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Caneca de Letras

09.01.18

 

A saúde mental de Donald Trump volta a estar nas luzes da ribalta, por estes dias, devido à sua inaptidão para cantar o Hino Nacional durante um jogo futebol universitário, entre o Alabama e a Geórgia.

As redes sociais agitaram-se com vários internautas a clamarem a sua preocupação, diante dos mais variados indícios de instabilidade emocional do Presidente Americano.

Esta noticia, certamente preocupante, acrescenta um pedaço de drama a um folhetim que balança entre o cómico de inusitadas situações e o trágico de ser este homem o Presidente da mais poderosa nação militar mundial.

Donald Trump, na minha modesta opinião, não sofre de nenhum problema relacionado com a demência, ou outro tipo de doença degenerativa mental, apenas revela com o passar do seu mandato e a inerente exposição pública, sem rede, as várias facetas de personalidade, que sempre o definiram.

Não se pode pedir a Donald Trump para ser algo que nunca foi, para se mostrar um estadista, quando nunca passou de uma personagem de Reality Show, instável e irascível, inculto e boçal...

Esta mistura, meio efervescente, constitui parte dos alicerces de carácter, carácter é um expressão demasiado ousada para caracterizar a pessoa em questão, no entanto, a surpresa que muitos observadores têm demonstrado, em relação ao comportamento de Mr. Trump, mais do que definir algo sobre a sua saúde mental, revela antes o desconhecimento e impreparação dos mesmos.

Trump foi assim ao longo do seu caminho como empresário, veja-se as polémicas ao longo dos anos, foi assim durante a campanha que o levou à Casa Branca e não iria deixar de ser assim enquanto Presidente.

Apenas isso e não mais do que isso.

Acredito que Trump poderá ser derrotado em novas eleições, ou através das várias investigações em curso, sobre a sua campanha, os seus negócios, as suas ligações à Rússia, entre outros casos...

Mas não acredito que o seja por alegados problemas de saúde mental.

Trump não é demente, é apenas inculto, ignorante e boçal...

E isso é mais do que suficiente para justificar as suas imensas boçalidades.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

08.11.17

 

Um ano de Trump e o mundo resistiu...

O céu não desabou, nem eclodiu nenhum desastre nuclear...

Por enquanto.

Donald Trump inundou o planeta de tweets, de discursos desconexos, de falsas verdades, ou como se chamava no meu tempo, mentiras.

Trump trouxe ainda consigo, um discurso xenófobo, retrogrado, limitativo civilizacionalmente, ignorante de todos os outros pontos de vista...

Este é o homem que apoia a construção de um muro, numa Era em que a Globalização se esforça por quebrar barreiras, é a personagem que aposta na reindustrialização do carvão, algo séc.XIX, num tempo onde as alterações climáticas atingem a preocupação de todo o mundo civilizado.

Depois de um ano, é evidente que Donald Trump será nos dias que correm o Presidente Americano mais impopular de sempre, unindo até Ex-Presidentes Democratas e Republicanos na critica unânime, incapaz de aprovar muita da legislação populista a que se propôs, mesmo contando com maioria no Congresso.

Trump está muito para lá do simples aspecto de Esquerda/Direita, até porque na verdade, nos Estados Unidos não existe uma Esquerda, como existe na política Europeia.

O problema de Trump é a sua inexistente credibilidade, uma gigantesca impreparação para o Cargo, o que inevitavelmente lhe retira apoios, mesmo entre aqueles, que pertencem ao seu partido.

Donald Trump está ainda envolvido num sem número de suspeitas, envolvendo a sua campanha e a Rússia de Putin, que adensam as nuvens que sobrevoam este mandato.

Depois de tantas vezes aqui ter escrito sobre o que me separava de Trump, do discurso, do populismo inerente à figura, tenho que admitir que nada me horroriza mais, do que a boçalidade plasmada em cada palavra, em cada gesto, após cada encenação.

No entanto cá estamos...

Um ano depois de Trump ter chegado à Casa Branca,  surpreendentemente, todos vivos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.05.17

 

Donald Trump, o Presidente dos Estados Unidos, admitiu através do Twitter que tinha revelado informações sigilosas aos elementos Russos que se deslocaram à Casa Branca.

Informações fornecidas pelos Serviços Secretos Americanos e pelos seus aliados, ao Presidente Norte Americano, nunca imaginando certamente, que este se tornaria numa fonte Russa...

Por razões Humanitárias esclarece Trump, tentando justificar este acto sem precedentes, quase anedótico, não fosse a dramática repercussão deste facto.

As supostas informações que o Presidente Americano forneceu a Sergei Lavrov e ao Embaixador Russo nos Estados Unidos, terá sido passada por um dos mais importantes aliados Americanos, que não haviam dado permissão, para que estas informações pudessem ser partilhadas, segundo avança o The Guardian...

Trump coloca assim em risco, operações em curso, relações institucionais com aliados, em mais um gesto pueril e irresponsável, que já não surpreende ninguém, apenas preocupa.

De facto depois de tantas polémicas, Trump contribui para mais uma, cada vez mais graves, mais desestabilizadoras da credibilidade inerente ao cargo que ocupa...

A suspeita de estar altamente ligado aos Russos, deveria recomendar um outro tipo de actuação mas Donald Trump actua como um elefante numa loja de porcelanas, partindo tudo o que se encontra à sua volta, desesperando muitos dos que assistem, incrédulos, a este mandato.

Este tipo de atitude põe em risco operações em curso, arrisca ainda a vida de Americanos e outros operacionais no terreno, deixando também no ar a terrível impressão, de que os Estados Unidos se transformaram num departamento do KGB...

Ou seja, os Russos deixaram de ter que espiar os Estados Unidos, basta-lhes telefonar para a Casa Branca e pedir para falar com o Mr.Trump.

Uma questão que me ocorreu, sendo que a demissão do Director do FBI, foi decretada no dia seguinte a esta reunião entre Trump e Lavrov, quem terá tido esta ideia?

Por razões Humanitárias...

Claro!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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