro, que seja conivente com as prisões, com os mortos, com a fome, com a tragédia suportada por um Povo, às mãos de um miserável déspota e seus corruptos.

O que diria o PCP, se Nicolas Maduro fosse de um Partido de Direita?

Fico extremamente feliz com esta entrega do Prémio Sakharov...

No entanto, fico também com uma vergonha imensa de um Partido Português, que ainda está moralmente comprometido com o seu legado Estalinista.

Para o bem de todos nós, são uma minoria.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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