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Caneca de Letras

27.09.23



 

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Nesta terça-feira assisti estupefacto a uma situação indescritível, a agressão por dois ou três tresloucados elementos ao Ministro do Ambiente Duarte Cordeiro.

Sei bem que os tempos são diferentes, no entanto, normalizar este tipo de atitudes apenas nos levará para um caminho de absoluta anarquia e selvajaria.

Admito a crise climática, assim como outras, neste tempo actual, aceito a urgência da questão e até o fervor com que alguns desejam debater a situação...

Porém aceitar que duas criaturas invadam um auditório para agredir o convidado da sessão sem que isso nos leve a uma indescritível reprovação parece-me inacreditável e um sintoma de quão insana está a sociedade.

Duarte Cordeiro esteve irrepreensível, demonstrando uma capacidade para normalizar o momento e desprove-lo de questiúnculas, recolocando as senhoras no seu devido e menor lugar.

O comportamento do Ministro não deve, no entanto, retirar a gravidade da ocasião e a respectiva punição que deverá pender sobre as ditas  energúmenas, acentuando a faceta abstrusa daquele momento.

Sou intransigente com radicais venham eles da extrema direita ou da extrema esquerda, sejam eles, os agressores, barbudos Skinheads ou meninas angelicais em frenética histeria.

Uma profunda repugnância e ao mesmo tempo uma imensa admiração...

Repugnância para com as histéricas "talibãs", admiração para com o Ministro que soube manter a compostura e dar uma surpreendente dimensão de Estado a um momento lamentável.

Nota mais para Duarte Cordeiro.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

03.05.23



 

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O que se passará na cabeça de António Costa?

Esta é a questão que mais me inquieta.

Nunca votei no PS, e muito menos na restante esquerda, mas admito que me surpreendeu o cenário da geringonça, porém o que aqui se passa num quadro de um governo do PS de maioria absoluta é indiscritivelmente inenarrável.

Galamba é um dado morto e a sua defesa um acto de suicídio...

Olhar para o quadro de radicalização da nossa vida política e o ignorar, é estúpido é irracional, viver a vida política num género São Bento versus Belém, sobrepondo essa disputa à sanidade do País, é de um risco tão desnecessário como arriscado.

Sempre considerei Costa como um animal político, alguém que percebia mais do quadro político do que a maioria, no entanto, julgo que este momento prova uma certa inaptidão e autismo desmesurada.

Galamba demitiu-se...

Costa contrariou o próprio.

Risível, patético, indescritível.

Novos capítulos chegarão, esperemos que a tempo de evitar um tsunami.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

27.09.21

 

 

 

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E esta hein?

Neste momento onde vos escrevo o PSD pode roubar Lisboa ao PS, Moedas pode derrotar Medina, Rui Rio e Chicão irão sobreviver.

O grande derrotado da noite a CDU que continua a definhar e a desaparecer do acto autárquico...

O grande vencedor da noite o PSD que consegue roubar várias câmaras ao partido socialista.

O PS perdendo Lisboa tem um revés absolutamente inesperado e que corresponde a uma hecatombe  sem precedentes.

Fernando Medina desaparece do papel de sucessor de António Costa, dando força a Pedro Nuno Santos, pois depois de ter perdido a maioria absoluta nas últimas autárquicas pode desta vez perder mesmo a autarquia de Lisboa.

Uma noite inesperadamente animada... 

E continua.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

´

21.09.21

 

 

 

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Quando oiço um Presidente ou um Primeiro Ministro a querer dar lições exemplares a empresas privadas não consigo deixar de me recordar de Hugo Chavez e dos seus anos de nacionalizações das indústrias petrolíferas venezuelanas...

E que excelente exemplo foi esse.

António Costa imbuído por uma tentação eleitoralista tem percorrido o País a prometer dinheiro europeu, a sua tão estimada bazuca, tentando convencer e aliciar as pessoas, de forma pouco ética, a votar no seu PS.

Talvez por isso, perdendo todo o senso do ridículo, tenha em Matosinhos atravessado uma linha de decência que se afigura perigosa.

Por mais duvidosa ou até discutível que a medida da Galp possa ser, encerrar a refinaria de Matosinhos, nada justifica a intromissão, ameaça, do Primeiro Ministro, num tom absolutamente soviético e inusitado...

Ameaçar uma empresa cotada em bolsa, privada na sua maioria de capital, com uma lição exemplar que sirva também para futuros empresários extrapola tudo o que possa ser admissível.

Volto a referir que nos leva aos tempos de Chavez na Venezuela, a estilos e ideias bafientas de um exercício ditatorial de poder.

O PS ao longo da sua história está repleto de assomos autoritários, de tentativas de controlo do sistema bancário, do sistema das telecomunicações, entre outros...

