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Caneca de Letras

25.01.18

 

Foi com um imenso entusiasmo que li as palavras de Miguel Paixão, melhor amigo de Cristiano Ronaldo, sobre o regresso deste a Alvalade.

Ao seu Sporting!

Evidentemente que Ronaldo não o pensa fazer no imediato, nos próximos dois anos, mas saber que pensa isso, que o deseja, é a expressão de um imenso sonho que existe no Reino do Leão...

O regresso do Melhor do Mundo, do melhor Português de sempre, futebolisticamente falando, de um filho da alma Sportinguista.

Ronaldo já ganhou tudo, até dinheiro, e talvez procure encontrar num regresso aos seus, seu clube, seus adeptos, seu País, um reencontro com a sua dimensão humana...

Não creio que Ronaldo fique em Madrid, mas sei que será impossível regressar neste momento a Alvalade, pois tenho como certo, que um qualquer PSG da vida se irá intrometer para o resgatar.

No entanto, as suas palavras já de si acalentam a esperança, que é verde, aproximam o sonho da realidade...

E como Sportinguista peço:

Deixem-nos sonhar!

Até Já, Cristiano Ronaldo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

09.11.17

 

Sempre detestei Pep Guardiola, o treinador, enquanto o jogador adorava, um dos melhores seis que vi na minha vida...

Guardiola não corria, deslizava, não passava, poetizava, não desarmava, gentilmente dançava como se de Nureyev se tratasse.

No entanto, a minha embirração com Guardiola começa naquele Super Barcelona, protegido por todos, imaculado de criticas ou reparos, que insistentemente me desesperava...

Mourinho chegara a Madrid e a batalha começara, a verdadeira batalha entre dois dos maiores jogadores, Messi e Ronaldo, entre dois dos melhores treinadores, Mourinho e Guardiola.

E o que fez Guardiola, na primeira vez que perdeu para Mourinho?

Fugiu...

E que desafio escolheu?

Bem, chamar o Bayern de Munique de desafio, é na verdade uma força de expressão, pois inevitavelmente ganharão 90% dos campeonatos que disputam.

É dessa cobardia que vem a minha irritação com Pep Guardiola...

Esse comodismo, que lhe permite um tiki-taka, enfadonho, sem contraditório.

No entanto, tudo mudou...

Guardiola voou para Manchester, para o City e eu disse a todos os meus amigos:

Agora vamos ver o que vale Pep!

Primeira época muito difícil, deixando antever um fracasso anunciado, um falhanço na primeira, verdadeira, aventura sem rede.

E não é que como um bom trapezista, Pep Guardiola, para minha imensa surpresa, inventa uma táctica, espécie de 5x3x2, libertando Silva e De Bruyne, nas costas de Aguero e do menino Gabriel de Jesus, solidificando os processos, libertando os génios enquanto os trabalhadores se entregam sem esmorecer.

Guardiola encontrou um compromisso entre o génio e o equilíbrio, num campeonato onde não existe tempo a perder e onde a cobrança não aguarda lugar...

Excepto no Arsenal.

Ao contrário de José Mourinho, Pep Guardiola não cristalizou e acabou por transformar um céptico, num crente...

Ou melhor:

Para mim, como adepto de futebol, Pep é o melhor.

Estou rendido.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

26.07.17

 

Quantas vezes teria de nascer Mbappé, se tivesse crescido na escolinha de Alcochete e o destino o obrigasse a se cruzar com o mestre JJ?

Estaria certamente neste momento a renovar o seu contrato e provavelmente a rumar a um qualquer Desportivo de Chaves, para explanar o seu futebol a centenas de quilómetros de casa.

Esta transferência de 180 milhões do jovem fenómeno Francês é a evidência de que a idade no futebol não é contraditória do talento, da capacidade de ser determinante.

Aos dezoito anos, lançado pelo seu treinador, Mbappé deslumbrou o planeta da bola, desequilibrou em campo nos mais variados palcos e fez sonhar aqueles adeptos Monegascos que viram nele uma possibilidade de concretizarem esse distante sonho de vencerem...

Serem campeões.

O que seria de Dier, se em Alvalade ficasse?

Onde estaria Bernardo se continuasse subjugado à ditadura limitada de um treinador, que nunca conseguiu vislumbrar o seu imenso talento?

O que seria deste jogo, futebol, se o talento imaturo dos jovens génios fosse eternamente adiado?

Perturbam-me estas saídas que acontecem no meu Sporting, Chico, Matheus, Domingos Duarte ou até Palhinha em detrimento de Petrovic, Matheus Oliveira, Alan Ruiz ou mesmo Battaglia, sem que honestamente me pareça que em algum destes casos, os que ficam, sejam melhores do que estes pequenos meninos formados em Alvalade.

Se Mbappé valerá 180 milhões?

Não o sei, no entanto se Morata vale 80, se Lukaku vale 90 então o jovem Monegasco valerá pelo menos o dobro.

Porém, mais do que expressar a minha avaliação financeira do futebol actual, o que aqui importa é celebrar o atrevimento de um clube que não teve medo de escolher um dos seus, reconhecer-lhe o talento e apostar...

E ganhar!

Ainda bem que Mbappé, não nasceu em Almada, não começou a treinar pequenino nos campos de Alcochete, pois certamente teria de nascer pelo menos 100 vezes para ser suplente de Alan Ruiz e ter o privilégio de desfrutar de uma quantas palestras do Senhor Jesus.

Felizmente para ele, teve a oportunidade de voar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

04.06.17

 

Cristiano Ronaldo voltou a sagrar-se campeão da Europa de clubes, após mais uma vitória do Real Madrid, ontem à noite em Cardiff.

É na verdade impressionante a capacidade de CR7 em contradizer aqueles que invejosamente o destratam, como é também surpreendente a forma como parece se reerguer numa luta desigual com o tempo, que não pára de passar...

Ronaldo está mais velho, menos capaz de resistir às dificuldades de uma desgastante época e por essa mesma razão, convém salientar o trabalho feito por ele e Zidane, com o objetivo de o preparar para os momentos chave que inevitavelmente requerem um Ronaldo preparado para deslumbrar.

Foi isso que fez ontem em Cardiff, bisando, reafirmando a sua liderança nessa corrida em pista única para a ambicionada Bola de Ouro...

Ronaldo demonstra que independentemente do que os outros poderão dizer, ele constantemente se aproxima de recordes irreais, nunca antes imaginados:

Cinco épocas consecutivas como melhor marcador da Liga dos Campeões, um fantástico número de golos marcados em finais da Champions ou a Quinta Bola de Ouro que não lhe deverá fugir, igualando Lionel Messi...

Ronaldo está com 32 anos e muitos pensarão que a vantagem neste desempate penderá para o Argentino, no entanto, eu acredito que Ronaldo preparando-se como sempre, surpreenderá uma vez mais aqueles que jamais imaginariam que ele ainda estaria nos relvados, a fazer história.

Parabéns Ronaldo!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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