27.11.20
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27.11.20
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11.11.20
De facto existem momentos na vida em que os valores não podem ser relegados para segundo plano, julgo que em nenhum momento o devem ser, momentos decisivos para nos diferenciar de certo tipo de gente...
A carta pública "A Clareza Que Defendemos", abaixo assinado, divulgada esta terça-feira por um conjunto vasto de pessoas do Centro Direita e da Direita mais tradicional ou liberal, repudiando este acordo entre o PSD e o CDS com o Chega nos Açores, serve de alerta sobre uma definitiva linha que não deveria ser ultrapassada.
Miguel Poiares Maduro, José Eduardo Martins, Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia, Francisco José Viegas, Samuel Úria, José Diogo Quintela, Francisco Mendes da Silva, Sebastião Bugalho, Raquel Vaz Pinto, Teresa Caeiro, Miguel Monjardino, Henrique Burnay, Carlos Guimarães, Ana Rita Bessa ou Adolfo Mesquita Nunes, entre outros, são algumas das personalidades que decidiram ser este o momento para levantarem publicamente a sua voz num sinal de protesto para com esta ligação de Partidos da Direita democrática com um Partido radical de Extrema-Direita.
" Uma coisa são os movimentos nacional-populistas, xenófobos e autocráticos assumirem aquilo que são, outra mais grave, é o espaço não socialista deixar-se confundir com políticos e políticas que menosprezam as regras democráticas, estigmatizam etnias ou credos, acicatam divisionismos, normalizam a linguagem insultuosa, agitam fantasmas históricos, degradam as instituições."
"Trump não é Lincoln, T. Roosevelt ou Reagan, a democracia liberal Húngara não é aceitável num Partido Popular Europeu de tradição democrata-cristã, tal como, o neo-franquismo não é o herdeiro da direita espanhola de transição e do pacto constitucional. E o espaço do centro-direita e da direita portuguesa não é o do extremismo, seja esse extremismo convicto ou oportunista."
" A democracia liberal precisa de soluções consistentes e exequíveis não de discursos demagógicos, incendiários, revanchistas. É preciso deixar bem claro que as direitas democráticas não têm terreno comum com os iliberalismos. É essa clareza que defendemos."
Nesta posição clara e exacta este conjunto de cidadãos marca a posição daqueles que não condescendem com o populismo e os seus bacocos apelos ao pior de todos nós, a esse querer divisionista que busca criar na clivagem o terreno apropriado para o ódio e a segregação.
O erro de Rio e do PSD, assim como do CDS, é absolutamente indescritível, não só legitimando a mensagem da Direita xenófoba e radical, como ultrajando o passado histórico do seu Partido.
Miguel Poiares Maduro conclui explicando como a justificação de Rui Rio é absurda...
"Se o Chega moderar poderá haver diálogo com esse partido, para um acordo a nível nacional." Palavras de Rui Rio.
"O PSD até pode vir a fazer uma coligação com o PCP se o PCP for diferente daquilo que é hoje em dia." Miguel Poiares Maduro dixit, considerando que a questão não pode ser colocada nestes termos.
"Para mim o Chega é o que é hoje e o que é torna incompatível qualquer acordo do PSD com o Chega." Conclui o Professor Universitário.
Expressado nestas linhas a essência deste abaixo assinado publicado por alguns cidadãos da Direita tradicional Portuguesa, importa salientar a minha absoluta concordância com a substância deste texto, com a importância de saber o momento e o lugar onde quero estar...
E sem dúvida que em momento algum quero perder a oportunidade para expressar o quão me repugna este acordo e o que simboliza, num entrelaçar de destinos que poderá sair caríssimo à Democracia Portuguesa e consequentemente à Direita que sempre olhei como minha.
Filipe Vaz Correia
10.01.20
Este é um artigo carregado de penitências...
Penitências plasmadas em algumas linhas deste texto.
Em primeiro lugar penitenciar-me pela citação extraída da intervenção de Daniel Oliveira no Eixo do Mal e que dá titulo a este post...
"Um erro e um intervalo".
Onde isto irá parar?
Já estou a citar o estimadíssimo Daniel Oliveira?
Depois...
Uma segunda penitência por todos os meus textos onde expressei a esperança em Rui Rio e nessas suas ideias que julgava poderiam transformar o partido, assim como, dar um novo rumo ao Centro-Direita Português.
A poucos dias das directas do PSD, julgo ser acertado dizer que Rio não será mais do que um intervalo na disputa eleitoral, nesse futuro laranja, Social Democrata.
No entanto, não obstante as desilusões Canequianas deste vosso amigo em relação ao candidato Rui Rio, não posso deixar de escrever o desmedido erro que seria se o PSD voltasse, por um instante, aos tempos do Passismo, ou seja, buscando através de Luís Montenegro um caminho que anteriormente se revelou equívoco e desagregador.
