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Caneca de Letras

26.10.17

 

O Parlamento Europeu decidiu entregar o Prémio Sakharov deste ano à Oposição Venezuelana, num gesto de grande dignidade e reconhecimento, que só fica bem a toda a Instituição Europeia, e a todos nós, seus representados.

Soube da noticia e fiquei feliz, basta darem uma vista de olhos aqui pelo Caneca, para facilmente perceberem o que penso sobre o Regime, e sobre a principal personagem que o dirige...

Só mais tarde me apercebi do triste espectáculo interpretado por uma parte da Esquerda Europeia, com o PCP incluído.

Para além de ser uma gigantesca falta de educação, a interrupção do discurso do Presidente do Parlamento Europeu, demonstra essencialmente um desrespeito pelo exercício democrático que levou àquele resultado, àquela nomeação.

O PCP é um Partido profundamente anti-Democrático, disfarçadamente ressabiado pelo frustrante e fracassado destino, que não lhes trouxe a Revolução Marxista sonhada...

Só assim se compreende que o PCP apoie um ditador como Nicolas Maduro, que seja conivente com as prisões, com os mortos, com a fome, com a tragédia suportada por um Povo, às mãos de um miserável déspota e seus corruptos.

O que diria o PCP, se Nicolas Maduro fosse de um Partido de Direita?

Fico extremamente feliz com esta entrega do Prémio Sakharov...

No entanto, fico também com uma vergonha imensa de um Partido Português, que ainda está moralmente comprometido com o seu legado Estalinista.

Para o bem de todos nós, são uma minoria.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.02.17

 

A verdade sobre as eleições americanas está cada vez mais evidente, aos olhos daqueles que incrédulos ouviam os rumores, sobre uma ingerência Russa concertada com a campanha do candidato Trump.

Seria possível que o Kremlin tivesse em marcha um plano, para interferir nas escolhas, destas sociedades ocidentais, com o intuito de as tornar instáveis e ingovernáveis?

Não me restam, muitas dúvidas...

Parece que sim!

O que se tem vindo a descobrir, através dos serviços secretos norte-americanos, mostra o quão vulnerável está o mundo, perante os hackers Russos (Escola KGB) que escondidos sob o anonimato das redes sociais vão lançando boatos e factos alternativos, atingindo os alvos especificos que não estejam alinhados com os seus interesses...

Todo um novo cenário se levanta, nestas democracias ocidentais, desgastadas com a crise económica e os escandâlos sucessivos de fraudes e corrupções.

A demissão de Michael Flynn, demonstra aos olhos da opinião pública as enviesadas ligações existentes entre o Staff de Trump e a Rússia, adivinhando-se outros nomes nessa balança controlada a partir de Moscovo.

Se em França os rumores, que começam a circular, visando Emmanuel Macron, tiverem como se desconfia, as mesmas fontes, poderemos estar perante a réplica do que aconteceu nos Estados Unidos, o que representaria uma espécie de queda do Muro de Berlim, mas que desta vez, destruiria muito provavelmente a União Europeia.

É o momento de se combater esta influência, que urge denunciar, e que só se poderá combater com a denúncia permanente, elucidando os cidadãos para este novo tempo que enfrentamos.

Putin não agirá sozinho, conta com a fraqueza das instituições europeias, assim como, contou com esse mesmo enfraquecimento do outro lado do Atlântico, mas acima de tudo conta com a ignorância, a revolta e o medo de certos quadrantes, destas mesmas sociedades.

Assim, torna-se cada vez mais importante, a descoberta destas matrioskas americanas e o seu envolvimento em todo este processo, que levou Donald Trump até à Casa Branca  e que acredito depois de Michael Flynn, outras pequenas matrioskas serão descobertas.

Porque se ficarmos aprisionados neste limbo sensacionalista, nunca mais conseguiremos resgatar a governação, do populismo desmedido que vencerá sempre no terreno da manipulação e demagogia, pois estas são precisamente, o alimento da sua subsistência...

Que venham então, as pequenas matrioskas escondidas, no seio da administração Trump e que com elas se possa saber, mais em concreto, quais os desejos do Czar, Vladimir Putin.

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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