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Caneca de Letras

10.01.19

 

Portugal não estará representado na Tomada de Posse de Nicolas Maduro, como Presidente da Venezuela.

Bastaria o argumento, do dito"senhor" ser um déspota de estirpe comprovada, líder de uma ditadura Bolivariana...

Mas acrescenta-se, ainda, o facto de as eleições de Maio de 2018, não terem sido reconhecidas pela Comunidade Internacional, sobrando indícios fraudulentos que denunciam os desmandos ocorridos, naquele País da América do Sul.

Não poderia estar mais de acordo, com esta medida do Governo Português, alinhado com a União Europeia e divulgado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros.

No entanto, uma questão me faz salivar de curiosidade...

Como explicou o Governo, esta decisão, aos seus parceiros de Geringonça?

É que BE e PCP são leais "amigos" do tal Maduro, aquele que executa opositores, persegue empresários Portugueses, e acima de tudo, tortura a sua população com intermináveis discursos, ao estilo Fidelista, na televisão Estatal.

Digamos que é mais um "Sapo" a engolir pela queridíssima Catarina e pelo, não menos, estimável Jerónimo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

30.01.18

 

Esta Terça-Feira todos os olhos estarão postos no Parlamento Catalão, para a tomada de posse do novo Governo da Catalunha...

E uma pergunta se impõe:

Onde estará Carles Puigdemont?

As fronteiras estarão controladas, todos os carros vistoriados, todas as chegadas a aeroportos vigiadas...

Tudo está a fazer o Estado Espanhol e o seu Governo central para impedir qualquer possibilidade de uma surpresa Independentista, no entanto, independentemente de todos estas condicionantes, importa saber que decisão tomará o anterior Presidente da Generalitat.

Puigdemont, exilado em Bruxelas, está confrontado com a decisão judicial que o impede de tomar posse à distancia.

No meio de um turbilhão, que há muito consome a Catalunha, nesse impasse constrangedor, aumenta a esperança de uns, nervosismo de outros, para finalmente entender, até onde estará disposto a ir aquele que supostamente lidera a causa Independentista.

Se Puigdemont estiver presente ou for preso tentando comparecer a esta cerimónia, acredito que este facto acabará por legitimar a alma daqueles que sonham com uma Catalunha independente, martirizando nesse acto, o grito libertador de Milhões.

Caso Puigdemont permaneça em Bruxelas, aprisionado por entre recursos e explicações, julgo que esmorecerá a velha causa, num misto de cobardia que contrastará com aqueles que ficando em terras Catalãs, não temeram o cárcere, em nome de uma luta maior.

Por todas estas razões, razões estas alicerçadas na importância de tal momento, mais do que nunca, importará saber...

Onde estará Carlos Puigdemont?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

21.01.17

 

Aqui estávamos nós, perante o dia da tomada de posse de Donald J. Trump, como o 45º Presidente dos Estados Unidos da América.

Um dia que acabou por ser o que muitos esperavam, uma cerimónia triste, esvaziada de uma certa esperança que sempre acompanha estes momentos, com faces meio embaraçadas e com o povo longe de encher aqueles jardins e ruas diante do Capitólio.

Trump não desiludiu, com um discurso esvaziado de ideias, repetitivo, odioso, fracturante, populista, provocando em muitos momentos, um silêncio constrangedor, mesmo entre aqueles que ali o apoiavam. 

Com um estilo arruaceiro, de punho erguido qual Hugo Chavez ou Fidel, Trump continua a atacar tudo e todos, tal e qual como na campanha eleitoral, desde Washington até à China, das fronteiras até à globalização, da imprensa até à Nato.

Assim, o senhor que se segue na Casa Branca continuará a coleccionar inimigos, externos e internos, o que lhe provocará, estou certo, valentes dissabores durante este mandato presidencial.

Enquanto esperava com tristeza e até estupefação, pelos comentários às fraquíssimas palavras de um Presidente cowboy, uma janela se abria no canto do meu televisor, com uma notícia de última hora, chegada da base militar de Andrews:

Barack Obama, falaria uma vez mais, antes de entrar no Air Force One.

Nunca havia sido feito...

Nunca um Presidente cessante, teve a ousadia de fazer uma conferência de imprensa enquanto o seu sucessor ainda assinava os primeiros papéis no Capitólio.

Obama fez e fez muitíssimo bem.

Em apenas oito minutos, voltou a trazer dignidade à função, a recuperar a esperança num olhar, num aceno, nas palavras...

"Uma vírgula, não um ponto final!"

Obama terá um papel importante no futuro dos Estados Unidos, na construção de um caminho que possa resgatar os valores e princípios Americanos.

A ignorância e a boçalidade tão visíveis em Trump, contrastam com a eloquência, a cultura, a imensa capacidade de nos prender com as palavras de Obama.

Por isso acredito que a América saberá contornar esta vírgula no papel, pois a história Americana não merece tamanha injustiça.

 

Filipe Vaz Correia 

20.01.17

 

Antes de mais queria pedir desculpa a todo o elenco desta série portuguesa, especialmente ao Fernando Mendes, Rosa do Canto e Carlos Areias, mas não posso deixar de escrever sobre as semelhanças entre a ficção nacional e a triste realidade Americana.