De Miguel Pinto Luz não gastarei muita dessa tinta imaginária que pincela este texto, não só pela falta de substância do candidato, como também pelo desnorte de rumo que se traduziram as suas posições.
Penitências minhas...
Penitências de um PSD que tarda em se reencontrar.
Neste fim de semana, nesse acto eleitoral que envolverá, somente, 30 ou 40 mil militantes, o PSD buscará uma resposta para as batalhas internas, demasiadas, que se somam nestes últimos anos, no entanto, será avisado explicar que não se afigura provável essa tranquilidade ou clarificação tão ansiada por tantos militantes e simpatizantes...
Pois dessa escolha entre um intervalo e um erro raramente poderá nascer esperança.
A esperança de uma verdadeira alternativa política.
Enfim...
Que venha o sol pois as laranjas vão podres.
Filipe Vaz Correia
09.10.19
O Prof. Cavaco Silva reapareceu para apelar a um novo tempo no PSD.
Que saudades!
Cavaco, conhecido por nos seus tempos de liderança ser capaz de “unir” dissidentes, tolerar críticos...
Peço desculpa, mas por vezes é difícil manter a ironia.
Cavaco Silva regressou assim, neste dia, à esfera da politiquice politiqueira, afinal onde parece gostar de estar, longe vão os tempos em que fazia questão de se mostrar distante desse papel, no entanto, o estado actual do PSD, segundo o senhor Prof., motiva este seu apelo.
Cavaco constrói uma narrativa, carregada de vingança, na tentativa de virar o PSD para um reencontro com o “Passismo”, esses tempos da Troika que pelos vistos trazem saudades ao anterior Presidente da República.
Cavaco vai mais longe, apela até a Maria Luís Albuquerque, essa figura tão consensual na sociedade Portuguesa, para ilustrar essa forma de união que considera essencial.
Rui Rio vê assim um “Senador” do partido pedir a sua cabeça e ditar um caminho que se aponta, para Rio, muito complicado.
Cavaco junta-se a nomes como Miguel Morgado, Luís Montenegro, Carlos Carreiras, Miguel Relvas...
Repito, Miguel Relvas!
Tão bem acompanhado por estes nomes se encontra o Professor e certamente por mais alguns que por uma questão de decoro me escusarei de referir.
Como cora aquele jovem, por acaso eu próprio, que tinha em Cavaco uma referência, no auge da adolescência, no pico da juventude.
Que tristeza!
E assim de apelo em apelo, lá vão saído da toca os ultra-liberais, estilo Tea Party, que por um momento invadiram o Partido Social Democrata.
Alguém poderá explicar ao Senhor Professor que parte do eleitorado que hoje não vota PSD, como reformados, funcionários públicos ou pequenos empresários, principalmente da restauração, se afastaram do partido muito antes da chegada de Rui Rio e do seu errático mandato.
Foi no seu tempo, como Presidente da República, Prof. Cavaco e daqueles que agora insiste em apoiar.
Enfim...
Filipe Vaz Correia
20.09.19
Estive a ver, com um dia de atraso, a prestação de Rui Rio no programa “Gente Que Não Sabe Estar” e verdadeiramente adorei...
Quem acompanha o Caneca de Letras sabe que apoiei Rui Rio na disputa com Santana Lopes pela liderança do PPD/PSD e depositava nele uma esperança sem tamanho nessa árdua missão que seria a reconstrução do Partido.
Ao longo do tempo Rio foi desaparecendo, parecendo perdido entre as tricas internas e as diatribes externas, essa mistura entrelaçada de erros que anunciavam uma hecatombe eleitoral.
As Europeias foram somente uma amostra, depois da trapalhada dos professores que quase levaram à loucura os simpatizantes Sociais-Democratas.
Com a chegada da pré-campanha para as Legislativas parece que Rio despertou de um pesadelo, uma apatia que se havia instalado para os lados da Lapa e que ameaçava reduzir a pó as intenções do PSD.
Críticos constantemente a aparecer, vociferando as divergências, muitos ansiando um regresso aos tempos do PSD da “Tróika”, num projecto mais ultra-liberal do que social-democrata...
No entanto, as prestações de Rio em campanha estão a surpreender, seja em debates ou entrevistas, de forma mais séria ou “humorista” e informal.
Rio defrontou Costa na televisão com louvor, esteve no debate das rádios com determinação e personalidade, deixando vincada a força com que defende as suas ideias.
Gostei especialmente do seu olhar sobre o “segredo” de justiça e a sua visão sobre a criminalização do mesmo, a sério, sem receio de ferir os alvos de tamanha imoralidade.
