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Caneca de Letras

27.09.21

 

 

 

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E esta hein?

Neste momento onde vos escrevo o PSD pode roubar Lisboa ao PS, Moedas pode derrotar Medina, Rui Rio e Chicão irão sobreviver.

O grande derrotado da noite a CDU que continua a definhar e a desaparecer do acto autárquico...

O grande vencedor da noite o PSD que consegue roubar várias câmaras ao partido socialista.

O PS perdendo Lisboa tem um revés absolutamente inesperado e que corresponde a uma hecatombe  sem precedentes.

Fernando Medina desaparece do papel de sucessor de António Costa, dando força a Pedro Nuno Santos, pois depois de ter perdido a maioria absoluta nas últimas autárquicas pode desta vez perder mesmo a autarquia de Lisboa.

Uma noite inesperadamente animada... 

E continua.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

´

27.11.20

 

 

 

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Sorrio...
Essa mistura de só e Rio, de desespero e contradição.
Rui Rio e o seu PSD, tem de ser só seu, votou o projecto de lei do BE para inviabilizar injecções de capital no Novo Banco.
Ora esta medida por si só agradará a toda a gente, talvez por essa razão Rio terá pensado em votar a favor dela, quando digo toda a gente direi a maioria daqueles que agindo por impulso navegam pelos cabeçalhos dos jornais.
Numa semana ao lado do Chega...
Na outra a votar com o BE.
Querem melhor exemplo de oportunismo político, de populismo?
Certamente alguns me dirão que André Ventura desmarcou um Congresso que nunca esteve marcado...
Ok!
Que Ventura, e o seu Chega, começou por votar esta proposta do BE com um voto contra, a meio da tarde já se abstinha e por fim, julgo, que votou a favor...
Mas será Ventura o barómetro do PSD, de Rui Rio?
Talvez seja...
O PSD aprendeu alguma coisa com o caso dos Professores?
Não!
Rio navega entre populistas, os de Esquerda, os de Direita...
Podemos estar todos contra a injecção de dinheiro no Novo Banco mas o que fazer se o contrato assinado com a Lone Star assim o prevê?
Que se lixe o contrato...
Parece que é a estratégia.
Enfim...
Uns dias os ciganos, outros dias o Novo Banco, assim vai o líder da oposição, de Centro Direita, de braço dado entre o BE e o Chega.
Que tristeza!
 
 
 
Filipe Vaz Correia
 
 
 
 

11.11.20

 

 

 

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De facto existem momentos na vida em que os valores não podem ser relegados para segundo plano, julgo que em nenhum momento o devem ser, momentos decisivos para nos diferenciar de certo tipo de gente...

A carta pública "A Clareza Que Defendemos", abaixo assinado, divulgada esta terça-feira por um conjunto vasto de pessoas do Centro Direita e da Direita mais tradicional ou liberal, repudiando este acordo entre o PSD e o CDS com o Chega nos Açores, serve de alerta sobre uma definitiva linha que não deveria ser ultrapassada.

Miguel Poiares Maduro, José Eduardo Martins, Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia, Francisco José Viegas, Samuel Úria, José Diogo Quintela, Francisco Mendes da Silva, Sebastião Bugalho, Raquel Vaz Pinto, Teresa Caeiro, Miguel Monjardino, Henrique Burnay, Carlos Guimarães, Ana Rita Bessa ou Adolfo Mesquita Nunes, entre outros, são algumas das personalidades que decidiram ser este o momento para levantarem publicamente a sua voz num sinal de protesto para com esta ligação de Partidos da Direita democrática com um Partido radical de Extrema-Direita.

" Uma coisa são os movimentos nacional-populistas, xenófobos e autocráticos assumirem aquilo que são, outra mais grave, é o espaço não socialista deixar-se confundir com políticos e políticas que menosprezam as regras democráticas, estigmatizam etnias ou credos, acicatam divisionismos, normalizam a linguagem insultuosa, agitam fantasmas históricos, degradam as instituições."

