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Caneca de Letras

28.03.19

 

A crise do Brexit está ao rubro, prometendo arrastar a União Europeia para este limbo Britânico que amarra Milhões de Almas a este inferno.

O Parlamento Inglês, caminha decisão após decisão para esta, incerta, certeza de um desastre anunciado...

Explanado desde o dia do tão famigerado Referendo, construido com base em incompetências e falsidades.

Incompetência de quem o convocou, senhor Cameron, e falsidades entrelaçadas a personagens como Farage ou Boris Jonhson.

Parece claro que, neste momento, muitos dos que votaram a favor deste Brexit acordaram para a terrível desesperança que esta saída poderá representar...

E ninguém mais do que os Britânicos irão pagar essa factura.

No meio deste desordenado Brexit, poderemos estar aqui a falar, muito provavelmente, do fim do Reino Unido, tal como o conhecemos, pois será certamente incapaz de lidar politicamente com a insatisfação dos Norte-Irlandeses ou dos Escoceses.

Já para não falar desse outro País, de seu nome, "Londres".

Para piorar a situação, Inglaterra tem como "líder", expressão inadequada, Theresa May, numa mistura explosiva de incompetência e desastre.

Nesta selva política, fonte de populismos e ignorância, talvez só um segundo Referendo pudesse clarear opções, trilhar rumos, buscando soluções para tamanho labirinto.

O que sobra, por entre adiamentos e ameaças, acordos falhados e vociferaria, será o destino de Ingleses e Europeus, num futuro ameaçado por sombrias decisões.

A partir daqui se irá escrever a História de uma nova Inglaterra, numa nova Europa, num desatinado tempo, cada vez mais escasso, nessa desperançosa vontade de recuperar o que parece esquecido...

O bom-senso.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

16.01.19

 

O Parlamento Britânico rejeitou o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia.

De nada adiantaram as dramatizações, as ameaças, os gritos e as "lágrimas" de Theresa May e seus apoiantes, deixando agora questões inadiáveis em cima da "Coroa".

May estará irremediavelmente encurralada, por um lado com a moção de censura apresentada pelos Trabalhistas e por outro com aqueles que dentro do Partido Conservador, esperam apenas pelo momento certo para "decepar" a sua liderança.

Aumenta assim a esperança, daqueles que sonham com um novo referendo, amarrados a esta "real" rejeição , tão esperada como surpreendente.

Esperada porque era evidente o desagrado crescente, na Sociedade Britânica, com este Brexit, por muitos dos que nele votaram, "enganados" pelos populistas gritos da dupla Farage e Boris...

Surpreendente, pois parece inacreditável a forma amadora e principiante como a Primeira-Ministra Theresa May guiou este processo, carregado de tropeços e armadilhas.

Mas o problema subsiste...

Um problema para o Reino Unido e para a União Europeia, para o futuro dessas economias e da sua estabilidade.

Por tudo isto é caso para questionar:

Stop Brexit...

E agora?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

11.12.18

 

A política é feita de expectativas e percepção, de convicções e caminhos, de esperança e decisões...

Ontem em Londres e Paris, dois "Líderes" agonizaram, duas figuras políticas se perderam, por entre, as teias da incoerência.

Theresa May, obrigada a adiar a votação ao acordo que trouxe de Bruxelas, admitindo assim, o fracasso do seu plano político.

A Senhora May, cada vez mais encurralada, empurra para a frente o seu destino, tentando ganhar tempo, buscando um "milagroso" momento, que na minha opinião, já não chegará.

Talvez um novo referendo, seguido de eleições legislativas, seja a única solução para um Reino Unido, traído por ideólogos populistas que deixaram, como seu legado, o Caos.

Do outro lado do Canal da Mancha, encontramos Emmanuel Macron, alguém que, num determinado momento, trouxe esperança e encantamento, sabendo potenciar com os seus discursos, a vontade de uma mudança capaz revitalizar a Sociedade Francesa, sem radicalismos.

A sua vitória trouxe acalmia e tranquilidade, afastando o cenário Le Pen do Eliseu, no entanto, como na altura escrevi, esta seria a última oportunidade dos Democratas Franceses e Europeus, afastarem Marine Le Pen do poder, se falhassem ou defraudassem as pessoas, nada mais restaria...

E de facto, Macron está a desiludir.

Está, em certa medida, a trilhar o mesmo rumo de Hollande, carregando consigo a mesma imagem de incapacidade e de plasticidade.

O seu discurso ao País, foi no mínimo desastroso, incompreensível, desgarrado e cobarde.

Depois deste discurso de Macron, será difícil não escrever, que o poder parece estar na "rua".

