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Caneca de Letras

01.03.19

 

Durante uma década o Estado andou a pagar reformas a contribuintes que haviam morrido...

Ora bem, cai por terra a teoria que assegurava não existirem contribuintes satisfeitos.

Acredito que não plenamente satisfeitos, visto se encontrarem defuntos, no entanto, do ponto de vista meramente económico, talvez, esta seja a única maneira de ressarcir um cidadão, de uma vida de exploração fiscal.

Perdão...

Contribuição fiscal.

4 Milhões de Euros, foi quanto se mediu ter gasto o Estado neste tipo de pagamentos, uma soma avultada entregue a Portugueses que, há muito, "emigraram".

De qualquer maneira, não deixa de ser irónico, olhando para os desmandos do Estado que fomos tendo conhecimento ao longo dos tempos, que esta despesa seja, mesmo assim, aquela que considero menos escandalosa.

Prefiro pagar reformas a alguns Portugueses, já mortos, do que alimentar quadrilhas e compadrios, como aqueles que saltam para as manchetes dos jornais.

Sendo assim, quase que se justificaria um Sindicato para gerir as reivindicações e os direitos de tantos interessados, pois mesmo finados, parecem contar para a Economia Nacional.

Enfim...

É o que temos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.12.17

 

Uma seita, será sempre uma seita.

Ao longo dos anos, muitos foram os esquemas descobertos, envolvendo a IURD e os seus máximos responsáveis, principalmente no Brasil, onde a sua influência vai muito para além dos locais de culto, onde evangelizam, hipnotizam.

Esquemas fraudulentos financeiramente, tráfico de influencia política, escravização de pessoas, desesperadamente entregues a um conjunto mafioso de interesses, que se alimenta dessa intrínseca vontade de conhecer o desconhecido divino...

Enfim um esquema de "pirâmide" sentimental, religiosa.

O novo caso que agora se começa a desvendar, com a reportagem que a TVI irá estrear, " O Segredo Dos Deuses" e que se vai sabendo através de noticias expressas em vários jornais, leva-nos para outro patamar, desta organização criminosa, envolvendo crianças e tráfico humano, enraizado neste nosso Portugal.

Segundo parece, a IURD teria um lar ilegal de Crianças, para onde eram enviadas com ou sem permissão dos seus Pais, através da Segurança Social entre outras organizações, o Lar Universal, e de onde, a partir de catálogos, sim escrevi catálogos, seguiam para o Brasil para serem adoptadas, sequestradas, por Bispos desta mesma organização, entre outras pessoas.

Este caso de uma gravidade desmedida, até porque envolve de forma inexplicável os Tribunais Portugueses, demonstra o quão negligente foi e talvez ainda seja, o sistema de protecção de menores neste nosso País.

Como foi possível à IURD montar este esquema e ninguém o denunciar durante mais de duas décadas?

A série da TVI, serviço público, permitirá chegar ao cerne da questão, colocar nomes nas vitimas, apontar culpados, e certamente desvendar muito do que se passou durante tal período...

De uma coisa estaremos certos:

Esta organização ou seita, não poderá continuar impune, escapando por entre os seus canais de televisão, por entre a vozearia dos seus Bispos, atiçando os fiéis como garante dessa mesma impunidade ou mesmo por entre a lavagem de dinheiro que compra e comprou ao longo do tempo, muitos dos políticos Brasileiros, que sustentaram os seus desejos...

Pelo menos em Portugal, não pode mais ser assim.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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