"Trump não é Lincoln, T. Roosevelt ou Reagan, a democracia liberal Húngara não é aceitável num Partido Popular Europeu de tradição democrata-cristã, tal como, o neo-franquismo não é o herdeiro da direita espanhola de transição e do pacto constitucional. E o espaço do centro-direita e da direita portuguesa não é o do extremismo, seja esse extremismo convicto ou oportunista."

" A democracia liberal precisa de soluções consistentes e exequíveis não de discursos demagógicos, incendiários, revanchistas. É preciso deixar bem claro que as direitas democráticas não têm terreno comum com os iliberalismos. É essa clareza que defendemos."

Nesta posição clara e exacta este conjunto de cidadãos marca a posição daqueles que não condescendem com o populismo e os seus bacocos apelos ao pior de todos nós, a esse querer divisionista que busca criar na clivagem o terreno apropriado para o ódio e a segregação.

O erro de Rio e do PSD, assim como do CDS, é absolutamente indescritível, não só legitimando a mensagem da Direita xenófoba e radical, como ultrajando o passado histórico do seu Partido.

Miguel Poiares Maduro conclui explicando como a justificação de Rui Rio é absurda...

"Se o Chega moderar poderá haver diálogo com esse partido, para um acordo a nível nacional." Palavras de Rui Rio.

"O PSD até pode vir a fazer uma coligação com o PCP se o PCP for diferente daquilo que é hoje em dia." Miguel Poiares Maduro dixit, considerando que a questão não pode ser colocada nestes termos.

"Para mim o Chega é o que é hoje e o que é torna incompatível qualquer acordo do PSD com o Chega." Conclui o Professor Universitário.

Expressado nestas linhas a essência deste abaixo assinado publicado por alguns cidadãos da Direita tradicional Portuguesa, importa salientar a minha absoluta concordância com a substância deste texto, com a importância de saber o momento e o lugar onde quero estar...

E sem dúvida que em momento algum quero perder a oportunidade para expressar o quão me repugna este acordo e o que simboliza, num entrelaçar de destinos que poderá sair caríssimo à Democracia Portuguesa e consequentemente à Direita que sempre olhei como minha.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

10.01.20

 

Este é um artigo carregado de penitências...

Penitências plasmadas em algumas linhas deste texto.

Em primeiro lugar penitenciar-me pela citação extraída da intervenção de Daniel Oliveira no Eixo do Mal e que dá titulo a este post...

"Um erro e um intervalo". 

Onde isto irá parar?

Já estou a citar o estimadíssimo Daniel Oliveira?

Depois...

Uma segunda penitência por todos os meus textos onde expressei a esperança em Rui Rio e nessas suas ideias que julgava poderiam transformar o partido, assim como, dar um novo rumo ao Centro-Direita Português.

A poucos dias das directas do PSD, julgo ser acertado dizer que Rio não será mais do que um intervalo na disputa eleitoral, nesse futuro laranja, Social Democrata.

No entanto, não obstante as desilusões Canequianas deste vosso amigo em relação ao candidato Rui Rio, não posso deixar de escrever o desmedido erro que seria se o PSD voltasse, por um instante, aos tempos do Passismo, ou seja, buscando através de Luís Montenegro um caminho que anteriormente se revelou equívoco e desagregador.

De Miguel Pinto Luz não gastarei muita dessa tinta imaginária que pincela este texto, não só pela falta de substância do candidato, como também pelo desnorte de rumo que se traduziram as suas posições.

Penitências minhas...

Penitências de um PSD que tarda em se reencontrar.

Neste fim de semana, nesse acto eleitoral que envolverá, somente, 30 ou 40 mil militantes, o PSD buscará uma resposta para as batalhas internas, demasiadas, que se somam nestes últimos anos, no entanto, será avisado explicar que não se afigura provável essa tranquilidade ou clarificação tão ansiada por tantos militantes e simpatizantes...

Pois dessa escolha entre um intervalo e um erro raramente poderá nascer esperança.

A esperança de uma verdadeira alternativa política.

Enfim...

Que venha o sol pois as laranjas vão podres.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

09.10.19

 

O Prof. Cavaco Silva reapareceu para apelar a um novo tempo no PSD.

Que saudades!

Cavaco, conhecido por nos seus tempos de liderança ser capaz de “unir” dissidentes, tolerar críticos...

