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Caneca de Letras

Caneca de Letras

O Desvario De António Costa

Filipe Vaz Correia, 03.05.23



 

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O que se passará na cabeça de António Costa?

Esta é a questão que mais me inquieta.

Nunca votei no PS, e muito menos na restante esquerda, mas admito que me surpreendeu o cenário da geringonça, porém o que aqui se passa num quadro de um governo do PS de maioria absoluta é indiscritivelmente inenarrável.

Galamba é um dado morto e a sua defesa um acto de suicídio...

Olhar para o quadro de radicalização da nossa vida política e o ignorar, é estúpido é irracional, viver a vida política num género São Bento versus Belém, sobrepondo essa disputa à sanidade do País, é de um risco tão desnecessário como arriscado.

Sempre considerei Costa como um animal político, alguém que percebia mais do quadro político do que a maioria, no entanto, julgo que este momento prova uma certa inaptidão e autismo desmesurada.

Galamba demitiu-se...

Costa contrariou o próprio.

Risível, patético, indescritível.

Novos capítulos chegarão, esperemos que a tempo de evitar um tsunami.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

Predadores Sexuais: Os Esqueletos Da Igreja Católica…

Filipe Vaz Correia, 16.02.23



 

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Venho de famílias profundamente católicas, de um enraizamento alentejano que dificilmente se explica para além do cordão umbilical.

Posto isto, indo directamente ao relatório sobre os abusos sexuais na Igreja Católica terei de expressar que os números não me surpreendem, antes pelo contrário, tenho como certeza que muitos não denunciaram, outrora morreram no entretempo, outros ainda se silenciaram na certeza da sua fé.

Há muito que dispensei os intermediários na minha relação com o divino, padres e padrecos, moralistas e fundamentalistas.

Esta vergonha que desconstrói e fere, nada mais é do que um retrato de uma Igreja putrefacta e moribunda, carregada com séculos de pecados e bulas, de inquisição e violações, dos mesmos moralistas que nos impelem as regras para vivermos de acordo com os mandamentos de Deus...

Tenham vergonha.

E depois deste relatório o que terá a Igreja a expressar aos Jovens nas próximas Jornadas da Juventude?

Talvez seja o momento para olharmos para a história e caminharmos sem receio para uma separação entre a fé e os Homens "sacros" que a desejam impôr.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem (Ainda) Quer Ser Ministro?

Filipe Vaz Correia, 10.01.23

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Quem (ainda) quer ser ministro?

Esta deveria ser uma pergunta de cátedra nos anais da política...

Vivemos nos dias que correm uma espécie de Big Brother que entrelaça o meu pensamento sobre este dilema jurídico que nos leva ao entroncamento entre a persona pública versus a persona privada.

Nos últimos dias temos assistido ao desmoronar do governo de António Costa, como o meu último texto deixou expresso, uma espécie de morte anunciada que vai muito para além deste governo.

Surge-me a vontade de questionar sobre quem, em juízo perfeito,  pode aceitar entrar para um governo da Nação?

Na minha opinião...

Ninguém.

Antigamente ser ministro era sinónimo de prestígio, nos dias que correm é, quase sempre, sinal de cadastro e problemas, do próprio ou de familiares.

Este lado que abordo, não sendo o mais popular, é objectivamente aquele que mais poderá impedir que possamos ter pessoas de qualidade entre os membros de um governo.

Atenção que nesta temática existem vários lados e formas de abordar a questão.

Sou a favor de um escrutínio mas jamais de um  absoluto Streep Tease patrocinado pelas CMTV da vida e que ajudam a alimentar esta espécie de roleta russa onde nos encontramos.

Para se ser governante é necessário Homens impolutos...

Pois bem, na minha singela opinião,  estes não existem e os que se arrogam destes predicados serão os primeiros suspeitos de não o serem.

Questões que aqui deixo para debate, troca de opiniões ou desabafos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

António Costa: Uma Oportunidade Perdida?

Filipe Vaz Correia, 24.03.22

 

 

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António Costa oficializou o seu Governo, libertando os nomes que constituirão o próximo Governo de Portugal.

Infelizmente assistimos a uma oportunidade perdida em dois vectores, na quantidade e na qualidade...

Na quantidade, António Costa anunciou um Governo enxuto, algo que não cumpriu, ou seja, 17 Ministros e 38 Secretários de Estado é um número enxuto em contas à António Guterres ou Teixeira dos Santos e na qualidade teremos de expressar a desilusão imensa que caracteriza as escolhas de Costa.

Manter a inexistente Ministra da Cultura, a sucessão no Ministério da Educação, o número inenarrável de militantes Socialistas, assim como, a saída de Pedro Siza Vieira deixam a nú a falta de qualidade nesta nova plataforma política.

Esperava-se mais de Costa e do seu projecto político para o País, no entanto, nada é mais preocupante do que a pasta das Finanças...

Fernando Medina.

Fui crítico, por desconhecimento, de Mário Centeno, assim como de João Leão, dois nomes que acabaram por realizar um excelente trabalho, mais o primeiro do que o segundo, sendo que o seu perfil técnico poderá justificar a sua imunização à habitual politiquice Socialista.

Medina nada tem de técnico e acima de tudo traz consigo aquela "aldrabice" política que anuncia o desastre.

Enfim...

Este Governo tem tudo para se tornar uma oportunidade política, sendo a maior esperança que este meu prognóstico seja completamente falhado e que Costa possa ser um visionário para lá do seu tempo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Quem Acorda O PCP?

Filipe Vaz Correia, 22.02.22



 

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O PCP veio esta sexta-feira emitir uma opinião sobre o conflito na Ucrânia.

O Partido mostra a sua solidariedade para com as populações Russófonas de Donbass e alerta para o perigo de confrontação perpetrado pela Nato e os EUA contra Moscovo.

Observando atentamente este comunicado Comunista poderemos retirar dele que o PCP não percebeu mesmo o tempo onde se encontra, nem o significado dos seus contínuos fracassos eleitorais, de Autárquicas a Europeias, passando pelas Legislativas ou Presidenciais.

Um partido retrógrado, amarrado a tempos de Guerra Fria, julgando uma fidelidade canina a um ideal e um império que não existe.

Putin está mais perto hoje do Nacionalismo de Extrema-Direita do que dos preceitos de Karl Marx...

Mas vivendo a fantasia dos amanhãs que cantam, talvez seja tempo de se perceber que se calhar não vai mesmo haver ninguém para os acordar.

 

 

Filipe Vaz Correia