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Caneca de Letras

15.09.17

 

Portugal saiu do lixo...

Esta frase um pouco indigna, contrasta com a ideia de uma nação quase milenar, de gente brava e acolhedora, cheia de História e que jamais poderia ser considerada de lixo, no entanto, neste mundo economicista em que nos encontramos, esta noticia assume um papel absolutamente crucial.

Ao fim de seis anos, Portugal volta a estar num patamar de credibilidade para uma agência de Rating, se não contarmos com a DBRS, agência de Rating da União Europeia...

Por essa razão esta classificação da Standard and Poor's, reveste-se de uma importância essencial, não na evolução do investimento na nossa divida, pois apesar de tudo com BBB-, continuarão muitos fundos de investimento proibidos de investir na divida Portuguesa, no entanto, a percepção que fica, a imagem que se instala, contribui para esta cavalgada sedutora deste novo Portugal.

Talvez aqui se encontre o grande teste à actual plataforma Governativa e essencialmente a Mário Centeno, pois se esta noticia traz consigo um certo alivio após tantos anos de sacrifícios, a percepção de que estamos livres da lixeira para onde em 2011 fomos atirados, poderá levar a um crescente movimento reivindicativo dos grupos sindicais, na busca de retirarem do erário publico o maior tipo de vantagens, para cada uma das suas corporações...

É aqui que se testará o Ministro das Finanças e a sua capacidade de controlo das contas publicas, assim como, a força com que este se poderá opôr às reivindicações do PCP e do BE.

Se Centeno não ceder e mantiver as suas cativações, o rigor do deficit, sem evidentemente esquecer as pessoas pois são elas o mais importante, então talvez possamos verdadeiramente acreditar que o pior já passou.

Independentemente de tudo isso,  podemos discretamente abrir um espumante, pois apesar de tudo, já estamos a caminho da reciclagem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

18.03.17

 

Admito que já não consigo ouvir falar das agências de rating, das suas opiniões, das constantes preocupações, os interesses meio velados, as conclusões sempre crispadas...

Os anos passam e o massacre continua, trimestre após trimestre, sempre nublado, sombrio, adivinhando os temporais que felizmente, tardam em chegar.

Aqui não me interessa julgar a sua importância para a regulação global, a supervisão permanente para os investidores atentos, tendo em conta, aqueles países e empresas mais próximos do risco...

O que aqui me interessa discutir, é o que sinto diante destas constantes interrogações sobre o futuro deste solarengo país, ignorando a capacidade Lusitana para encontrar soluções, onde os outros apenas veem problemas...

Para o desenrascanço Português.

Já sabemos que a divida é gigantesca, impagável, pelo menos com estes juros, que a banca Portuguesa enfrenta dilemas, que a economia se depara com infindáveis desafios...

E então?

A divida Americana, é menor?

O déficit Francês, é menor do que o Português?

A solução política Holandesa, é menos confusa do que a nossa?

Quem é afinal, o campeão da Europa de futebol?

A que país pertence, Cristiano Ronaldo?

Tudo conclusões que não entram nos relatórios dessas agências de rating, que amiúde se recordam de acompanhar o senhor Schauble, nos desejos sombrios, sobre o céu nacional.

Pois aqui, formulo aquela que deveria ser a nossa resposta, a estes insuportáveis, pregadores de desgraças:

Pedir ao Procurador Rosário Teixeira e ao Juiz Carlos Alexandre que iniciassem uma investigação, sobre os fundamentos e os propósitos destas agências de rating e as suas insistentes conclusões e se possível as prendessem preventivamente, de maneira a que pelo menos no próximo ano, não pudessem emitir qualquer boletim sobre o nosso país...

Se possível ponderassem também, sobre o FMI e transformassem a nossa divida, numa saborosa indemnização, que nos livrasse dos vários Milhões de Milhões, ainda por pagar...

As noticias mudariam e passaríamos a ser nós enquanto país, a avaliar trimestralmente, a situação destas mesmas entidades e a sua respetiva liberdade.

Já estou a imaginar, os noticiários na CMTV e os seus respectivos comentadores, a discutirem horas a fio, o destino destas instituições, os prazos para os seus julgamentos e os intermináveis interrogatórios...

Garantíamos paz, sossego e audiências...

E certamente diversão. 

 

Filipe Vaz Correia 

 

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