Peço desculpa, mas por vezes é difícil manter a ironia.

Cavaco Silva regressou assim, neste dia, à esfera da politiquice politiqueira, afinal onde parece gostar de estar, longe vão os tempos em que fazia questão de se mostrar distante desse papel, no entanto, o estado actual do PSD, segundo o senhor Prof., motiva este seu apelo.

Cavaco constrói uma narrativa, carregada de vingança, na tentativa de virar o PSD para um reencontro com o “Passismo”, esses tempos da Troika que pelos vistos trazem saudades ao anterior Presidente da República.

Cavaco vai mais longe, apela até a Maria Luís Albuquerque, essa figura tão consensual na sociedade Portuguesa, para ilustrar essa forma de união que considera essencial.

Rui Rio vê assim um “Senador” do partido pedir a sua cabeça e ditar um caminho que se aponta, para Rio, muito complicado.

Cavaco junta-se a nomes como Miguel Morgado, Luís Montenegro, Carlos Carreiras, Miguel Relvas...

Repito, Miguel Relvas!

Tão bem acompanhado por estes nomes se encontra o Professor e certamente por mais alguns que por uma questão de decoro me escusarei de referir.

Como cora aquele jovem, por acaso eu próprio, que tinha em Cavaco uma referência, no auge da adolescência, no pico da juventude.

Que tristeza!

E assim de apelo em apelo, lá vão saído da toca os ultra-liberais, estilo Tea Party, que por um momento invadiram o Partido Social Democrata.

Alguém poderá explicar ao Senhor Professor que parte do eleitorado que hoje não vota PSD, como reformados, funcionários públicos ou pequenos empresários, principalmente da restauração, se afastaram do partido muito antes da chegada de Rui Rio e do seu errático mandato.

Foi no seu tempo, como Presidente da República, Prof. Cavaco e daqueles que agora insiste em apoiar.

Enfim...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

23.09.19

 

O PSD perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta na Madeira...

Felizmente para os Sociais Democratas, o CDS deverá garantir os deputados suficientes para numa coligação, bastarem à governação do arquipélago da Madeira.

No entanto, não deve bastar esta constatação, este cenário de tristeza, que tomou conta dos rostos “laranjas” habituados a reinar naquelas terras.

Em contraponto, vemos o Partido Socialista alimentando o seu caminho, com novos 14 deputados adquiridos nestas eleições.

Um desenho arrepiante para a história Social-Democrata na região, para o legado de Alberto João Jardim, ficando desnudadamente a interrogação...

Se Alberto João Jardim não tivesse, nestes últimos dias, entrado nesta campanha eleitoral qual seria o resultado do partido?

Não estaríamos a assistir a uma catástrofe maior?

Uma histórica lição para aqueles que menosprezaram o peso das “velhas” raposas, neste novo tempo eleitoral...

Hoje, espantados, viram-se confrontados com as repercussões dos seus actos, com as consequências das suas “queimadas”.

Talvez esse passado recente, repleto de autofagia, tenha servido para enfraquecer o Partido e a sua actual liderança.

Por vezes as feridas abertas não saram, não secam...

Por mais que se demonstre o contrário.

Destas eleições sobrará o terramoto político que quase aconteceu na região da Madeira, ao PSD e ao seu passado histórico...

Chega o tempo dos entendimentos, um novo tempo na Madeira, que irá ditar todo um destino e um legado que se entrelaça desde 1974.

Novos tempos, renovados entendimentos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

20.09.19

 

Estive a ver, com um dia de atraso, a prestação de Rui Rio no programa “Gente Que Não Sabe Estar” e verdadeiramente adorei...

Quem acompanha o Caneca de Letras sabe que apoiei Rui Rio na disputa com Santana Lopes pela liderança do PPD/PSD e depositava nele uma esperança sem tamanho nessa árdua missão que seria a reconstrução do Partido.

Ao longo do tempo Rio foi desaparecendo, parecendo perdido entre as tricas internas e as diatribes externas,  essa mistura entrelaçada de erros que anunciavam uma hecatombe eleitoral.

As Europeias foram somente uma amostra, depois da trapalhada dos professores que quase levaram à loucura os simpatizantes Sociais-Democratas.