Jornalistas e agentes judiciais...
Juízes, advogados, oficiais de justiça, etc...
Estou sem dúvida a gostar deste Rui Rio, a fazer lembrar os tempos onde conquistou a autarquia Portuense, espantando todos os que não acreditavam no seu sucesso.
Sei bem que a tarefa, nestas eleições, é Hercúlea, quase impossível de conseguir, pois Costa e o seu Governo estão sentados no poder e através dele manipulam a seu belo prazer a nossa Lusitana realidade...
No entanto, não posso deixar de assinalar a transformação extraordinária que tomou conta do líder do PSD e nesse “acreditar” que parece ganhar força entre os Sociais-Democratas.
Sehr Gut, Rui Rio!
Filipe Vaz Correia
17.09.19
O debate que se aguardava...
Quem ganhou?
A questão que todos tentam responder...
Na minha opinião, ninguém!
Este foi o debate que mais me interessava, talvez buscando a minha desesperançada esperança numa alternativa de Direita que tarda em chegar.
Rui Rio esteve francamente bem, muito melhor do que as expectativas nele depositadas, mostrando uma leveza argumentativa entrelaçada com as ideias que, há muito, pareciam escassear.
Entre estes dois oponentes ressalta o respeito espelhado em seus rostos, a ligação construída em uma década de gestão autárquica, Lisboa e Porto, num jogo espartilhado entre a opinião pública e o aparelho partidário.
Sinceramente Rui Rio foi muito melhor do que se antecipava, sabendo jogar com o tempo e a forma, os temas e a honestidade, para discordar e concordar, honestidade que tantas vezes é confundida com fraqueza...
Costa refastelado na sua poltrona, mexeu-se pouco, agitou o quanto baste e fingiu-se de morto, vezes sem conta, preferindo perder do que esventrar, criar feridas inabaláveis num eleitorado volátil que pondera lhe presentear com o voto.
Gostei de Rui Rio, mais do que de António Costa, sendo que se torna evidente, como se esperaria, que será impossível encurtar a diferença entre os dois Partidos na “pole” eleitoral.
Lastimo que este Rui Rio tenha andado perdido nestes anos de oposição, submerso em equívocos e tricas...
Neste debate, bailado entre iguais, Rio dançou em “paso doble”, valsa e salsa, sem desacertos ou inseguranças, sobrando a certeza de que será Costa a ficar com o papel.
No entanto, fica a compensação para o Presidente do PSD de um desempenho assertivo e capaz, assim como, uma pena de a sua oposição não ter sido feita em debates...
Esse bailado maior, num palco preparado para grandes momentos.
Filipe Vaz Correia
11.01.19
Parece que Luís Montenegro anunciará a sua candidatura à liderança do PPD/PSD...
Esta noticia tomou conta da actualidade, trazendo mais um pouco de ruído, à volta da liderança de Rui Rio.
Estou à vontade para falar de Rio, pois sempre acreditei nele, esperando dele uma reforma completa do Partido, para que pudéssemos sonhar com o País.
Infelizmente Rui Rio...
Não fez nem uma coisa, nem outra.
Esta desilusão, indubitável, com a fraqueza de Rio, não me faz esquecer a personagem que se apresenta como principal alternativa, num tempo ou momento, repleto de desafios.
Montenegro que um dia jurou não fazer a Rio, o que Costa havia feito a Seguro...
Até dá vontade de rir.
Montenegro representa uma ala do Partido, órfã de Passos, radical no ultra-liberalismo social, capaz de uma visão populista e demagógica, da coisa pública.
Uma espécie de Direita sensacionalista, estilo Fox News, que sempre me "encanitou".
Olhando para este cenário, a meses de várias eleições, não posso deixar de imaginar António Costa, sentado em São Bento, sorrindo para a televisão, olhando para os céus e começando a acreditar em Deus.
Somente Deus para lhe poder garantir uma oposição suicida, capaz de esventrar o Partido em praça pública, sedenta de poder.
É disto que se trata, de uma luta pelo poder, uma batalha fratricida que poderá destruir o PSD.
Se por acaso se avançar para eleições internas, esperarei por mais e melhores candidatos, por mais soluções que não passem pela imensa desilusão "Rio" ou pelo "Relvista" Montenegro...
Pois, caso contrário, seria mau demais.
Filipe Vaz Correia
09.01.19
A polémica está instalada, mais uma, no PPD/PSD, com as declarações de Manuela Ferreira Leite.
A antiga Ministra de vários Governos Sociais Democratas, disse que preferia uma derrota eleitoral, ao rótulo de Direita que estava a ser implementado pela anterior direcção partidária.
Digamos que compreendo a ideia, discordando dela...
Confuso?
Tentarei explicar.
