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Caneca de Letras

30.12.17

 

2017 termina com mais um pedaço de escândalo, num enredo envolvendo o Benfica e a sua estrutura, estrutura "alegadamente" ligada a esquemas de tráfico de influência e corrupção.

Por mais que a clubite impeça, por vezes, a discussão franca e despudorada, não podemos deixar de observar, os indícios constantes que teimam em perseguir, este período da história encarnada.

Depois de emails e bruxos, de ex-árbitros e comentadores, chega o tempo dos emissários e da compra de resultados...

Poderão muitos clamar inocência ou cabala, teias conspirativas contra a pureza da estrutura encarnada, armadilhada por rivais maledicentes que insistem em denegrir as conquistas do Benfica, no entanto, a clarificação deste teorema é um imperativo que se impõe ao Futebol Português, sob pena de ele se enquistar eternamente.

Os indícios crescentes acumulam-se, subindo de tom, com estas novas revelações, de supostas compra de resultados na época 15/16, ano em que o Benfica conquistou o Tricampeonato...

Será verdade?

Não o sabemos.

Nem serei eu a descobrir, pois prefiro aguardar o resultado da investigação em curso.

Porém, não posso deixar de aqui escrever, que se em algum momento for confirmado tudo aquilo que tem sido, insistentemente, veiculado pela Imprensa, então...

Nesse caso, o Benfica estará definitivamente à beira de um abismo.

Um abismo que guiará o clube para outro tipo de relvados.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.12.17

 

Esta equipa do Rio Ave é de facto um caso de estudo, não só pela carreira que está a fazer na Taça de Portugal, assim como no Campeonato, mas essencialmente pelo futebol que joga...

Pela maneira como joga.

Miguel Cardoso, anterior adjunto de Domingos Paciência e Paulo Fonseca, amarrou o clube a uma filosofia romântica, assente na qualidade de jogo, da posse como destino de uma ideia infinita...

Infinitamente deslumbrante.

O Rio Ave joga como Grande, mesmo contra os Grandes.

Os Vila-Condenses apresentam um conjunto de qualidade, com um guarda-redes experiente, Cássio, um central de qualidade, Marcelo, um lateral de futuro, Yuri Ribeiro, um médio defensivo consistente, Péle, um capitão com alma, Tarantini, mas é no meio-campo ofensivo que tudo se transforma...

Que mora a essência, repleta de magia, deste Rio Ave:

Quem vê jogar João Novais, Francisco Geraldes ou Rúben Ribeiro, entende a razão pela qual esta equipa não teme jogar, olhos nos olhos, com qualquer equipa...

João Novais traz à equipa uma dimensão física superior aos outros dois, aliando qualidade técnica, a uma mais valia imprescindível ao futebol moderno...

A marcação eximia de livres directos.

Francisco Geraldes e Rúben Ribeiro são na minha opinião, ainda mais deslumbrantes, donos de uma intensa magia que define, surpreende, apaixona...

Chico, menino leão, faz do passe o diamante, o instante definitivo com que esventra defesas adversárias, do toque a arma com que congela o tempo, da visão de cada lance, o irrepetivel momento que vislumbra muito antes de qualquer outro.

Rúben, jogador feito, quase trintão, é a interrogação perfeita, da imperfeita pesquisa de talento feita por Benfica, Sporting e Porto.

Como pode um jogador desta qualidade, chegar aqui sem nunca ter sido contratado por uma desta equipas...

O Benfica poderia propor a troca de Rafa por Rúben, o Sporting dar o Argentino Ruiz e pagar mais uns milhões por este 10 Vila-Condense e o Porto...

Quantos Adrians valerá Rúben Ribeiro?

Assim vendo este Rio Ave que ontem voltou a destruir o Benfica, fiel à sua ideia de jogo, ao Tiki-Taka de Caxinas, dá vontade para questionar:

Quem joga melhor em Portugal?

Talvez a resposta seja...

O Rio Ave.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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