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Caneca de Letras

22.01.19

 

Eu nem sabia que existia uma "Jamaica" em Portugal, a não ser o Jamaica no Cais de Sodré...

No entanto, não pude deixar de reparar nesta polémica envolvendo a PSP nesse Bairro da Jamaica, no Seixal.

O histerismo estava assim montado, a tamanha gritaria, obrigando-me a ver as ditas imagens.

Duras, violentas, sem dúvida...

Mas o que mais me irritou nestas imagens, foi o tratamento que estas mereceram por parte de alguma Comunicação Social, esse julgamento pré-definido, como um qualquer complexo colonial, que nos reporta ao "racismo".

Digo mesmo que olhando para aquelas imagens, várias ideias me assolaram o pensamento e nenhuma delas se chamava "racismo".

Alguém acredita que aqueles policiais, ali destacados, estavam todos a executar um plano racista, para agredir aquelas pessoas, por causa da cor da sua pele?

Uma dezena de policias racistas, atacando "anjinhos" indefesos?

Não me parece.

Por mais que queiram pintar esse quadro, nós não somos esse povo, nem temos essa clivagem civilizacional, neste momento.

Claro que existem racistas em Portugal, na polícia, como em vários quadrantes da nossa Sociedade...

Racistas brancos, racistas pretos, racistas amarelos, racistas de todas as cores.

A Polícia chegou ao Bairro da Jamaica e das duas uma:

Ou os policiais foram apedrejados, como aliás testemunhas relataram, e reagiram ou então  estes polícias não são racistas...

São completamente loucos.

Quanto aos meninos que foram manifestar-se para o Terreiro do Paço e resolveram subir a Av. da Liberdade à pedrada, dizer que acabaram dando um claro "exemplo" de respeito e civilidade.

A polícia respondeu e deteve alguns...

Por racismo?

Não!

Pela segurança de todos nós...

De "Pretos" e de "Brancos", sem esquecer dos amarelos e todas as outras cores.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

08.11.17

 

Nem sou muito de escrever sobre este tipo de noticias, não gosto, não faz parte de mim...

No entanto, ao ver esta noticia de que a PSP tinha invadido o velório das pessoas que morreram vitimas deste surto de Legionella, não consegui deixar de pensar:

E se fosse comigo?

Se fosse a minha Mãe, que ali estivesse?

Uma vergonha, uma verdadeira vergonha de um Estado que expõe os seus cidadãos, num Hospital público ao risco de vida, e que mesmo após uma tragédia destas ocorrer, não tem o cuidado de garantir que este último instante é respeitado...

Pelo menos dignificado.

E se o fizessem com a minha Mãe...

Se sugerissem a retirar dali num saco plástico?

Meus caros amigos, nem consigo imaginar...

Nem quero imaginar.

Haja vergonha.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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