O PSD sempre foi um partido abrangente, desse facto advém a sua força na nossa sociedade, englobando várias ideias e ideais, numa mescla de posicionamentos políticos.
Não é à toa que o Partido sempre foi conotado com o Centro-Direita, ou seja, tinha um vasto eleitorado que partia desse gigantesco centrão, até tocar na Direita tradicional Portuguesa.
Esse legado de Sá Carneiro, da abrangência no posicionamento político, foi talvez a maior arma para combater a influência do PS de Soares, no pós 25 de Abril.
O período Cavaquista, também contribuiu para alargar essa base de apoio e recrutar muitos dos que se situavam na Direita Conservadora, vulgo CDS, e que durante as duas maiorias absolutas do Professor Cavaco Silva, se mudaram para o lado "Laranja" do espectro político.
Assim, começo por discordar da afirmação de Manuela Ferreira Leite, nesta suposta rejeição, de uma certa ideia de Direita, no PPD/PSD.
No entanto, consigo compreender a sensação de fobia ao período "Passista", vivido nos tempos da Troika e que devastou parte da base eleitoral do PSD...
Sempre me considerei de Direita e Conservador, sentindo também eu essa espécie de fobia por um caminho que me parecia desvirtuar o passado e a Historia Social Democrata, mas não pelo rótulo de Direita, antes sim pelo rumo Ultra-Liberal, Radical e Populista que ganhou corpo durante aquele período.
Essa "nouveau" Direita que colocava muitas vezes o PSD, à direita do CDS, configurando um confuso e complexo cenário social ou partidário.
A resposta de Luís Montenegro que espera na tela da TVI, o momento certo, para esventrar um "Rio", se me faço entender, não é mais do que a defesa desse PSD radical, do qual fez parte, sendo peça primeira desse tempo.
Assim, compreendo a rejeição de um caminho, discordando das palavras e até do principio usado por Manuela Ferreira Leite, para demonstrar a sua opinião.
No entanto, não tenho dúvidas...
Se tivesse que escolher um lado, uma "Direita" com quem privar, estava certo da minha escolha, sem hesitações ou recuos.
Ao lado de Manuela Ferreira Leite.
Filipe Vaz Correia
14.09.18
Não se extinguem as criticas a Rui Rio...
É porque calado se encontra ou porque fala, por estar mais à esquerda ou por ser autoritário dentro do PSD.
Meu Deus...
Ninguém vislumbra a estratégia do líder do PPD/PSD, no entanto, o Caneca de Letras com a sua aguçada percepção política desvendará o plano do estratega Rio:
Uma nova Geringonça.
Vendo a radicalização populista do PP, a entrada em cena de um partido liberal como o Aliança, de Pedro Santana Lopes, que ocupará o espaço Liberal, Rui Rio num estratagema audaz tentará ocupar um espaço à esquerda onde vislumbra pontes mais acessíveis de serem construidas.
Assim num gesto sedutor, Rio pisca o olho a Catarina, com este Plano Robles, agitando os seus cabelos brancos e dançando ao ritmo Trotskista...
O Lema do PSD é Paz, Pão, Povo e Liberdade, um hino de fazer inveja ao PCP e aos gritos dos seus militantes em plena Festa do Avante.
Portanto onde fica tamanho espanto?
A nova Geringonça despojará António Costa, "Babush", do poder, criará uma imensa coligação e tornará o actual partido laranja num intenso arco-íris que deslumbrará os cursos de Sociologia e Estudos Políticos.
Explicado que está o Plano deixemos o Rio caminhar pelo seu cómico curso, rumo aos amanhãs que cantarão no imaginário da actual direcção Social Democrata.
Filipe Vaz Correia
03.08.18
Rui Rio esteve no Chão da Lagoa, mítica festa de verão do PPD/PSD, onde disparou esta frase:
" Até aqui não estava preparado para ser Primeiro-Ministro, pois ainda não tinha vindo ao Chão da Lagoa, agora sinto-me mais do que preparado, pois já aqui estive."
Mais ou menos estas as palavras, certamente esta a ideia...
Sempre gostei de Rio, apoiei a sua eleição para Presidente do PPD/PSD, por achar que seria o perfil indicado, apesar de saber das dificuldades que poderia encontrar, num Partido controlado em grande medida, pelos apoiantes de Pedro Passos Coelho e seus "boys".
No entanto, tem sido pouco...
Muito pouco o que temos visto de Rui Rio.
E assim, aliando frases como esta ao seu percurso enquanto líder, irá tornar-se impossível a afirmação da sua liderança, quanto mais com a quantidade de "Montenegros" à espreita.
Perdão...
De adversários sedentos de um passado que passou, mas que estes desejam retomar os "Passos".
Filipe Vaz Correia
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