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Caneca de Letras

26.03.21

 

 

 

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Porque terá de ser assim? Porque dói a tamanha dor, sem disfarçar o ardor que arde desmesuradamente, fogo ardente que não se apaga... Jamais... Porque se enchem os olhos de maresia, se sabe bem o coração que as ondas não voltam, não regressam, nem no tempo, nem no disfarçado sofrimento que em algum momento se reacende. Por vezes faltam as palavras, as mesmas que sobram a cada recordação, por vezes se calam as certezas, dando lugar ao vazio que sempre volta. Esse vazio que se transforma em vida, sempre que ausente se encontra aquele bater, tic tac, carregado de timidez, silenciado em nome de um destinado imprevisto, chamado de amor. E em fuga se encontra, continuando escapando, vezes sem conta, sem olhar para trás com o receio desse medo maior... Porque terá de ser assim? Quantas questões... Reflexões perdidas diante do mar que não se cala, pois esse chega e abala, não pedindo permissão, apenas assistindo silencioso, num agigantar que nos suplanta, arrebata, esmaga. E sentado na areia, molhando os pés... Misturando as lágrimas do rosto com aquelas que brotam da imensidão desse mar que por um instante me pertence, me interrogo... Porque terá de ser assim? E porque não teria? Se é maresia, de noite ou dia, enquanto doía e tenuemente sorria, sempre assim... Despida, em ferida, a alma escondida que finge saber sentir. Porque terá de ser assim? Sem mais... Porque sim.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

22.08.20

 

 

 

Porque sim...

Porque não...

Porque a única razão para tamanho e misterioso sentimento é a busca incessante de aprendizagem.

Um alargar de pensamento na liberdade intensa, um amarrar de conhecimento no olhar dos outros, um abraço perfeito em cada pôr do sol.

Nesse desenho de traço carregado se escondem as leves pinturas que pincelam a tela e reescrevem as histórias de cada um de nós...

Os erros, os acertos, os arrependimentos, pequenos esquecimentos que não se repetem.

Linhas e palavras, escravas palavras de aparentes cumprimentos, estranhos momentos, desmedidamente temperados.

Porque sim...

Porque não...

Decisões que se tomam, rumos que se escolhem, trilhos que se apresentam, caminhos que nos fazem definir uma vida.

Assim...

Pessoas entram e saem, amores se despedaçam, amizades se entrelaçam ou inversamente se reescrevem.

Nas contínuas equações vai sobrando esse talvez, o tal talvez que pouco aparece num mundo carregado de certezas, num constante viajar sem tempo ou espaço para o pequeno duvidar.

Talvez...

Talvez valha a pena na incerta certeza desse tresloucado querer, respirar fundo, sorrir imensamente e num gigantesco passo acreditar que não somos nós que temos tempo...

É o tempo que, no seu infinito reinado, nos tem.

Por que sim...

Porque não...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

09.05.19

 

 

 

Obrigada Filipe pelo convite,

Venho partilhar, neste momento na caneca, que me sinto uma Alien.

Se vos disser que nunca vi um episódio da “Guerra dos Tronos”, sei que não sou a única, mas se acrescentar que não tenho Netflix, nem HBO.

Digam lá se não vivo noutro planeta?

Ainda não tive vontade de experimentar nenhum. Por alguns momentos, que não passaram de 2 conversas à hora do almoço, tive pena de não ver a Casa de Papel, mas nem assim.

O que é que estranho, porque gosto imenso de ver filmes e séries e sou uma consumidora assídua dos canais cabo. Contudo, gosto da sensação de aguardar pelo próximo episódio da série X que vai dar na terça feira ou da série Y que vai dar na quarta e não me agrada a ideia de fazer maratonas a ver uma série. Talvez seja por isso que nunca instalei nenhuma das plataformas, porque sei que iria ficar agarrada à TV.

Neste sentido, considero-me uma Old fashion televisiva (só para ser um nome bonito), e pergunto-vos, há mais alguém por aí?

 

 

Porque Sim

 

23.10.18

 

Porque terá de ser assim? Porque dói a tamanha dor, sem disfarçar o ardor que arde desmesuradamente, fogo ardente que não se apaga... Jamais... Porque se enchem os olhos de maresia, se sabe bem o coração que as ondas não voltam, não regressam, nem no tempo, nem no disfarçado sofrimento que em algum momento se reacende. Por vezes faltam as palavras, as mesmas que sobram a cada recordação, por vezes se calam as certezas, dando lugar ao vazio que sempre volta. Esse vazio que se transforma em vida, sempre que ausente se encontra aquele bater, tic tac, carregado de timidez, silenciado em nome de um destinado imprevisto, chamado de amor. E em fuga se encontra, continuando escapando, vezes sem conta, sem olhar para trás com o receio desse medo maior... Porque terá de ser assim? Quantas questões... Reflexões perdidas diante do mar que não se cala, pois esse chega e abala, não pedindo permissão, apenas assistindo silencioso, num agigantar que nos suplanta, arrebata, esmaga. E sentado na areia, molhando os pés... Misturando as lágrimas do rosto com aquelas que brotam da imensidão desse mar que por um instante me pertence, me interrogo... Porque terá de ser assim? E porque não teria? Se é maresia, de noite ou dia, enquanto doía e tenuemente sorria, sempre assim... Despida, em ferida, a alma escondida que finge saber sentir. Porque terá de ser assim? Sem mais... Porque sim.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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