Com a chegada da pré-campanha para as Legislativas parece que Rio despertou de um pesadelo, uma apatia que se havia instalado para os lados da Lapa e que ameaçava reduzir a pó as intenções do PSD.

Críticos constantemente a aparecer, vociferando as divergências, muitos ansiando um regresso aos tempos do PSD da “Tróika”, num projecto mais ultra-liberal do que social-democrata...

No entanto, as prestações de Rio em campanha estão a surpreender, seja em debates ou entrevistas, de forma mais séria ou “humorista” e informal.

Rio defrontou Costa na televisão com louvor, esteve no debate das rádios com determinação e personalidade, deixando vincada a força com que defende as suas ideias.

Gostei especialmente do seu olhar sobre o “segredo” de justiça e a sua visão sobre a criminalização do mesmo, a sério, sem receio de ferir os alvos de tamanha imoralidade.

Jornalistas e agentes judiciais...

Juízes, advogados, oficiais de justiça, etc...

Estou sem dúvida a gostar deste Rui Rio, a fazer lembrar os tempos onde conquistou a autarquia Portuense, espantando todos os que não acreditavam no seu sucesso.

Sei bem que a tarefa, nestas eleições, é Hercúlea, quase impossível de conseguir, pois Costa e o seu Governo estão sentados no poder e através dele manipulam a seu belo prazer a nossa Lusitana realidade...

No entanto, não posso deixar de assinalar a transformação extraordinária que tomou conta do líder do PSD e nesse “acreditar” que parece ganhar força entre os Sociais-Democratas.

Sehr Gut, Rui Rio!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

17.09.19

 

O debate que se aguardava...

Quem ganhou?

A questão que todos tentam responder...

Na minha opinião, ninguém!

Este foi o debate que mais me interessava, talvez buscando a minha desesperançada esperança numa alternativa de Direita que tarda em chegar.

Rui Rio esteve francamente bem, muito melhor do que as expectativas nele depositadas, mostrando uma leveza argumentativa entrelaçada com as ideias que, há muito, pareciam escassear.

Entre estes dois oponentes ressalta o respeito espelhado em seus rostos, a ligação construída em uma década de gestão autárquica, Lisboa e Porto, num jogo espartilhado entre a opinião pública e o aparelho partidário.

Sinceramente Rui Rio foi muito melhor do que se antecipava, sabendo jogar com o tempo e a forma, os temas e a honestidade, para discordar e concordar, honestidade que tantas vezes é confundida com fraqueza...

Costa refastelado na sua poltrona, mexeu-se pouco, agitou o quanto baste e fingiu-se de morto, vezes sem conta, preferindo perder do que esventrar, criar feridas inabaláveis num eleitorado volátil que pondera lhe presentear com o voto.

Gostei de Rui Rio, mais do que de António Costa, sendo que se torna evidente, como se esperaria, que será impossível encurtar a diferença entre os dois Partidos na “pole” eleitoral.

Lastimo que este Rui Rio tenha andado perdido nestes anos de oposição, submerso em equívocos e tricas...

Neste debate, bailado entre iguais, Rio dançou em “paso doble”, valsa e salsa, sem desacertos ou inseguranças, sobrando a certeza de que será Costa a ficar com o papel.

No entanto, fica a compensação para o Presidente do PSD de um desempenho assertivo e capaz, assim como, uma pena de a sua oposição não ter sido feita em debates...

Esse bailado maior, num palco preparado para grandes momentos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

13.09.19

 

Tenho andado distraído, em relação aos debates eleitorais, não por falta de vontade mas sim por uma sonolência irritante que se acomete da minha pessoa, sempre que insisto em ver estas pelejas políticas.

Debates serenos e mornos, enfadonhos e tristonhos, carregados de uma lentidão argumentativa nessa ausência total de argumentos.

Os sorrisos disfarçados, os programas mal elaborados, a noção de um resultado pré-determinado, neste autêntico passeio de António Costa...

Motivos para adormecer, sem voz ou determinação, entrelaçados por desvios ideológicos que confundem a mente das gentes, rasurando, vezes sem conta, a noção de Esquerda e Direita.

