Encontros e palavras, sempre especiais, nesses momentos que parecem destinadamente imperfeitos, mas que estranhamente se transformam numa sentida vontade de conhecer o outro.
Num dia desta semana, estava eu sentado na esplanada da pastelaria Cinderela no Areeiro, a escrever mais um texto para o Caneca de Letras, quando um casal se sentou na mesa ao lado...
Na mão de um deles um maço de cigarros, um maço de Além-Mar.
Estou a deixar de fumar, mas quem resiste a um cigarro Açoriano?
Ainda para mais, quando está a beber um belo Jameson...
E assim aproveitando esse mítico nome, voámos literalmente por esse oceano até às terras Açorianas de São Miguel, local de onde vinha aquele casal que aqui estava a passar uns dias em Lisboa.
A conversa fluiu, as palavras ganharam liberdade e de um momento para o outro ali estávamos, três pessoas acabadas de se conhecer, parecendo amigos de uma vida...
Falámos de quase tudo, desde o meu receio de voar, até àquela desventurada luta para reduzir o tabaco deste meu amigo Micaelense, ou mesmo das quatro estações que podemos encontrar, num só dia Açoriano.
Os minutos passavam e chegava ao fim a nossa breve conversa, com um encontro marcado, neste texto aqui prometido.
Tão escasso tempo, tão agradável encontro.
Ontem fui ao Encontro Com Vinhos e Sabores, na antiga FIL da Junqueira, a convite da minha querida Tia Xandinha Jardim, que como sempre, me fez sentir especial e querido...
Obrigado, é sempre pouco para a tamanha estima e amizade.
Voei por entre aqueles corredores carregados de cheiros e sabores, de expositores e experts, de vinhos e mais vinhos.
Logo na entrada, deparei-me com o expositor do Continente, onde experimentei um surpreendente espumante, o Contemporal, marca que desconhecia, mas que para ser sincero, me pareceu bastante agradável...
Não é um Raposeira ou um Murganheira, mas surpreendeu-me.
No entanto, foi a simpatia do Paulo e da Maria, do Filipe e da Rita, que apesar de ter a máquina fotográfica ao pescoço, insistia em dizer que não era fotografa, foi essa simpatia que me conquistou.
Todos impecáveis, brindando-me com imensa paciência e atenção e sem nunca esquecer, aquele copo que mais tarde, voltaria a resgatar.
No expositor da Symington e Prats, região do Douro, tive a mais extraordinária experiência de toda a Feira, com uma explicação detalhada que me levou numa magnifica viagem por entre Chryseia e Post Scriptum, numa deliciosa aventura para o palato.
Por fim a minha perdição:
O desventurado encontro com os queijos e enchidos, encontro esse que me obrigou a sequestrar dois queijinhos do Monte da Vinha, um deles amanteigado e o outro curado e ainda um insuportável salpicão que atrevidamente insistia em sorrir para mim.
Obrigado a todos e que noite espectacular.
Hoje voltei ao Optometrista, o meu querido João Miraldes, para corrigir a graduação dos meus óculos, pois apesar de ter uns olhos esplendorosamente extraordinários, com uma capacidade de visão quase de Super-Herói, o João não me deixará mentir, as horas de escrita, os momentos passados diante do computador, vão se fazendo notar.
Para começar, somos ambos Sportinguistas e isso é logo meio caminho andado para que tudo corresse bem, excepto se a pessoa em causa, fosse o Bruno de Carvalho, depois pela gigantesca paciência do João para aguentar a minha hesitação, a constante dúvida que me fez repetir perguntas, ou pelo menos querer, vezes sem conta, repetir as respostas, enfim...
Enfim testar ao máximo, o meu amigo Optometrista.
João, aqui está o meu sincero Obrigado, enquanto espero ansiosamente que cheguem os meus óculos.
Um abraço a todos os que nesta semana me acompanharam, por entre encontros e descobertas.
Filipe Vaz Correia