Quando hoje me preparava para escrever no Caneca, pensava como poderia abordar este momento tão marcante para os USA e para o mundo e tantas ideias me assolaram a mente, num misto de saudade e susto perante este passado ainda presente e o futuro que se aproxima...

No entanto, sentado diante da minha televisão, vendo as muitas reportagens que circulam pelos canais de informação sobre o Sr. Trump, não pude deixar de ter esta visão que me fez regressar à minha infância:

Os salões de casa de Mr. Trump, na Trump Tower em Nova Iorque.

Admito que me feriu o olhar, pouco preparado para tamanhos dourados, tamanhos cristais, tamanha ostentação bacoca.

Por momentos pensei estar ali, naqueles episódios de "Nós os Ricos".

Será que Donald Trump se terá inspirado nesta série portuguesa para decorar os seus salões?

Ou qual Luis XIV, tentou transformar aquele espaço numa espécie de Galeria dos Espelhos, do Palácio de Versailles?

Em qualquer dos casos isso dirá muito do dito senhor, pois no primeiro exemplo tentava-se ridicularizar precisamente este género de bimbos ou labregos, como preferirem, e no segundo a Galeria dos Espelhos só faz sentido no local onde foi construída...

O Palácio de Versailles.

Fora destes casos este cenário torna-se parte integrante da personagem que o ostenta e descreve na perfeição a personalidade do mesmo.

Trump é isso mesmo, um pequeno pedaço de intelecto, forrado a dourado e repetindo vezes sem conta as banalidades odiosas que pensa lhe poder assegurar a tão preciosa popularidade...

Por isso mesmo é tão perigoso para todos nós, que alguém assim, seja Presidente dos Estados Unidos da América do Norte...

Para nós e para o mundo.

Assim, perdido entre as repetições reluzentes daquele cenário de tão mau gosto, uma dúvida me atormenta e persegue:

Se Marcelo Rebelo de Sousa é o Obama português, como muitos escrevem, será que estaremos destinados a ter nas próximas eleições, Fernando Mendes como Presidente da República?

Bem, vou mudar de canal para ver se os Simpsons me poderão responder a esta curiosidade, esperando verdadeiramente, que o Homer tenha piedade de nós.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

13.12.16

 

António Guterres foi hoje, oficialmente empossado, como Secretário Geral das Nações Unidas, iniciando assim uma caminhada que se antevê repleta de dificuldades.

Ao acompanhar esta tarde a cerimónia de tomada de posse, pensei no mundo que hoje se depara diante de todos nós e nos desafios que inevitavelmente se depararão a este Secretário Geral da ONU...

As guerras na Síria, Ucrânia, Líbia, Iraque entre outras, as Alterações Climáticas, negadas pelo Senhor Trump, o papel da Mulher no mundo Islâmico, o crescimento dos Radicalismos, sejam eles quais forem, Religiosos, de Raça, de Género.

Guterres terá de lidar com políticos cada vez mais inflexíveis, menos tolerantes que prometem encerrar o mundo em redor dos seus nacionalismos e com o desespero aprisionado a uma economia global, enquistada pelo desemprego e a estagnação que continua a sufocar as sociedades actuais.

Terá ainda de lidar com a expectativa de uma nova ONU, regenerada e reformada através das promessas de um conceito de novas relações entre as Instituições e as Populações.

Na minha opinião, António Guterres, tem no seu humanismo, nessa faceta tão presente nele, o seu maior trunfo, como tantas vezes ficou comprovado enquanto Alto Representante para os Refugiados...

O seu olhar tocante, a sua maneira próxima de chegar aos outros, partilhando o sofrimento, mantendo mesmo em situações limite, aquela capacidade de ouvir os outros, transformando as pessoas em questão, parte importante da solução desses dramas, muitas vezes quase insolúveis.

Estas capacidades fazem dele um homem singular, com caracteristicas singulares, únicas.

Será possível resolver através desse dialogo, que tanto gosta de referir, tantos problemas que se escondem por esse mundo fora?

E aqueles que surgirão inevitavelmente no futuro?

Não o sei...

Mas sei que o mundo, terá neste Secretário Geral, alguém que não esconderá o seu coração diante desses problemas, não deixará de estender a sua mão quando encontrar alguém caído, não deixará de ver as feridas que esventram, muitos locais, espalhados pelo Planeta.

Assim tenho esperança no Ser Humano, António Guterres, nas suas emoções e nos valores que se espelham nos seus olhos.

Não resolverá todas as tragédias do mundo, não será nem o Super-Homem, nem o Homem Aranha, mas poderá ser aquilo que hoje em dia, escasseia, no panorama político mundial:

Uma boa pessoa, que se preocupa genuinamente com os outros...

Para os dias de hoje, já não estará mal.

E para o cargo concreto em questão, Secretário Geral Da ONU, parece-me perfeito.

 

Boa Sorte Senhor António Guterres, pois o seu sucesso, será o de todos nós.

 

Filipe Vaz Correia

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