10.01.20
Este é um artigo carregado de penitências...
Penitências plasmadas em algumas linhas deste texto.
Em primeiro lugar penitenciar-me pela citação extraída da intervenção de Daniel Oliveira no Eixo do Mal e que dá titulo a este post...
"Um erro e um intervalo".
Onde isto irá parar?
Já estou a citar o estimadíssimo Daniel Oliveira?
Depois...
Uma segunda penitência por todos os meus textos onde expressei a esperança em Rui Rio e nessas suas ideias que julgava poderiam transformar o partido, assim como, dar um novo rumo ao Centro-Direita Português.
A poucos dias das directas do PSD, julgo ser acertado dizer que Rio não será mais do que um intervalo na disputa eleitoral, nesse futuro laranja, Social Democrata.
No entanto, não obstante as desilusões Canequianas deste vosso amigo em relação ao candidato Rui Rio, não posso deixar de escrever o desmedido erro que seria se o PSD voltasse, por um instante, aos tempos do Passismo, ou seja, buscando através de Luís Montenegro um caminho que anteriormente se revelou equívoco e desagregador.
De Miguel Pinto Luz não gastarei muita dessa tinta imaginária que pincela este texto, não só pela falta de substância do candidato, como também pelo desnorte de rumo que se traduziram as suas posições.
Penitências minhas...
Penitências de um PSD que tarda em se reencontrar.
Neste fim de semana, nesse acto eleitoral que envolverá, somente, 30 ou 40 mil militantes, o PSD buscará uma resposta para as batalhas internas, demasiadas, que se somam nestes últimos anos, no entanto, será avisado explicar que não se afigura provável essa tranquilidade ou clarificação tão ansiada por tantos militantes e simpatizantes...
Pois dessa escolha entre um intervalo e um erro raramente poderá nascer esperança.
A esperança de uma verdadeira alternativa política.
Enfim...
Que venha o sol pois as laranjas vão podres.
Filipe Vaz Correia