30.07.20
Um dos autores que recentemente descobri e que me apaixonei de forma absolutamente inenarrável...
Apreciem.
Um abraço
Filipe Vaz Correia
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30.07.20
Um dos autores que recentemente descobri e que me apaixonei de forma absolutamente inenarrável...
Apreciem.
Um abraço
Filipe Vaz Correia
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04.03.19
Rostos e mais rostos;
Nesse mar de gente,
Deambulando pela rua,
Multidão ausente,
Na solidão crua,
Tornada crescente,
A ausência tua,
Que em mim flutua...
Rostos e mais rostos;
Despidos de significado,
Pedaços de desgosto,
Num rosto desamparado...
Rostos e mais rostos;
Num entrelaçado silêncio,
Buscando arrepiados,
O que se escapou...
Rostos e mais rostos;
Nesse desenho rasurado,
Assinalando a despedida,
Meio ferida,
De um tempo.
27.11.18
Três anos de Geringonça...
Tempo para lá do tempo que alguma vez acreditei que pudessem subsistir, no entanto, por entre revés e vitórias continuam unidos, cumprindo uma Legislatura que muitos anteviam de "diabólica".
António Costa terá de se sentir satisfeito com o trajecto, com os resultados que mantêm viva a esperança "Socialista" numa Maioria Absoluta.
Costa sobreviveu aos Incêndios, a Tancos e até a uma certa turbulência inerente às agruras de uma coligação anti-natura, porém a macula sobreviverá, não sendo maior, devido a uma conjugação estrelar que assenta na fraca oposição de Direita existente no espectro político Português.
Justiça seja feita, deveremos diferenciar a oposição do CDS, daquela que atrapalhadamente tem feito o PSD, perdido por entre batalhas internas, repletas de caciques e birrentos politiqueiros.
Costa remodela, passeia, estremece, equilibra, sorri ou gagueja mas três anos depois...
Parece firme no rumo, confiante na vontade, "seguro" no futuro.
Veremos então esse futuro, após a apresentação do último Orçamento da Legislatura, aquele que me parece conter, verdadeiramente, uma essência despesista e "Socialista".
Espero que não tenhamos uma surpresa negativa, em nome de um eleitoralismo bacoco, capaz de reeditar um "diabo" que pensávamos emigrado.
Espero sinceramente.
Filipe Vaz Correia
30.03.18
Ao vento;
No meio do mar,
Vão sobrando as leves dores,
Do que um dia foi respirar,
Respirar sem fim...
Do que na alma existia;
Desse amor que batia,
De cada instante guardado,
Em nós...
Nesse nós;
Que era só meu,
Nesse olhar meio perdido,
Do que levemente se desvaneceu,
Desvanecendo ferido...
E de orgulho esventrado;
Coração magoado,
Vai se esbatendo o passado,
Outrora sincero...
Vou-te amar;
Amando eternamente,
Recordando para sempre,
O que importa esquecer...
Pois só esquecendo;
Poderei sobreviver,
A tamanho destino.
04.12.16
Ainda penso no que não queria pensar;
Ainda me recordo do que não queria recordar,
Ainda faz parte de mim,
Essa angústia sem fim,
Daquele dia assim...
Ainda tenho que viver;
Sabendo sem querer,
Que o fim ou morrer,
Faz parte desse saber,
Que é a vida...
Vida...
Tão estranha forma de celebrar;
Uma passagem por este lugar,
Onde nos cruzamos a caminhar,
Com sentimentos a chegar,
Até partir, zarpar...
É assim a vida;
Sobra pouco para explicar,
Deste enigma a questionar,
A escrever ou partilhar...
Resta-nos aproveitar;
Cada dia,
Cada olhar,
Como se fosse a primeira vez...
26.11.16
Meu Deus, como será Cuba depois deste dia?
Morreu Fidel Castro, o lider revolucionário cubano, que guiou através de décadas os destinos de todo um povo, de toda uma nação.
Nunca me identifiquei com Fidel, antes pelo contrário, no entanto o seu papel na História mundial será para sempre incontornável.
Para muitos um Romântico idealista, para outros um Déspota sem escrúpulos, Fidel marcará de forma indelével o Sec. XX e a politica mundial desse período.
Acredito que o desmembramento da União Soviética terá marcado o fim do seu sonho politico, da sua ambição por um comunismo puro, assente na sua imensa vontade em construir um sociedade sem classes...
A Queda do Império Comunista, conjuntamente com o eterno embargo Americano, talvez tenham sido as grandes derrotas da vida politica do Senhor Comandante Fidel Castro Ruz.
Fidel sobreviveu a golpes, atentados e conspirações, cimentou o seu poder através de assassinatos ou detenções, por isso neste momento em que muitos optarão por embelezar o seu legado será importante não esquecer:
O seu regime levou Cuba à estagnação, ao empobrecimento, a um Estado falhado, sem futuro ou respostas para muitas gerações de Cubanos que se viram obrigados a partir para conseguirem uma vida melhor...
Este é em suma o legado que sobreviverá do sonho de Fidel, o de uma sociedade falhada, de uma esperança esquecida rodeada por um mar imenso...
Fidel foi capaz, no entanto, de seguir caminho, de impor a sua vontade, momento após momento, desafio atrás de desafio, fazendo acreditar, pelo menos os seus leais seguidores, que um dia seria possivel construir o mundo que outrora prometera.
Assim neste dia em que parte El Comandante, duas certezas:
Tristeza em Havana...
Alegria em Litlle Havana, Miami.
Respeite-se a memória de Fidel Castro Ruz, o Último Comunista, sem que se esqueça a tirania e o desastre que representou o seu Regime.
Filipe Vaz Correia
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