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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Marcelo E Os Especialistas...

Filipe Vaz Correia, 16.06.21

 

 

 

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"Os especialistas não governam, quem governa são os eleitos!"

Estas palavras foram ditas pelo actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, num gesto despropositado e até ingrato para com uma comunidade que serviu de âncora aquando de decisões  difíceis em todos os estados de emergência.

Claro que os especialistas não governam e sim os eleitos, infelizmente não poucas vezes nos arrependemos deste singelo pormenor, pois tantas são as vezes que os eleitos são incompetentes, no mínimo, e os especialistas ignorados...

O que importa realçar e recordar ao Presidente da República é que mesmo não governando  convém ouvir o que a ciência e os especialistas têm a dizer, ouvir atentamente as suas opiniões para quando chegar a hora da tomada de decisão, levar-mos em conta as avalizadas palavras daqueles que têm uma latitude de conhecimento maior, em cada área.

Parece evidente...

Por essa razão estranho estas palavras hostis de Marcelo, não querendo ter de recordar ao Presidente da República que tipo de Países e Presidentes ignoraram os especialistas em prol dos palpites dos seus eleitos.

Marcelo sabe e pode fazer melhor...

Tenho a certeza de que o fará.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

“Depois Não Se Queixem!”

Filipe Vaz Correia, 11.01.20

 

Irá Cristina Ferreira candidatar-se à Presidência da República?

Uma notícia veiculada pela revista Visão, onde essa hipótese é aflorada, sendo depois não desmentida pela própria no 5 para a meia-noite de Filomena Cautela.

Claro está que a doce Cristina não veio falar deste assunto numa perspectiva de se candidatar contra o queridíssimo Professor Marcelo, nem nas próximas duas ou três eleições...

A Princesa da Malveira tem contrato com a SIC e não poderia abandonar os seus espectadores da manhã, de um momento para o outro, já para não falar do seu pomposo e merecido ordenado.

Muitos soltaram a voz numa crítica feroz a este atrevimento da apresentadora, apontando o dedo a Cristina Ferreira e a esta Era de fazer política através do mediatismo popular, no entanto, nada me parece mais injusto...

De que forma foi eleita a querida Joacine?

Foi através do mediatismo das redes sociais, fazendo valer a cor, a gaguez ou até outro tipo de populares minorias, que viram nesta "superficialidade" programática uma forma de se sentirem representados.

Programa eleitoral?

Não interessou.

E o "estimadíssimo" André Ventura?

O deputado que se deu a conhecer ao povo nos ecrãs da CMTV, entre crimes e futebol, se calhar é a mesma coisa, entre frases feitas e boçalidades, entre "Passos" e Ciganos.

Programa eleitoral?

Apareceu depois das eleições, denunciado por Daniel Oliveira, sendo que o André logo o tratou de rasgar, apresentando novas ideias, não fossem as pessoas se aperceber das barbaridades nele incluídas.

E não ficamos por aqui...

Já sei que me vão falar de Marcelo Rebelo de Sousa e do seu programa na TVI, RTP e novamente TVI...

Meus caros, claro que esse programa lhe trouxe notoriedade e popularidade, porém, será de bom tom reconhecer que Marcelo já existia antes desses programas, com pensamento e densidade política, algo que o separa dos exemplos anteriormente citados.

Mas enfim...

A Cristina, ainda, não é candidata à Presidência da República, no entanto, se algum dia o for terá o mesmo direito que os Venturas, as Joacines ou outros da vida, forjados na televisão ou em outras plataformas mediáticas que lhes servem de alavanca para programas com pouco sumo mas carregados de populismo.

Por entre populismos e indiferença assim vai andando a democracia Portuguesa...

Como dizia um amigo:

"Depois não se queixem!"

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Afinal... Quem Salvou O Bebé?

Filipe Vaz Correia, 15.11.19

 

Isto está mesmo muito perigoso...

Será que já nem neste bondoso sem-abrigo podemos confiar?

Parece que o dito sem-abrigo do professor Marcelo, aquele que apareceu em Telejornais e afins, intitulado como o salvador do “Salvador”, o bebé abandonado num caixote de lixo perto do Lux, não passa de uma grande charlatão.

Já ofereciam casas ao dito homem, que chegou a fazer diante das câmaras de televisão a reconstituição do salvamento e agora...

