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Caneca de Letras

08.06.19

 

 

 

Sorri, sorri sempre;

Mesmo que arda demasiado,

Que o querer esteja ausente,

Ou te roube o significado...

 

Mas não deixes de sorrir;

É a forma de sobreviver,

De esconder esse ferir,

Esse pedaço a morrer...

 

E preso no olhar;

Que habita dentro de ti,

Lá permanecerá esse magoar,

Que sussura sem fim...

 

Talvez um dia seja passado;

O que efectivamente se perdeu,

O que outrora era amado,

E hoje desvaneceu...

 

Sorri, sorri sempre;

Mesmo que não saibas sorrir,

Sorri, sorri sempre,

Sem medo de sentir.

 

 

24.11.18

 

Queria te escrever;

Um singelo poema,

E nele inscrever,

Como num teorema,

Esse intenso bater,

Em forma de dilema,

Que descreve este querer,

Tão meu...

 

Talvez em pequenos traços;

Discretos e envergonhados,

Como leves abraços,

Suspensos e amarrados,

Em ténues espaços,

Apertados...

 

Como um tímido sorrir;

Preso ao teu olhar,

Nesse escapar ou fugir,

Único cantarolar,

De um desesperado sentir...

 

Talvez seja somente torpor;

Ou uma singela poesia,

Este imenso amor,

Que me arrebata todo o dia.

 

E assim;

Chegado ao fim,

Sobra-me apenas pincelar,

Este pedaço de mim,

Para ti...

 

Este pedaço de amor.

 

 

 

 

 

13.04.18

 

 

 

Do alto da minha montanha;

Vislumbro ao longe,

Bem ao longe,

Quase se perdendo no olhar,

As asas que timidamente,

Insisto em não usar...

 

Do alto dessa montanha;

Hesito em partir,

Deixar para trás a presente tristeza,

Que persiste em ferir,

O que há muito desvaneceu...

 

Do alto daquela montanha;

Vejo passado e o presente,

Esse futuro que se pressente,

O querer agora ausente,

Só mágoa,

Tão minha...

 

Do alto desta montanha;

Me despeço de ti,

E abraço sem fim,

Essa parte de mim,

Que ainda é capaz de sonhar...

 

Sonhar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

02.01.17

 

Triste, tristeza, tristemente;

Palavras tão amargas e tão belas,

Nesse sentimento que se sente,

Dessa vida que se vive...

 

Chega perto e se apodera;

Nos cerca e por vezes domina,

Como se fosse uma fera,

Que à volta tudo mina...

 

Ó tristeza, não te quero;

Vou pensando, desejando,

Não te quero, nunca quis,

Mas assim vou andando...

 

Senta-se ao lado sem dizer;

Companhia e às vezes voz,

Tristeza vem, vem querer,

Nunca nos deixando sós...

 

Tudo escuro, mais fechado;

Mais triste fica o coração,

Vai bater sempre cansado,

Toldando a minha emoção...

 

Às vezes dentro do olhar;

Como um relógio sempre a correr,

Deixando o tempo passar,

E a vida a esmorecer...

 

Mas o que seria de nós, sem a tristeza;

Sem os dias, as noites, a idade,

Como dariamos valor à beleza,

Ao amor, à felicidade...

 

Fica então, o pensamento;

De que da tristeza não poderemos fugir,

Mas não te esqueças de nesse momento,

De mesmo triste, sorrir.

 

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