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Caneca de Letras

19.04.18

 

Estamos no Jamor...

No Jamor!!!

O meu Sporting viveu ontem uma noite de euforia, amarrada àquela esperança sempre verde, Leonina, de que seria possível voltar a eliminatória em nossa casa e assim poder tentar alcançar mais uma Taça de Portugal.

Assim foi.

Durante os 90 minutos, muitas foram as vezes que exasperado fiquei, por a equipa estar demasiado defensiva, por as substituições tardarem, como sempre, por todos e mais alguns factores que circundam o jogo e muitas vezes o influenciam...

Irritei-me com Jorge Jesus, tinha prometido não o fazer, com a displicência com que Montero parece encarar a bola e os seus movimentos, com o apito do árbitro, demasiadas vezes complacente perante as demoras de Iker Casillas.

Irritei-me com tantos momentos durante este jogo, assim como gritei em outros tantos...

No golo de Coates, que jogo fez o Uruguaio, com cada penálti marcado ou com o empolgamento que tomava conta das bancadas de Alvalade.

No Jamor, o Sporting encontrará o refugio de uma época, não que a salve das criticas há muito apontadas, mas certamente aportará ao momento conturbado vivido nas hostes Leoninas, um pedaço de tranquilidade e expectativa que podem muito bem amenizar a crise neste Reino do Leão.

A Equipa demonstrou estar unida, aguerridamente ligada aos seus adeptos, ao verdadeiro sentido deste clube...

Vencer sem deixar ninguém para trás, esquecido no meio de culpas e traumas.

Vencemos todos, assim como, todos perdemos sem fugas.

A caminho do Jamor, já se sente o rugido do Leão, preparado para invadir aquelas bancadas e pincelar sem delongas cada pedaço de pedra com um cachecol Sportinguista.

Obrigado a todos por esta tão especial alegria, vivida entre amigos e estranhos, por entre abraços e palavras, de um contentamento sem igual.

Viva o Sporting.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

08.02.18

 

Um jogo de sofrimento, de dúvida constante, de interrogação inquieta...

Jorge Jesus apresentou-se no Dragão num sistema de 3 centrais e não posso dizer que isso me desagrade, que discorde do principio.

Na época passada, o Chelsea de António Conte fascinou-me...

Este Sporting de inicio de época, tinha tudo para jogar assim, para aproveitar a largura de Iuri, a vertigem de Gelson e Podence, a combatividade de Doumbia ou Bas Dost, a precisão de passe de Bruno Fernandes, a geometria de William.

Se não tivesse dispensado o Francisco Geraldes?

Se tivesse aproveitado esse puro talento...

O que poderia ser?

Por essa razão, não posso discordar do principio apresentado no Dragão, da ideia inicial...

Só que não havia Iuri, William, Bas Dost ou Podence.

Existiram sim, contradições insanáveis...

Uma delas foi apresentar este sistema de 3 centrais, mas tendo Battaglia como pivot defensivo do meio campo, abdicando da saída ofensiva, da ligação importantíssima que faz o colectivo despertar e inquietar as linhas defensivas adversárias.

Esta derrota, no entanto, não nos retira da Taça, não nos diminui na eliminatória...

Tudo é possível em Alvalade.

O que mais receio?

Que a equipa tenha estagnado, que não evolua, não cresça...

Pois vejo pouca dimensão ofensiva, pouca agressividade na conquista de bola, no preenchimento dos espaços ofensivos, o que nos estrangula, nos sufoca enquanto colectivo.

Por fim, dizer que Rui Patrício é um gigante na sua posição...

Neste jogo, por mais do que uma vez, amarrou a alma Leonina a esta eliminatória, salvaguardando a nossa esperança.

A sua esperança em estar no Jamor.

Eu acredito!

Ainda acredito...

Saudações Leoninas .

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.01.18

 

O Sporting viajou até Setúbal para jogar com o Cova da Piedade, nos quartos de final da Taça de Portugal e noventa minutos depois...

Passou às meias-finais.

No entanto, não posso deixar de o dizer, este Sporting não joga nada.