Agora aparecem dois outros sem-abrigo, aparentemente a dizer a verdade, como se pode observar pelas imagens do dito salvamento, reivindicando a autoria do gesto que pode ter salvo a vida da dita criança.

Isto de facto está tudo perdido...

E agora?

E agora Professor Marcelo?

Volta ao local para uma nova reconstituição com os verdadeiros salvadores ou os irá receber no Palácio de Belém?

Se calhar...

Se calhar é melhor esperar para se ter a certeza de que são estes, os homens que aparecem nas imagens do resgate.

Francamente...

Já não se pode confiar, mesmo, em ninguém.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Governo: As Escolhas De António Costa

Filipe Vaz Correia, 16.10.19

 

António Costa apresentou os nomes do seu Governo ao Presidente da República e em seguida a todos os Portugueses.

Um Governo surpreendente, politicamente surpreendente, tendo em conta o privilegiar da componente de confiança política, em detrimento da “suposta” competência.

Costa é um homem que gosta de concentrar poder, de ter o comando dos detalhes e por isso privilegia, vezes sem conta, o aparelho em detrimento de independentes, no entanto, esperava que se pudessem encontrar, neste “novo” Governo, nomes que emprestassem uma diferente dimensão a este elenco Governativo.

Gostei essencialmente da manutenção de Mário Centeno, o nome que importa, de Augusto Santos Silva na pasta dos Negócios Estrangeiros e de Francisca Van Dunen na pasta da Justiça.

Tenho de confessar que sorri ao observar Brandão Rodrigues na pasta da Educação, não por admirar o seu trabalho, mas pelo “descabelar” da Fenprof ao se aperceber de tal facto.

Já se esperava a continuidade de Mariana Vieira da Silva, a sombra de Costa, assim como, de Pedro Siza Vieira que passa para número 2 do Governo, ganhado uma relevância inesperada.

De vários Ministérios saíram Secretários de Estado, promovidos a Ministros, num recrutamento interno que demonstra a miopia política deste novo Governo, fechando-se num circulo “virtuoso” de plena confiança.

Uma curiosidade...

Para quem dizia não se importar com o caso FamilyGate, não será de somenos reparar que todos os laços familiares desapareceram deste actual Governo.

José Vieira da Silva e Ana Paula Vitorino, respectivamente pai e mulher de Ministros, abandonaram o Concelho de Ministros, num abafar de um caso que parecia nada importar.

Por fim...

Pedro Nuno Santos, o delfim de Costa, o Jovem Turco radical que se mantém no Governo mas bem longe do protagonismo e importância de uma Mariana Vieira da Silva...

Inesperadamente revelador.

Duas ausências de peso...

Ana Catarina Mendes e Carlos César.

Aguardemos o processo legislativo e as batalhas que se aproximam, nacionais e internacionais, para compreender como se comportam os Ministros de António Costa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

As Saudades do Presidente Marcelo...

Filipe Vaz Correia, 18.07.19

 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, despediu-se hoje desta composição parlamentar, num formalismo que marca um tempo, antes da campanha eleitoral e respectivas eleições.

Nessa cerimónia, Marcelo assinalou as saudades que vai sentir deste parlamento, deste tempo inovador e surpreendente.

Muitos de nós, nos quais me incluo, jamais acreditariam numa legislatura completa, assente numa maioria de esquerda, Geringonça, cumprindo inesperadamente o seu percurso até ao fim.

Marcelo, como é seu apanágio, aparou arestas, dourou a realidade e expressou essa "saudade" de um tempo, na sua visão, carregado de entendimentos e salutar convivência.

Não posso estar de acordo.

Poderia falar dos incêndios, da saúde, dos professores, de tantas outras coisas...

Mas compreendo o alcance das palavras, das suas palavras, pois também o Presidente da República acreditava numa legislatura carregada de belicismo, num falhanço certo neste acordo da esquerda radical com o PS...

E nada disso aconteceu.

Para Marcelo, para o seu legado e futuro, nada poderia ter corrido melhor, pois este cenário conferiu à sua figura um papel de mediador, de garante popular, como nenhum outro lhe poderia conferir.

Por este motivo consigo entender as suas palavras, as suas saudades...

No entanto, convém ser comedido, não pintar um quadro da realidade, muito além daquele que verdadeiramente existiu.

E assim, por entre, as saudades "Marcelistas" encontramos um pedaço deste nosso tempo.

 

 

Filipe Vaz Correia