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Caneca de Letras

07.11.17

 

Passaram 100 anos...

Faz hoje 100 anos que os Comunistas chegaram ao poder na Rússia, tomando o lugar daquele Governo Provisório que se mantinha em funções, desde a queda do Czar Nicolau II e sua Monarquia.

Naquele momento de esperança, em que todo um povo acreditava na voz de um só homem, Lenine, e que prometia transformar as vidas de muitos, de uma Nação, de um imaginário, que só em sonhos poderiam adivinhar.

Este dia marcará para sempre, o inicio de um regime sanguinário, talvez um dos mais sanguinários da História da Humanidade.

Só durante o período em que Josef Estaline comandou  a URSS, estima-se que mais de 10 Milhões de pessoas tenham perecido às mãos do seu arrepiante regime, desterradas em Gulags ou fuziladas em outros campos de concentração, espalhados pelos quatro cantos desse Império Comunista.

O Comunismo, utopia que seduz aqueles que crêem no igualitarismo, tornou-se ao longo dos tempos, numa arma para ditadores medíocres, normalmente ignorantes que amordaçando aqueles que prometeram libertar, construiram um mundo de opressão e demagogia inerente ao culto de um líder.

Não existe Comunismo sem o culto do líder, sem essa elevação da superioridade de um predestinado.

Não existiu regime Comunista sem repressão, sem polícia política, sem o amordaçar da gente, toldando o pensamento e a perigosa irreverência juvenil...

Nunca existiu Comunismo, sem o sequestrar da liberdade individual.

Hoje no Coliseu dos Recreios, um Partido Português, o PCP, festejou tudo isto, o sonho inicial, mas também  os Milhões de mortos espalhados pelos mais variados regimes Comunistas no mundo inteiro.

Pois estes não podem ser esquecidos!

!00 anos depois...

O sonho prometido, afinal escondia um Pesadelo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

27.03.17

 

 

O clima que se vive nos dias que correm na Rússia, demonstram completamente, o enviesamento que sofre a actual democracia Russa...

O que aconteceu ontem, aos opositores de Putin, naquela manifestação que denunciava a corrupção latente naquele país, evidencia sem dúvida o totalitarismo e autoritarismo vigente, em terras do antigo Czar.

A sociedade Russa, nunca conseguiu ultrapassar a queda do império soviético, e a sua crescente perda no panorama internacional, além da grave crise económica que ao longo dos anos de Ieltsin se fez sentir, através de um enorme despesismo e corrupção gritante, em beneficio de alguns oligarcas...

O povo então suspirou, saudosista, lembrando-se daqueles gloriosos anos, que distantes pareciam mais românticos, mais embelecidos pela memória dos muitos que não os viveram, deixando que assim surgisse na penumbra dessa saudade, escondido num qualquer gabinete de assessoria em São Petersburgo, essa figura central da política Russa, chamado Vladimir Putin.

O que Putin trouxe à Rússia, nada mais é do que a sensação de Império erguido novamente, de forma diferente, de maneira completamente distinta, mas que no entanto importa para o ego daquele povo, essa sensação de grandeza aprisionada às imagens guardadas na história dos seus antepassados.

Os oligarcas mantêm-se, o despesismo também, a corrupção resiste desde o interior das paredes do Kremlin, mas a mão pesada, instalada com firmeza e autoridade pelo Presidente, quase Czar, essa cala e mata aqueles que se atrevem a contrariar esse destino traçado.

Denunciar Medvedev ou Putin, na Rússia actual é um acto corajoso e patriótico, com resultados evidentes, por entre o inúmero rol de mortos espalhados pelo mundo, desde Londres a Kiev, de opositores exilados do regime que por bala ou veneno, vão desaparecendo, sem espanto nem escândalo.

O mundo assiste calado, talvez segredando, sem relevo, o que se desconfia sabendo, ou o que se sabe desconfiando...

E assim Putin, estende agora a sua influência através de eleições noutros países, tentando criar cenários que permitam à Rússia voltar a ser potência dominante numa Era, em que a ameaça Chinesa lhe poderia retirar a influência que sempre sonhou reerguer, e que tanto tenta construir na mente daqueles que são os seus.

Putin não passa de um ditador férreo e demagogo que através de discursos populistas condiciona a vida dos seus cidadãos, reconstruindo o orgulho soviético em cada momento e a cada momento...

Estes opositores abandonados em parte, pelas democracias ocidentais, lutam para denunciar junto da comunidade internacional e nacional, os desmandos e abusos constantes sob o regime implantado naquele país, sendo que em muitos casos não passam de nota de rodapé...

Por isso da minha parte, aqui vai o meu solidário texto, homenageando aqueles que corajosamente combatem, os Sovietes disfarçados de democratas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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