Promessas de aumento salarial, ao estilo "Venezuela", deixando no ar uma sensação atabalhoada e assustadora, numa das maiores economias Europeias, Mundiais.

E poderá ser esse sentimento de "anarquia" política e ideológica, a reforçar aqueles que fazem do autoritarismo demagogo a sua arma.

Cedendo, cedendo, cedendo....

Parece ser esta a palavra de ordem tanto no Reino Unido, como em França, num desesperado e derradeiro acto.

Enfim, um mesmo sentimento dos dois lados do Canal da Mancha...

Uma infinita e profunda desilusão.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

27.11.18

 

Está escolhida a data para a votação do Brexit no Parlamento Britânico...

Mais do que saber se o Reino Unido levará a cabo este acordo com a União Europeia, saberemos se a Primeira-Ministra Theresa May sobreviverá a tamanha prova de fogo.

Saberemos se teremos ou não...

"Therexit"!

Olhando para toda a turbulência provocada por este principio de acordo, atrevo-me a dizer que muito dificilmente ele passará no Parlamento, contando com a certa rejeição dos Trabalhistas mas também com uma alta taxa de reprovação entre os Conservadores que são a base de apoio da actual Primeira-Ministra.

Dentro desta equação, teremos de juntar os Unionistas da Irlanda do Norte, uma espécie de reserva que dá vida a este Governo e que já alertou para o desagrado provocado por esta solução de Theresa May.

Muitos acalentam a esperança de um novo Referendo, realidade cada vez mais distante, por clara escassez de tempo.

Neste impasse vivido em terras de Sua Majestade, não me parece que seja esta a solução capaz de unir o futuro Britânico, antes pelo contrário...

Poderá implicar a independência da Escócia e o fim de um projecto liderado por May, abandonada ao seu destino, por um ideal que não tinha inicialmente defendido, ao invés de Boris ou Farage.

Dia 11 de Dezembro, não sei se o Parlamento votará o Brexit mas creio que decretará o "Therexit".

Sem dúvida.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

19.07.18

 

Donald Trump viajou pelo Continente Europeu, num périplo carregado de inconveniências, deslizes, faltas de educação e uma constante boçalidade inerente ao personagem.

Estes dias foram marcados por gaffes habituais, misturadas com aquele estilo cowboy popularucho que caracteriza o Presidente do Estados Unidos.

Em primeiro lugar a visita ao Reino Unido...

O comportamento de Trump com a Rainha Isabel II, a falta de conhecimento do protocolo, as palavras endereçadas à Primeira-Ministra Britânica, sugerindo que esta fosse substituída pelo anterior Ministro dos Negócios Estrangeiros, numa clara ingerência em assuntos internos da política Britânica, foram apenas alguns apontamentos deste tresloucado "rapazola".

A sugestão para que Theresa May processasse a União Europeia,  em vez de com ela negociar o Brexit, ao mesmo tempo em que se sentava na poltrona de Churchill, durante a visita que fez à casa Museu dedicada ao Estadista Inglês, apimentavam ainda mais o incomodo e a fúria Inglesa.

"How Dare You"...

Gritou o Daily Mirror, através da sua primeira página, libertando assim a revolta e indignação existente na maioria dos cidadão Britânicos.

As palavras sobre os parceiros da Nato, num conflito aberto contra os Estados Europeus, persiste e guia cada vez mais os Estados Unidos a um isolamento histórico e sem paralelo, junto de aliados que sempre foram de uma estratégica importância.

Por fim, a cimeira com Putin...

Um Trump diferente, com uma postura submissa, encolhida e aprisionada, parecendo refém do enquadramento geopolítico que marcou todo este encontro.

Ali, em Helsínquia, Trump não se insurgiu ou barafustou com Vladimir Putin,antes pelo contrário, concordou com o Presidente Russo, mesmo que isso significasse pôr em causa os Serviços Secretos Americanos e a sua veracidade...

Em Helsínquia, Trump sorriu, ouviu, desfez-se em delicadezas e vergou-se, acicatando ainda mais as dúvidas sobre esse seu servilismo Russo.

Nos Estados Unidos, em choque com tamanha vergonha ou um acumular de vergonhas, Democratas e Republicanos saíram à rua, numa onda de choque que já obrigou o "traquinas" Trump, vir a terreiro desmentir o que anteriormente havia dito e certamente o que no futuro voltará a dizer.

Pois com Donald Trump tudo é instável, nada é controlável e acima de tudo...

Tudo é desmedidamente grosseiro.

Desmedidamente vergonhoso.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

01.12.17

 

Mais uma polémica envolvendo Donald Trump...