Parece que não aprenderam lição nenhuma.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

27.11.20

 

 

 

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Sorrio...
Essa mistura de só e Rio, de desespero e contradição.
Rui Rio e o seu PSD, tem de ser só seu, votou o projecto de lei do BE para inviabilizar injecções de capital no Novo Banco.
Ora esta medida por si só agradará a toda a gente, talvez por essa razão Rio terá pensado em votar a favor dela, quando digo toda a gente direi a maioria daqueles que agindo por impulso navegam pelos cabeçalhos dos jornais.
Numa semana ao lado do Chega...
Na outra a votar com o BE.
Querem melhor exemplo de oportunismo político, de populismo?
Certamente alguns me dirão que André Ventura desmarcou um Congresso que nunca esteve marcado...
Ok!
Que Ventura, e o seu Chega, começou por votar esta proposta do BE com um voto contra, a meio da tarde já se abstinha e por fim, julgo, que votou a favor...
Mas será Ventura o barómetro do PSD, de Rui Rio?
Talvez seja...
O PSD aprendeu alguma coisa com o caso dos Professores?
Não!
Rio navega entre populistas, os de Esquerda, os de Direita...
Podemos estar todos contra a injecção de dinheiro no Novo Banco mas o que fazer se o contrato assinado com a Lone Star assim o prevê?
Que se lixe o contrato...
Parece que é a estratégia.
Enfim...
Uns dias os ciganos, outros dias o Novo Banco, assim vai o líder da oposição, de Centro Direita, de braço dado entre o BE e o Chega.
Que tristeza!
 
 
 
Filipe Vaz Correia
 
 
 
 

01.09.20

 

 

 

 

A falta de pudor invadiu a política Portuguesa, talvez não só a política Portuguesa mas isso não vem aqui para o caso, neste final de Verão em tempo de Pandemia.

A Festa do Avante vai mesmo para a frente com a conivência da DGS e do Governo que se presta ao papel de mero espectador nos desmandos do PCP.

Uma vergonha.

Depois de todas as medidas que constrangem os cidadãos, (empresários, trabalhadores), temos o desprazer de ter de assistir a esta demonstração de poder por parte do Partido Comunista Português, indiferente à Pandemia, ao sofrimento em geral que tem sido vivido por milhares de pessoas durante estes últimos, largos, meses.

16 000 mil pessoas, por dia, irão estar reunidas na Atalaia, Seixal, para o festim Comunista...

Num claro acto de loucura de um Partido carregado de uma mentalidade "superior", de herdeiros da Revolução.

De facto este tipo de atitudes, alucinadas, desta esquerda lunática, alimentam as vozes daqueles que do outro lado do espectro do radicalismo encontram bases para pôr em questão o regime.

Costa sorri, disfarça e amordaça a contestação, demonstrando-se refém dos votos de alguns hipócritas bolcheviques.

Nada se passa...

Assobiam para o lado.

O que não perceberam, os líderes Comunistas, é que a população em geral, não os empedernidos Comunistas que sempre votam de olhos fechados na foice e no martelo, não compreenderá este  gesto, esta festa, esta loucura em forma de birra.

O PCP irá sempre sair a perder, e Costa também, pois se existir nesta Festa do Avante um foco de Covid, isso será um verdadeiro escândalo, no entanto, se por acaso nada acontecer ninguém os irá livrar desta sensação de impunidade, quero posso e mando, que sobressai de toda esta novela.

Não basta a população daquela zona contestar este evento, os comerciantes preferirem fechar a estarem envolvidos em tamanha loucura, o sentimento Nacional de revolta por este festim...

Nada disto basta pois o que mais importa é essa falta de pudor sob a capa de Liberdade...

A Liberdade daqueles que não se importam de impor a um País a sua despropositada Festa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.06.20

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Mário Centeno demitiu-se do Governo, algo anunciado, infelizmente anunciado.

Para somar a esta triste notícia, assistimos à despedida do mesmo Centeno, por entre, uma conferência de imprensa com o Primeiro-Ministro, o futuro Ministro das Finanças e onde também se falou de hipermercados, Estados de Calamidade ou Covid-19...

Mário Centeno merecia mais. 

Em Fevereiro de 2017 escrevi um texto, Centeno Ou Sem Tino, onde analisava o Ministro das Finanças e onde deixava algumas dúvidas sobre o futuro político de Mário Centeno.

Desde essa altura que fui apreciando o seu papel, a sua capacidade para gerir o dinheiro público e o responsável pelo primeiro superávit da História democrática.

Mário Centeno foi Ministro durante 1664 dias e Presidente do Eurogrupo quase 1000 dias, com os resultados que todos conhecem, tanto internamente como a nível Europeu.

Num tempo onde a acção do Ministério das Finanças será absolutamente fundamental, não é estranho o País trocar de titular dessa pasta?

Que razão poderá ter levado Centeno a este bater de porta?

Mário Centeno aparentava, há muito, incompatibilidades com diversos sectores do Governo, a ala mais à esquerda encabeçada por Pedro Nuno Santos e Graça Fonseca e nos últimos tempos até com o Primeiro-ministro António Costa.

