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Caneca de Letras

27.07.19

 

Parece que a Protecção Civil andou a distribuir Kits de Incêndio às populações...

Um Kit com golas de poliéster.

Uma substância altamente inflamável e que ao invés de proteger, irá pôr em maior risco aqueles que usarem o dito Kit.

Ora bem, logo se levantaram alguns para criticar o Governo e o respectivo Ministro Cabrita.

Que injustiça!

Então é o Ministro Cabrita que confeccionou as ditas golas ou as andou a distribuir?

O senhor Ministro, muito provavelmente, sujeito a um stress indescritível nesta altura do ano, está assim envolvido numa polémica sem qualquer tipo de razoabilidade, enfrentando as críticas de quem nada percebe sobre o tema.

O Governo, que se aproxima de uma maioria absoluta, combate estas injustiças com a nobreza que se lhe reconhece, assacando culpas a outros, sejam Presidentes de Câmara ou empresas privadas, jornalistas ou afins...

E muito bem!

Era o que faltava se estas pessoas que nos representam, com tamanho sacrifício e incompetência, perdão competência, tivessem que assumir culpas ou responsabilidades.

Mais...

Sabemos lá se estas golas não terão sido fabricadas na China?

Se sim...

Já só faltava quererem criar uma polémica internacional.

Enfim...

Tenham pudor e respeito pelo Governo e pelo doto Ministro Cabrita, fazendo, se faz favor, silêncio sempre que estes fizerem asneira, por maior que seja, por mais imbecil que pareça.

Irresponsabilidades é que não!

Parafraseando o Excelentíssimo senhor Cabrita.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.10.17

 

O País está de luto, carbonizadamente de luto, enlutado pelos mortos que tombaram em mais uma tragédia incendiária ou pelos vivos que sobrevivendo, estão submersos em mais um pesadelo impregnado de dor.

Um retrato a preto e branco deste nosso Portugal, carregado de cinzas, enublado por entre as poeiras da incompetência de políticos, governantes, destino menor desta nossa triste alma Lusitana.

Gentes com memórias queimadas, esperanças incineradas, casas destruídas, vidas suspensas...

Já não existem palavras suficientes para descrever o olhar das pessoas, o desespero na expressão do rosto, a ausência de esperança, no meio de tamanha desesperança.

O que fica de Portugal, deste nosso querido País, é uma devastadora sensação de dor, de amargura, de abandono que as populações sentem, sentiram, e segundo o Primeiro-Ministro poderão voltar a sentir.

Abandono sentido no meio de florestas, em aldeias, cidades, estradas, em todo o lado por onde deflagrou este miserável pesadelo.

Através das imagens passadas pelas televisões, fica um retrato de devastação, de terrorismo, como diria o meu caro, O Último Fecha a Porta, de equívocos e erros acumulados durante décadas.

Não existe mais tempo para reflexões, não temos mais tempo para discussões, apenas sobra tempo para agir, para de uma vez por todas resolver esta repetitiva maldição.

Chove lá fora, do lado de fora da minha janela...

Por um momento, um instante, parece ganhar cor, a dor imensa deste meu querido País.

Que chova, que continue a chover, e que essa chuva se misture com as lágrimas da nossa dor, do nosso dolorido fado.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

16.10.17

 

Portugal está a arder, esventrado por um mar de chamas que parece não ter fim...

Um vermelhão ao longe, no horizonte, perdendo-se por entre o desespero das gentes, das pessoas, de vidas.

O pior dia do ano, no que diz respeito a incêndios,  com estradas cortadas, localidades isoladas, aldeias e cidades cercadas, tantos e tantos sítios, no meio de um pesadelo.

Como poderemos nós, cidadãos, aceitar que tudo isto ocorra, sem que nada se altere?

Basta, por uma vez, basta!

Existe por trás destes fogos mãos criminosas, uma espécie de quadrilha que actua concertadamente para construir estes cenários de horror.

Sei perfeitamente que este clima para Outubro é excepcional, que as alterações climáticas são uma realidade, que o território Nacional está em parte, ao abandono...

Sei de tudo isso, mas não consigo acreditar que seja possível este tipo de fogos, esta dimensão descontrolada, sem que exista acção humana.

Por último, independentemente dos estudos que quiserem fazer, julgo que a Ministra da Administração Interna, assim como a equipa que a acompanha, terá de abandonar o cargo, demitir-se ou ser demitida.

Não me interessa se é directamente responsável, até pode não o ser, no entanto, em última instância tem verdadeiramente muito azar...

E uma Ministra com azar, também não se recomenda para o cargo.

Que venha a chuva, para que se extinga este mar de chamas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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