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Caneca de Letras

19.10.17

 

A Liga dos Campeões trouxe para o meu Sporting, na sua visita a Turim, uma derrota...

Todos sabiam que seria um jogo difícil, contra uma enormíssima equipa, pejada de craques, num ambiente excepcional.

O que me entristece, contra a opinião do meu treinador, é a forma medrosa, pequena, com que sistematicamente o meu Sporting, se apresenta neste tipo de jogos...

Dir-me-ão que é aceitável tendo em conta o nome de clubes como o Barcelona, com jogadores como Messi ou Suarez, no entanto, caso não me falhe a memória, foi também assim que o Sporting jogou, em Alvalade, contra o FCPorto.

JJ é um treinador medroso, em constante disputa com o seu ego, em competição com aquilo que no seu pensamento já conseguiu, o que dificulta a ousadia, a audaz vontade de fazer melhor.

Pouco arrisca, mesmo quando precisa, pouco ousa, mesmo quando parece ser esse o melhor caminho...

Bas Dost jogou contra a Juventus, só, abandonado, numa equipa leonina encaixada no seu meio-campo, pedindo um avançado móvel, com velocidade, no entanto, na mente de JJ, a imprevisibilidade ou a coragem para ousar, compromete o rigor previsível de um velho treinador.

Ninguém vai falar desta exibição leonina, nos livros da Liga dos Campeões, ao contrário do que pensa o treinador do Sporting, ninguém vai recordar esta exibição como um momento inexpugnável, da História do Sporting Clube de Portugal.

Não porque perdeu...

Apenas, porque não ousou vencer.

O Sporting jogou como equipa pequena e perdeu dentro dessa dimensão.

Poderia ser diferente?

Não o sei, mas poderia ter tentado.

Por fim, uma nota sobre o Benfica VS MU, para dizer que Svilar me fez recordar os primeiros jogos de Rui Patrício em Alvalade, ou seja, um guarda-redes talentoso, vitima de um erro, fruto da sua imensa inexperiência.

O caminho será sempre acalentar o menino, devolver-lhe a confiança, acreditar no seu infindável talento, porque só assim, se poderá esperar dele o melhor.

E neste caso, assim como no caso do jovem Rui Patrício, talento não falta.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

13.03.17

 

Este fim de semana, assistimos todos, a uma das melhores exibições do Sporting esta época, com maior frescura física, maior compromisso entre os seus jogadores e acima de tudo, com uma maior capacidade de surpreender na sua zona de finalização.

Este Sporting, de sábado, correu mais, desestabilizou mais, pressionou mais, acreditou muito mais...

Para isto, muito contribuiu a entrada na equipa de Podence e Matheus, dois meninos, craques, que trazem consigo, além da qualidade, uma constante procura de espaços, de soluções, de criatividade, desconstruindo a expectativa que o adversário teria, daquilo que naquele campo, poderia acontecer.

É sempre possível esperar destes dois meninos, desequilibro, soluções inesperadas, imaginativas, aliando isso a uma inquietude própria da sua tenra idade, mas também da vontade maior do sonho prestes a cumprir...

O sonho de jogarem pela equipa do seu coração.

Jesus acorreu logo a dizer, que os jovens precisam de tempo, necessitam de compreender o jogo e a sua vertente tática, que não se ganha apenas com a formação, ou seja as mesmas imbecilidades de sempre, e que não sendo todas elas, mentira, certamente desmotivam aqueles que ali dentro do relvado, em alguns casos com mais de uma década de clube, cumprem enfim o seu sonho de jogar pelo seu Sporting.

Independentemente de tudo o que Jesus possa achar, quem viu este jogo entende, o que podem trazer à equipa este meninos, cheios de talento e vontade.

E mais...

O que dizer de Xico Geraldes?

Cinco minutos em campo, nessa suposta oportunidade, dada pelo seu treinador...

E em cinco minutos sem nunca se esconder da bola, sem nunca temer mexer com o jogo, tira um penálti, numa movimentação impossível para alguns pagos a peso de ouro, mas que na ausente vontade com que jogam, jamais poderiam chegar àquela jogada, com a mesma vontade, crença, leitura de jogo...

Cinco minutos chegaram para rodopiar sobre a bola, para levantar a cabeça e enfim dizer que estava ali, um pequeno, grande jogador.

Terá o cérebro percebido o alcance do talento destes jovens?

Tenho dúvidas, infelizmente...

E Iuri, será que o viram jogar, neste fim de semana?

Será que jesus acha que tem qualidade?

Espero que estes leõezinhos continuem a acreditar que é possível, mesmo que lhes digam que não, que não irão superar estas dificuldades, impostas por aqueles que os deveriam motivar, fazendo-lhes crer que serão eles o futuro...

Porque com tamanho talento, serão mesmo o futuro.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

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