Com a chegada dos Milhões de Milhões vindos da União Europeia, talvez a veia Socialista tenha crescido dentro do Conselho de Ministros, com a sede despesista que sempre marcou os Governos de esquerda e que foi contrariada ao longo da anterior legislatura precisamente pelo próprio Centeno.

Por esta razão, não só por essa, lastimo a saída de Mário Centeno, um Ministro das Finanças que muito me surpreendeu pela positiva.

Sendo um eleitor de Direita, não posso deixar de expressar o quão apreciei a obsessão de Mário Centeno pelas contas certas e o esforço que deve ter sido necessário para justificar essa decisão dentro de uma Geringonça apoiada pela esquerda radical.

Com esta saída do Ministro das Finanças, duas coisas poderemos ter, quase, como certas...

Mário Centeno deverá ser próximo Governador do Banco de Portugal, tem mais do que competência para o ser, e este Governo ficará fragilizado com esta saída do Terreiro do Paço.

Atenção que as noticias que nos chegam alertam para a saída do Secretário de Estado Mourinho Félix, aquele que verdadeiramente foi o homem de confiança de Mário Centeno, durante estes 5 anos de mandato.

Para terminar deixar um pedaço de adivinhação, nesse futuro carregado de imaginação...

Será que Mário Centeno busca a Governação do Banco de Portugal para mais tarde ser candidato à Presidência do Banco Central Europeu?

Daqui a alguns anos saberemos a resposta.

Por agora...

Obrigado e um abraço, Sr. Ministro Centeno!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




23.09.19

 

O PSD perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta na Madeira...

Felizmente para os Sociais Democratas, o CDS deverá garantir os deputados suficientes para numa coligação, bastarem à governação do arquipélago da Madeira.

No entanto, não deve bastar esta constatação, este cenário de tristeza, que tomou conta dos rostos “laranjas” habituados a reinar naquelas terras.

Em contraponto, vemos o Partido Socialista alimentando o seu caminho, com novos 14 deputados adquiridos nestas eleições.

Um desenho arrepiante para a história Social-Democrata na região, para o legado de Alberto João Jardim, ficando desnudadamente a interrogação...

Se Alberto João Jardim não tivesse, nestes últimos dias, entrado nesta campanha eleitoral qual seria o resultado do partido?

Não estaríamos a assistir a uma catástrofe maior?

Uma histórica lição para aqueles que menosprezaram o peso das “velhas” raposas, neste novo tempo eleitoral...

Hoje, espantados, viram-se confrontados com as repercussões dos seus actos, com as consequências das suas “queimadas”.

Talvez esse passado recente, repleto de autofagia, tenha servido para enfraquecer o Partido e a sua actual liderança.

Por vezes as feridas abertas não saram, não secam...

Por mais que se demonstre o contrário.

Destas eleições sobrará o terramoto político que quase aconteceu na região da Madeira, ao PSD e ao seu passado histórico...

Chega o tempo dos entendimentos, um novo tempo na Madeira, que irá ditar todo um destino e um legado que se entrelaça desde 1974.

Novos tempos, renovados entendimentos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

17.09.19

 

O debate que se aguardava...

Quem ganhou?

A questão que todos tentam responder...

Na minha opinião, ninguém!

Este foi o debate que mais me interessava, talvez buscando a minha desesperançada esperança numa alternativa de Direita que tarda em chegar.

Rui Rio esteve francamente bem, muito melhor do que as expectativas nele depositadas, mostrando uma leveza argumentativa entrelaçada com as ideias que, há muito, pareciam escassear.

Entre estes dois oponentes ressalta o respeito espelhado em seus rostos, a ligação construída em uma década de gestão autárquica, Lisboa e Porto, num jogo espartilhado entre a opinião pública e o aparelho partidário.

Sinceramente Rui Rio foi muito melhor do que se antecipava, sabendo jogar com o tempo e a forma, os temas e a honestidade, para discordar e concordar, honestidade que tantas vezes é confundida com fraqueza...

Costa refastelado na sua poltrona, mexeu-se pouco, agitou o quanto baste e fingiu-se de morto, vezes sem conta, preferindo perder do que esventrar, criar feridas inabaláveis num eleitorado volátil que pondera lhe presentear com o voto.

Gostei de Rui Rio, mais do que de António Costa, sendo que se torna evidente, como se esperaria, que será impossível encurtar a diferença entre os dois Partidos na “pole” eleitoral.

Lastimo que este Rui Rio tenha andado perdido nestes anos de oposição, submerso em equívocos e tricas...

Neste debate, bailado entre iguais, Rio dançou em “paso doble”, valsa e salsa, sem desacertos ou inseguranças, sobrando a certeza de que será Costa a ficar com o papel.

No entanto, fica a compensação para o Presidente do PSD de um desempenho assertivo e capaz, assim como, uma pena de a sua oposição não ter sido feita em debates...

Esse bailado maior, num palco preparado para grandes momentos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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