07.10.20
O Governo exonerou o Presidente do Tribunal de Contas, num caso ruidoso, barulhento, que cheira a bafientos tempos.
A exoneração de Victor Caldeira deixa um cenário de desconfiança num tempo onde se afigura a chegada de muitos Milhões de Milhões de Euros da União Europeia.
António Costa defende a actuação governativa clamando esse "novo" dogma da não recondução de cargos sujeitos a nomeação, trazendo à colação um suposto acordo entre Órgãos de Soberania...
Governo e Presidência da República.
Já aquando da substituição de Joana Marques Vidal havíamos assistido a este argumento, sendo que este pode ser tão defensável como qualquer outro...
Uma questão se impõe:
Aquando da renovação de mandato de Mário Centeno, como Governador do Banco de Portugal, será este o critério?
Porque pelo que compreendo neste tipo de critério não se enquadra a competência, apenas a singularidade da imposição "Socialista" do espaço temporal.
Estranho, complexo e suspeito num tempo onde tudo necessitávamos menos esse entrelaçado de desconfiança que acresce a estas decisões.
Mas o que se pode acrescentar?
Quem poderá escrevinhar um guião superlativo neste quadro de impunidade?
Por melhor que seja o futuro Presidente do Tribunal de Contas, mais isento ou impoluto, sobreviverá neste tempo, repleto de subvenções Europeias, esse quadro corrupto que há muito sobrevoa a Democracia Portuguesa...
Essa é a questão...
O resto é conversa.
Filipe Vaz Correia