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Caneca de Letras

15.03.19

 

Vinha eu caminhando por Lisboa, desde o Campo Pequeno até ao Corte Inglês, quando me apercebo de algo que me encanita de sobremaneira.

Desculpem lá mas eu até suporto os carros estacionados no passeio, as trotinetas e bicicletas que ameaçam me atropelar, vezes sem conta...

Até os desconcertantes paralelepípedos, fora do lugar, convidando a um entorse, me parecem coisa pequena, quando comparados com essa irritante alucinação em que se transformaram as selfies.

Em cada esquina, na beira do passeio ou no meio da estrada, lá se encontra alguma pessoa, alguém disposto a ser atropelado por uma bela imagem...

Seja uma selfie para o Instagram, Facebook ou WhatsApp.

Mas mesmo isto, eu conseguiria suportar, agora por favor não me incluam.

É que acima de tudo, se não queremos estar num porta retratos, de uma qualquer sala de estar da Suécia, Japão, China, França, Austrália ou mesmo no Cercal do Alentejo...

Então temos de parar, vezes sem conta, sorrindo ou rosnando, esperando que dispare a Selfie, para contentamento "orgasmático" da singela alma, diante de nós.

Haja paciência.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

08.03.18

 

Esta noite, estive a convite da minha querida Tia Xandinha, no Teatro Tivoli, para ver a peça Selfie, interpretada por Mateus Solano e Miguel Thiré, encenada pelo magnifico Marcos Caruso.

Uma peça absolutamente inebriante, que te amarra de gargalhada em gargalhada, sem deixar de ser critica desta dependência das redes sociais que nos assoberba, nos sufoca e vezes sem conta nos faz esquecer do essencial...

Das memórias, dessa  parte de nós que nos define enquanto pessoas.

Adorei a interpretação de Mateus Solano e Miguel Thiré, desprendida e leve, sem deixar de ser acutilante e intensa, num jogo de sons e luzes que os acompanhava naquele palco despido.

Por fim o Cocktail, onde tive o gosto imenso de conhecer Mateus Solano e Marcos Caruso, que confirmaram nesses breves momentos de conversa e partilha, a excelente opinião que deles tinha.

Um espectáculo a não perder...

Sem dúvida.

Não posso deixar de fazer aqui uma referência à homenagem que Miguel Thiré fez à sua Avó, Tonia Carrero, num momento arrepiante que juntou o Tivoli...

Bravo!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

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