18.02.19
Fui alertado, há pedaço, por um grande amigo para o cantor que agita o momento...
- Já conheces o Conan? Questionava-me esse amigo.
O Conan? Pensava para mim.
Bem...
- Eu conheço o Conan, o homem rã...
- Conheço o Conan, o Bárbaro. Respondia meio a medo.
Seria desse Conan que estávamos a falar?
Não era.
Sem desvendar, esse amigo pediu-me que fosse ao Youtube e escrevesse:
Conan Osiris no festival da canção.
Assim fiz...
E num breve momento, passei a conhecer Conan Osiris.
Em primeiro lugar, um instante de solidariedade, pois também eu parti um telemóvel, numa noite de 25 de Dezembro, que havia recebido como presente de Natal, de minha Mãe.
Um Ericsson azul, muito pequeno, o último grito de 1997...
Também eu chorei, também eu bebi para esquecer, essa dor e mágoa que me marcaria até estes dias.
Porém, compreendendo a tamanha tristeza do "artista", não posso deixar de escrever o que me ocorreu ao pensamento, enquanto, Conan e seu bailarino actuavam em palco, numa espécie de ataques epiléticos, misturados com estranhos gemidos....
"O que é isto?"
E não é que Conan, depois de tão estimada prestação, conseguiu passar à Final do Festival da Canção, podendo vir a representar a Nação Lusitana, em Israel.
Se nos recordarmos da canção Israelita que venceu a Eurovisão do ano passado, em Lisboa, talvez esta canção de Conan faça sentido, mas se nos recordarmos da melodia de Luísa e Salvador Sobral...
Então meus caros, o telemóvel de Conan, ao som de um Spectum riscado, esventra e envergonha a alma do "nobre" Povo.
E tudo isto, por causa de um telemóvel.
Conan...
Conan, também não era razão para tanto alarido.
Filipe Vaz Correia