Apesar dos gritos entusiasmados após 45 minutos frente ao Marítimo, ou aos  jogos contra o Olimpiakos e Juventus, gritos esses de deslumbramento daqueles que se deixam inebriar por pormenores, é mais do que evidente, que este "meu" Sporting joga como uma equipa pequena...

E como todos viram na noite de ontem, como uma equipa muito pequena.

Dir-me-ão que não estava William ou Gelson...

E eu respondo:

Contra o Cova da Piedade?

Este Sporting de Jorge Jesus, joga contra o Porto da mesma maneira, que joga com o Moreirense, joga contra o Cova da Piedade, como jogou no estádio da Luz.

Mudam os jogadores mas fica a essência do modelo, o toque aborrecido do seu treinador, tremendo, temendo o inusitado momento, em que o adversário possa surpreender.

Não entendo...

Nem quero.

O que teria acontecido, se JJ não tivesse atirado para o relvado Bruno Fernandes ou Bas Dost, num gesto desesperado, de alguém que entendeu o sarilho que estava prestes a acontecer?

Custa-me ver este Sporting, quando joga como equipa pequena, em oposição ao F.C.Porto que sem as mesmas opções, respira ódio por aqueles que se lhe opõem, raiva e loucura numa mistura descontrolada, que se dispõe numa bela fotografia futebolística...

Num retrato de bom futebol.

Esta aventura na Cova da Piedade, apenas deixa a nu, as insuficiências reinantes no reino de Jesus...

Deitando água na fervura, no deslumbramento, daqueles que insistem em ver neste reino do Leão, um conto de fadas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

12.10.17

 

O Sporting Jogou contra a equipa do Oleiros, uma equipa pequena, menor no panorama do Futebol Lusitano, com um onze de segunda linha, repleto de jogadores ávidos por uma possibilidade de se mostrarem na primeira equipa dos Leões.

Tenho de admitir que temo sempre as palavras de Jorge Jesus, quando se refere a jogadores da formação de Alcochete, desde o famigerado guião, à falta de golo de Podence, para não falar na quantidade de vezes que tinham de nascer, os meninos da formação, quando era treinador do Benfica...

Neste jogo, sei que é uma equipa menor, João Palhinha mostrou mais uma vez o seu imenso potencial, nada que espante pois o seu talento não engana, a sua imensa capacidade de recuperação de bola, a sua gigantesca dimensão física, aplicada ao jogo, a sua diferenciação no jogo aéreo.

João Palhinha em nada fica atrás de Battaglia, nada perde nos mais variados tempos do jogo, dando vezes sem conta um aspecto táctico à equipa, que me parece, com ele, bastante melhor...

Sempre admirei o João, sempre vi nele um herdeiro de Vidigal ou Paulo Bento, na característica física mas também na inteligência táctica, essencial aos campeões.

Não será por acaso, que as duas últimas equipas do Sporting a conseguirem ser campeãs, tinham no seu meio campo uma dupla trabalhadora e dedicada, Vidigal e Duscher, Paulo Bento e Rui bento, fazendo a diferença e permitindo  a artistas como Barbosa ou Quaresma, Mpenza ou Hugo Viana, sem esquecer o Grande Artista João Pinto, desfrutarem de uma liberdade capaz de modificar o jogo, em proveito da ambição Leonina.

Os elogios de Jesus a João Palhinha surpreenderam-me, deixaram-me feliz, no entanto, mais do que elogios é necessário que se aposte no jogador, se insista na aposta, se faça sentir a crença do treinador no talento do menino.

Por fim, dizer que Daniel Podence não fez um jogo menor do que Palhinha, não teve menos influência na equipa, apenas desta vez, não mereceu o elogio do Mestre da táctica...

Injustamente.

Podence cresce sempre que parte da ala, cresce exponencialmente, dando dimensão ao pequeno jogador, que se agiganta com o tamanho talento, da sua imensa genialidade...

Por isso vale a pena dar-lhe o guião certo, pois talento, também não lhe falta.

Viva o Sporting.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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