Encontramos Costa e o seu PS como garante das contas públicas, preocupados com o “diabo” que afinal acreditam poder chegar, enquanto encontramos o PSD e o CDS a prometer distribuir dinheiro entre impostos e incentivos, num grito desesperado por amarrar, amealhar, votos num quarto escuro.

Ligo, novamente, a televisão e ali se encontram:

Os candidatos, o moderador e a promessa de um debate...

Começa o dito e ansiado debate, a suposta troca de ideias, eu terei dito ideias?e logo se vai desvanecendo o interesse, se dilui a vontade de querer compreender o que têm a dizer.

Rio e Costa vão se encontrar, dentro de dias, para um decisivo debate...

Decisivo para Rui Rio, ou seja, para compreendermos por quanto perderá, se por uma gigantesca diferença ou apenas pela margem suficiente para atenuar a humilhação.

Triste tempo este...

Para quem como eu, que sendo de direita, se vê despojado de alternativas ideologicamente representativas deste campo político.

Vou dormir...

Se por acaso algum debate for digno desse nome, por favor, avisem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

30.07.19

 

Pedro Santana Lopes foi ao Podcast do Rui Unas, Maluco Beleza...

Ou seja nada mais apropriado, sendo o "enfant terrible" da política um grande "Maluco", com todo o respeito, assim como um grande apreciador da "beleza", com um respeito ainda maior.

Santana sentou-se durante quase duas horas naquele cenário, despido de receios ou artimanhas, respondendo ao seu interlocutor, assim como às perguntas do público, num encontro descontraído mas carregado de substância.

A vida pessoal, o percurso político, o novo partido ou até o "seu"  Sporting, tudo passou por aquele estúdio, por aquela agradável conversa.

Sinto ser minha obrigação fazer aqui um ponto de ordem, aliás julgo já o ter feito noutras páginas desta Caneca...

Sou de direita e durante a minha adolescência, aquele período Cavaquista que tanto me entusiasmou, era verdadeiramente Santana Lopes que me entusiasmava, movia parte da esperança dessa minha geração, num acreditar que me colava aos Congressos, às intervenções públicas carregadas de rebeldia e visão.

Era assim que me sentia, que crescia essa crença numa liderança Santanista.

Santana foi tanta coisa...

Presidente do"meu" Sporting, de Câmaras, comentador político e de futebol, tanto e tão pouco num turbilhão de emoções que acabariam por ditar as armadilhas de um destino que muitos auguravam brilhante.

Lentamente este jovem, que vos escreve, cresceu e a ingenuidade com aquele mundo Laranja se foi esboroando, com Cavaco, com aquele período e com o ídolo de outrora...

Pedro Santana Lopes!

A sua ida para o Governo, Primeiro-Ministro, a criança na incubadora, os familiares que queriam bater na mesma criança...

Enfim, tamanhos e entrelaçados erros acumulados ao longo do tempo e que acabaram por descredibilizar o político, sendo em grande medida, esses erros responsáveis pela imensa taxa de reprovação que ainda sustenta.

Mas não posso negar...

Santana esteve no Maluco Beleza como nos Congressos do PPD/PSD, aqueles Congressos do antigamente, com a mesma energia, a mesma desenvoltura, a mesma forma de nos amarrar à mensagem, seja ela política ou corriqueira, numa conversa que me trouxe momentos que pensava perdidos no passado.

Gostei...

Francamente foi um gosto imenso.

Este Santana poderá não vencer eleições, até por culpa própria, pela imagem de si construída, mas acrescenta à vida política, a essa Direita ausente do debate, da disputa pública.

Num mundo de Direita, preenchido por "eunucos", gente capaz de nada dizer sobre esse nada que os habita, Santana aporta um outro discurso, uma forma de agitar as águas sem receio de ir à luta.

Como ele mesmo definiu:

Este projecto, Aliança, é radicalmente moderado.

E assim caminha buscando ideias e gente nova, indo ao encontro das pessoas, as reais, que habitam para lá das paredes da Assembleia da República ou das "cortes" de Lisboa.

Gostei desmedidamente deste Maluco Beleza.

Perdão...

Deste, rejuvenescido, Pedro Santana Lopes.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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