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Caneca de Letras

11.08.19

 

 

 

Vida sem sentido ou sentindo essa vida;

Meio flor, metade dor,

Ardente ferida,

De um ferido amor,

Misturada amargura,

De olhos cerrados,

Pedaço de aventura,

Guardada no passado,

Segredando ao ouvido,

As palavras escondidas,

Esse caminho, outrora, vivido,

Por entre memórias perdidas,

Esforçadamente esquecido,

Ardentemente esquecidas.

 

E soletrando cada parte desse ardor;

Que arde intensamente,

Ficará no poema esse eterno clamor,

Que me amarra desmedidamente,

Descodificando este amor,

Que segreda eternamente...

 

As estranhas linhas desta poesia.

 

 

 

 

09.04.19

 

 

 

Cinco dedos da minha mão, 

Na tua mão...

 

Uma secreta solução,

Num toque de ilusão,

De carinho e sedução,

Desenhando o que a imaginação,

Soletrava ao coração,

Numa querença ou sensação,

Que não finda...

 

Podes não compreender;

O que rima na poética poesia,

Evitar perceber,

Essa doce melodia,

Que permanece como maresia,

Em cada desmedido querer,

Que nasce ao raiar do dia,

De um eterno amor...

 

E em cada verso;

 Somente inverso,

Se imortaliza,

Nesse pedaço de mim,

Que faz parte de ti,

Num entrelaçado nós...

 

Tão simples;

Tão singelo...

 

Nosso.

 

 

26.11.18

 

" O amor é o ridículo da vida.

A gente procura nele uma pureza impossível...

Uma pureza que está sempre se pondo, indo embora.

A vida veio e me levou com ela.

Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue.

Bonita e breve como borboletas, que só vivem vinte e quatro horas.

Morrer não doí."

Cazuza nos últimos momentos de sua vida, desfrutando do mar que parecia se querer despedir dele mesmo, numa mistura de amor e tristeza, soletrada e irrepetível alma poética.

É impossível não sentir em cada palavra sua, a imensidão de uma beleza sensível, de uma coragem irreverente, de uma sabedoria intemporal.

Viva Cazuza.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

25.09.17

 

 

 

Sei lá eu;

Como escrever,

Desabafos interiores,

Descrever este doer,

Tristezas e dores,

Mágoas a esquecer,

Que não esquecem tais sabores,

Guardados em mim...

 

Guardados na alma;

No cantar de tamanha voz,

Na lágrima serena,

Que nunca corre só...

 

Porque nos recantos;

Lá escondidos,

Onde mora o coração,

Viverão para sempre,

Perdidos,

Os segredos desta emoção...

 

Os segredos;

Do meu coração.

 

 

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