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Caneca de Letras

25.10.18

 

A intolerância...

Sempre ela.

Sempre a mesma arma com que se ameaça o outro, esse mesmo outro que num local diferente, entre outras pessoas, numa alternativa cultura, poderá se transformar no algoz da mesma forma de estupidez.

Mas o que fazer se a História se repete e as almas nada aprendem em relação a isso.

O preconceito usado pelos supremacistas Brancos nos Estados Unidos, é o mesmo princípio utilizado por Malema na África do Sul, só que ao contrário...

A versão repete-se, o ideal é o mesmo, apenas a cor muda, a supremacia da cor se transmuta.

Ser católico em Karachi deve ser mais ou menos a mesma coisa do que ser Muçulmano em Myanmar...

Mas nada se aprende.

Nada consegue mudar parte desta essência que parece perseguir o Ser Humano.

Esquerda ou Direita, Comunista ou Fascista, Preto ou Branco, Homem ou Mulher, Gordo ou Magro, Hetero, Homo, Pan-Sexual ou sei lá mais o quê...

Os rótulos são tantos que já nem consigo descrever, não consigo enumerar todos os preconceitos emergentes, os sempre presentes ou mesmo aqueles que estando ausentes ameaçam regressar.

Talvez no dia em que se descubra vida para além do planeta terra, todos os Seres Humanos se possam unir, em paz, sem divisões...

Unidos num preconceito maior.

Aqueles Extraterrestres...

Pode ser.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

30.09.17

 

Acontece-me imensas vezes, estar sentado na esplanada de um café e observar as pessoas a passar, aquelas que chegam, as que sentadas estão perto de mim, a meu lado...

Imaginar o que se passará em cada uma das suas vidas, o que se esconderá para lá do intrigante olhar.

Poderá um sorriso significar felicidade ou uma lágrima simbolizar tristeza?

Um ar carrancudo significar amargura ou a leveza de uma gargalhada, a preenchida realização do Ser Humano?

Vezes sem conta, através da minha irrequieta imaginação, voo pelos trilhos desconhecidos de cada uma daquelas pessoas que comigo se cruzam e nelas reencontro momentos que parecem, também, um pouco meus.

Momentos que já vivi e que ali revivo, ao observar o simples caminhar de uma criança de mão dada com a sua Mãe, buscando em cada um dos seus passos, os meus, perdidos num tempo que não regressa, sobrando infinitamente as saudades dessa mão que um dia, também a mim, me agarrou...

Momentos singelos, despidos de solenidade, atravessando o tempo, permitindo que se descreva no pensamento, o desenho de tantas e tantas almas.

Almas que não me pertencem mas que silenciosamente me atrevo a desenhar, a adivinhar, a escrevinhar sobre elas, sendo que delas pouco conheça...

E ali permaneço sentado à mesa do café, olhando, sentindo, imaginando desencontradamente, o destino escondido por trás de cada rosto, de cada olhar que ali se encontra a meu lado.

Porque nada é mais sedutor do que dar asas à imaginação e voar através desses mundos pincelados pelo nosso olhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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