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Caneca de Letras

03.03.19

 

 

 

O amor...

 

Sempre ele;

Nas entrelinhas da vida,

Entrelaçando destinos,

Magoando caminhos,

Tornando dor, 

O que outrora foi amor,

Pincelando de ardor,

O que um dia foi sabor,

Amarrando ao tempo,

Essa forma de sentimento,

Sem nexo,

Por vezes complexo,

Que se agiganta,

Suplanta...

 

Mas por fim;

Nesse final desenhado,

Fica somente a lembrança,

Dessa espécie de esperança,

Que desvaneceu...

 

E mesmo sabendo;

Voltava a correr,

Mesmo doendo,

Tornava a viver...

 

Tudo outra vez.

 

 

 

 

22.02.19


Nem sempre o que grita o espelho, no reluzente reflexo do olhar, consegue convencer o coração a seguir em frente, a deixar para trás todo o carinho reservado no tamanho querer de um amor.

Mas o que fazer?

Se no fim da linha, nesse molhar os pés no mar, se apercebe o coração desse caminho sem volta, que sufoca desmedidamente.

Devagarinho...

Sem pressa, se entrelaça o querer ao desejo, se amarra todo o sentimento numa imensa tristeza, caminhando mar adentro.

Sempre mar adentro.

Num mergulho...

Num mergulho nesse mar intemporal, misturamos as nossas lágrimas nessa água salgada, somente sussurrando, discretamente, todo o ardor da intensa dor.

Mergulhamos uma e outra vez...

Uma e outra vez.

E numa esperança sem fim, deixamos para trás, esse pedaço que já não nos pertence, se algum dia pertenceu, sabendo a alma, nossa, que jamais desaparecerá a ferida, revivida em cada parte de nós.

Mas adormecerá, permitindo ao tempo, um novo tempo para amar.

E talvez um dia, longínquo, possamos olhar para trás e nesse olhar, outrora valioso, sentirmos apenas uma leve sensação de desconhecimento.

Um desconhecido sentido de indiferença.

Uma calorosa indiferença que alimentará um adeus sem fim...

Por fim.



Filipe Vaz Correia




17.02.19

 

Nem sempre o que grita o espelho, no reluzente reflexo do olhar, consegue convencer o coração a seguir em frente, a deixar para trás todo o carinho reservado no tamanho querer de um amor.

Mas o que fazer?

Se no fim da linha, nesse molhar os pés no mar, se apercebe o coração desse caminho sem volta, que sufoca desmedidamente.

Devagarinho...

Sem pressa, se entrelaça o querer ao desejo, se amarra todo o sentimento numa imensa tristeza, caminhando mar adentro.

Sempre mar adentro.

Num mergulho...

Num mergulho nesse mar intemporal, misturamos as nossas lágrimas nessa água salgada, somente sussurrando, discretamente, todo o ardor da intensa dor.

Mergulhamos uma e outra vez...

Uma e outra vez.

E numa esperança sem fim, deixamos para trás, esse pedaço que já não nos pertence, se algum dia pertenceu, sabendo a alma, nossa, que jamais desaparecerá a ferida, revivida em cada parte de nós.

Mas adormecerá, permitindo ao tempo, um novo tempo para amar.

E talvez um dia, longínquo, possamos olhar para trás e nesse olhar, outrora valioso, sentirmos apenas uma leve sensação de desconhecimento.

Um desconhecido sentido de indiferença.

Uma calorosa indiferença que alimentará um adeus sem fim...

Por fim.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

07.12.18

 

 

 

Por vezes parece desistir;

Outras fraquejar,

Tantas vezes quer insistir,

As mesmas que sente hesitar,

Nesse eterno existir,

Que não quer findar,

Somente fugir,

Escapar...

 

Mas nada;

Se permite,

Tudo, tudo,

Se omite,

Pequeno,

Coração de esferovite...

 

Bate e pulsa;

Como se fosse verdadeiro,

Sente e chora,

Como se permanecesse inteiro,

Grita e se agita,

Num amor derradeiro...

 

E guardada na memória;

Sobrará a vontade,

De uma bela história,

Carregada de saudade,

Num singelo gesto de carinho...

 

Leve, leve;

Permanecerá o querer,

Voando sem medo,

De sofrer...

 

O pequeno coração de esferovite.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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