Desta vez o Presidente Norte Americano, divulgou uns tweets que continham vídeos propagandistas, anti-muçulmanos, pertencentes a um grupo de Extrema Direita, Britain First.

Este gesto provocou um terramoto político entre os Estados Unidos e o seu tradicional aliado, Reino Unido, com troca de Tweets entre a Primeira Ministra Theresa May e Donald Trump...

Várias foram as figuras no Reino Unido, assim como, nos Estados Unidos que se apressaram a demonstrar a sua indignação por esta atitude de Trump, num desconcertante momento que poderá marcar indubitavelmente, as relações entre estes dois países.

Para a situação se tornar mais inverossímil, a porta voz da Casa Branca veio alegar, em defesa do Presidente Americano, que os ditos vídeos podem não ser verdadeiros, no entanto, mesmo que estes careçam de veracidade, o que importa realçar é a mensagem inerente ao problema indicado por Donald Trump.

Inacreditável!

No meio desta turbulência, causada por mais uma infantilidade de Trump, fica a ideia de que neste ziguezaguear permanente em que se encontra o Presidente Americano, poucos serão aqueles que o apoiarão na esfera política mundial.

Ainda só passou um ano desde que a profecia dos Simpsons, se concretizou...

E há muito que este mandato se tornou numa trapalhona série juvenil.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

09.06.17

 

Começo por salientar que escrevo este post, com base nas projeções disponíveis a esta hora, meia-noite, em todos os canais televisivos Portugueses ou Internacionais e por isso mesmo falíveis apesar de ser quase certa, a perda da maioria absoluta dos Conservadores Britânicos.

 A noite eleitoral no Reino Unido, a confirmarem-se estes resultados, introduz em primeiro lugar um impasse que certamente desvalorizará a sua posição nas negociações Europeias para o Brexit e em segundo lugar será um duríssimo revés na gestão de uma economia que se encontrará rodeada de novos desafios, neste cenário isolacionista com que se depararão os Britânicos.

O que terá passado pela cabeça da Senhora May, para num gesto irrefletido, ter antecipado as eleições em quase três anos, quando o seu Partido tinha uma maioria absoluta?

Como é possível este erro, depois da experiência que havia partilhado, o referendo ao Brexit, com o anterior Primeiro Ministro, David Cameron?

Theresa May cometeu o seu pequeno e pouco privado suicídio com estes resultados eleitorais, atirando o País para um abismo maior do que aquele em que já se encontrava...

A questão é no entanto, pior para o Reino Unido do que para Theresa May, pois o que daqui sairá é a impossibilidade de se formar um Governo, Trabalhista ou Conservador, com força suficiente para fazer face a todos os obstáculos que se adivinham.

Assim no meio desta catástrofe, de um cataclismo anunciado, fica a sensação de que em breve repetiremos este cenário eleitoral, em busca de uma solução que certamente não sairá deste Parlamento, agora eleito.

Ainda ontem, no meu anterior post, desejei sorte ao Povo Britânico...

Agora, já não sei, se a sorte lhes bastará!

 

Filipe Vaz Correia  

07.06.17

 

Estas eleições de amanhã, estão cada vez mais marcadas por uma incógnita inesperada...

Todos, principalmente os Conservadores, estavam convencidos de que a vitória de Theresa May seria clarissima, inevitável e que provavelmente acrescentaria mais lugares à sua actual maioria absoluta, no Parlamento.

Um líder fraco como opositor, Jeremy Corbyn, perspetivava um passeio triunfal para a Primeira-Ministra em exercício, no entanto, estas últimas semanas têm trazido um espectro de pânico e desespero aos apoiantes do Partido Conservador...

As sondagens, tem acentuado a cada momento, em cada inquérito, uma queda descontrolada no número de votantes que apoiam a Senhora May, chegando mesmo algumas delas a colocarem os Trabalhistas a apenas um por cento de distância, numa disputa inimaginável pela vitória.

O que me parece claro, é que quem quer que seja o vencedor destas eleições no Reino Unido, muito dificilmente poderá ver suportada a sua política numa maioria absoluta, o que poderá transformar o futuro Britânico, num autêntico pesadelo...

Depois da indefinição do Brexit, desta luta permanente contra o terror Islâmico implantado na Europa, especialmente em França e Inglaterra, já só faltava aos Britânicos, este possível impasse eleitoral.

Assim, espero que apesar destas sondagens, o resultado eleitoral de amanhã, possa de maneira categórica permitir a vitória de um projecto, de um caminho, seja ele qual for, Trabalhista ou Conservador, mas que o seja sem indefinições.

Boa sorte Reino Unido, pois bem precisarão dela.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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