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Caneca de Letras

13.11.17

 

Aqui está um texto improvável, absolutamente indescritível, numa expressão maior de que o amor vence sempre.

Nas Filipinas onde se encontram reunidos alguns Lideres de toda a Ásia, e também Donald Trump, uma noite de gala modificará a forma, como o mundo, irá olhar para dois homens:

Rodrigo Duterte, ditador assassino, democraticamente eleito, conhecido pela sua luta contra o tráfico de droga que já vitimou mais de 4000 Filipinos, entre traficantes, consumidores ou pessoas de quem se desconfie consumir, às mãos dos seus terríveis esquadrões de morte.

E Donald Trump, político fanfarrão, também democraticamente eleito.

Num ambiente romântico, à luz da lua e ao som de uma melodia, Duterte subiu ao palco e cantou para Donald, uma canção eternizada pelos versos de amor, na mais pura tradição Filipina.

"Você é a luz do meu mundo."

Será?

" Você é a luz do meu mundo, metade do meu coração."

Sem dúvida que é!

Palavras que não conseguiriam descrever um cenário mais romântico, imaginando eu, o olhar que deve ter ligado, aqueles dois corações populistas, num cenário a meia luz.

Rodrigo Duterte confessou ainda, que foi a pedido de Donald Trump, que subiu ao palco e cantou esta tão tocante canção.

Num tempo de palavras agressivas, de ameaças bélicas, cresce a esperança no mundo, quando ficamos a saber, que nas Filipinas apesar de ser proibido fumar um charro, é possível amar livremente.

Por fim, dizer ainda, que neste surpreendente amor, parece que apenas uma "Pilita" se consegue intrometer entre estas duas pessoas...

Pilita Corrales, o nome da Diva que acompanhou o Presidente Duterte, na interpretação de tal melodia, dedicada ao Presidente Trump.

O amor, nas Filipinas, está no ar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

03.02.17

 

Oiço agora muitas pessoas a elogiar a maneira como José Eduardo dos Santos, se afasta da presidência Angolana, não se candidatando às próximas eleições naquele país.

Só podem estar a brincar!

José Eduardo dos Santos governou de maneira, vergonhosa, um país durante 38 anos, deixando-o apodrecido e enlameado, numa gritante pobreza e corrupção.

Um tirano autocrático, déspota, alimentando-se de um poder desmedido, que permitiu a um círculo restrito de familiares, amigos e militares, enriquecerem desavergonhadamente, ao invés das pessoas comuns embrenhadas na mesma miséria de sempre.

Esta subserviência em alguns sectores da vida política e jornalistica portuguesa é algo que sempre me irritou, pois falamos de um regime que sempre demonstrou por Portugal, um racismo e desprezo, nunca disfarçado ao longo dos tempos.

O regime Angolano, não é o seu povo, no entanto, transformar um homem que ao longo de quase 4 décadas, matou, dividiu, silenciou, oponentes e antigos aliados, numa figura de estado é a meu ver o derradeiro acto de traição, não só ao povo que supostamente representa, mas também ao próprio legado português.

O General João Lourenço, servirá apenas para que o poder possa continuar nas mãos dos mesmos, satisfazendo as cúpulas militares e mantendo o regime seguro de qualquer iniciativa revolucionária, que se atreva a tentar mudar o curso e o destino de Angola.

Manuel Vicente, envolvido no escandâlo da Sonangol, não cumpria este requisito, não dava esta garantia de satisfação aos militares e o regime não poderia correr tamanho risco.

Assim não me falem em processo tranparente, invulgar no continente africano e não coloquem José Eduardo dos Santos num patamar diferente de Mugabe ou Obiang...

Pois todos eles, são aquilo que são:

Tiranos!

Numa época em que tanto se critica Trump, esquecer a história de Zédu neste momento em que se retira de cena, é a maior traição ao valores europeus que tanto se apregoam nos dias de hoje.

Por essa razão termino como começei:

Um tirano não é um estadista!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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