23.05.17
O pesadelo tornou-se realidade ontem à noite, num concerto de Ariana Grande, em Manchester...
Como é possível?
Pergunta que atormenta todos os que assistiram incrédulos, às noticias que passavam de televisão em televisão pela madrugada a dentro.
Crianças, adolescentes na sua maioria, em pânico, desesperados saboreando pela primeira vez aquilo que nenhum Ser Humano deveria experimentar:
O desesperante horror de um atentado terrorista.
Ao ver aquelas imagens a sensação com que ficamos, é de uma insegurança constante, existente em qualquer ponto do mundo, à mercê de um qualquer alucinado que sinta nos desmandos do seu errante cérebro, um chamamento para este terror sem quartel...
Como prosseguir com a rotina, sem que esse crescente medo tome conta de todos aqueles que querem viver sem as amarras de um tormento presente?
Como nos libertar dessa constante preocupação por nós e por aqueles que amamos?
O que directa ou indirectamente estes terroristas medievais pretendem, é na verdade, condicionar o dia-a-dia das pessoas, introduzindo essa mesma insegurança, como um padrão comum ao quotidiano cada vez mais sombrio, nesse receio tão Humano que nos invade...
Como pode um pai deixar o filho ir a um concerto sem que esta preocupação o tome de assalto?
Como conviver com este tormento de a qualquer momento um louco destruir a vida de alguém que amamos?
É neste tipo de dúvida e de pesadelo, que se encontram aqueles que vivem nestas sociedades atormentadas por este tipo de radicais, sem amor pela vida do outro ou mesmo pela sua...
E assim importa recordar o único caminho que temos para lutar contra este tipo de terror:
O de não cedermos ao medo, à insistente vontade, de condicionarem o nosso modo de vida.
Filipe Vaz Correia