30.01.18
Já não posso ouvir falar da Supernanny e das criancinhas inocentes que estão expostas em tal programa...
Querem acabar com o programa?
Acabem de uma vez...
Querem exterminar a SIC e a sua direcção de conteúdos?
Façam...
Mas calem-se.
Duas ou três leves observações:
Muitas destas pessoas que rasgam as vestes na opinião pública, sobre tal programa, devem sofrer de um reflexo, profundamente incomodativo, de se reverem naqueles Pais sofredores de bulling, das criaturas por eles criados...
Se assim for, infelizmente, até consigo compreender.
Muitos dos que gritam ensurdecedoramente, não perderam um segundo para pensar, que tipo de Homens e Mulheres iremos ter daqui a umas décadas...
Crianças que supostamente batem nos Pais, lhes chamam os maiores impropérios, sem que isso possa causar na maior parte dos indignados, um medo imenso desse futuro que se aproxima.
Claro que me deixa estupefacto a invasão de privacidade e de reserva que um programa deste género causa a uma família, mas nem tanto pelo lado das crianças, mas sim dos seus Pais...
Como pode um Pai, que sabe ter um filho com este tipo de comportamento, expôr-se assim publicamente?
O lado dos Pais, é sem dúvida, o que mais me impressiona.
Posto isto, talvez seja chegada a hora, de enquanto sociedade, nos sentarmos e reflectirmos sobre que pessoas estaremos nós a formar e a educar...
É que as criancinhas são fruto da educação recebida e essa só funciona com regras.
Com muito amor, mas sempre com regras.
Pois sem regras, mais cedo ou mais tarde, lidaremos simplesmente com boçais.
Filipe Vaz Correia