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Caneca de Letras

22.02.22



 

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O PCP veio esta sexta-feira emitir uma opinião sobre o conflito na Ucrânia.

O Partido mostra a sua solidariedade para com as populações Russófonas de Donbass e alerta para o perigo de confrontação perpetrado pela Nato e os EUA contra Moscovo.

Observando atentamente este comunicado Comunista poderemos retirar dele que o PCP não percebeu mesmo o tempo onde se encontra, nem o significado dos seus contínuos fracassos eleitorais, de Autárquicas a Europeias, passando pelas Legislativas ou Presidenciais.

Um partido retrógrado, amarrado a tempos de Guerra Fria, julgando uma fidelidade canina a um ideal e um império que não existe.

Putin está mais perto hoje do Nacionalismo de Extrema-Direita do que dos preceitos de Karl Marx...

Mas vivendo a fantasia dos amanhãs que cantam, talvez seja tempo de se perceber que se calhar não vai mesmo haver ninguém para os acordar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

22.09.20

 

 

 

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Os Ovários das mulheres devassas e pecadoras estão por agora a salvo das intenções benfeitoras do Partido Chega, ou pelo menos, de parte dele...

Uma proposta na convenção do Chega apontava para que às mulheres que fizessem aborto no SNS, não sendo caso de malformações ou violação, lhes fosse retirado os Ovários para que não pudessem voltar a onerar o Estado com os seus pecadores impulsos.

"Os seus pecadores impulsos" são palavras minhas, se calhar abusivas, neste cenário tão inquietantemente acolhedor.

Ao ler esta notícia, pensei que seria impossível, podemos compreender melhor o que por trás deste "partido" se encontra, parte destas mentes e espíritos que o compõem...

O proponente desta barbaridade foi militante do PNR, estando agora no novo Partido De Extrema-Direita Português, o Chega.

Muito bem!

Para Neo Nazis ou Ultra Radicais este tipo de moralismo trauliteiro representa sempre uma forma punitiva de corrigir aqueles que eles julgam não ser adequados à sua Sociedade...

Uma assustadora sociedade.

Vá lá que apesar de proporem retirar os Ovários, estes ideólogos dos Costumes, não propuseram retirar o útero das mulheres, essas que se deleitavam entre abortos, fazendo assim uma limpeza geral.

Minhas Senhoras, olhem que podia ser pior, afinal ainda lhes deixam o Útero.

Claro que sei, antes que apareçam por aí os indignados radicais, que esta proposta foi rejeitada por 85% dos presentes...

O que deixa ali uma margem de 15% de pessoas que olharam para isto e pensaram:

"Olha que isto é capaz de ser uma boa ideia!"

Assustador!

Mas o que esperar de um ambiente onde se vive a pujante expressão de ideias absolutamente abjectas, onde tudo parece ser possível nesse cardápio que poderia fazer salivar o Drº Mengele...

Claro que se torna apetecível um ou outro brilhante projecto.

Excelentes ideias, por entre, confinamentos étnicos, castrações químicas, prisões perpétuas e até penas de morte...

Que belo cardápio nos oferece este pedaço de extremismo travestido de um partido popular de direita.

Na (Alemanha) República de Weimar começou por menos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

10.07.20

 

 

 

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Parece que Kayne West é candidato às próximas eleições Norte Americanas...

A que ponto chegámos?

Segundo li, a sua mulher, uma inspiração nas redes sociais, fará parte da equipe de campanha e uma Pastora Evangélica será a sua Vice-Presidente.

Um programa de excelência, radical contra as vacinas ou  contra qualquer tipo de aborto e sustentado numa qualquer cidade do mundo Marvel.

Um aperitivo de aberração saído da mente de um mentecapto...

Qual o lado mais assustador?

Poderá um mentecapto vencer as eleições Americanas?

Claro que sim...

Basta olhar para 2016.

Kim, Donald, Melania ou Kayne, todos funcionam no mesmo paradigma, ou seja, esse lado fora do sistema que promete radicalismo, travestido de populismo, em nome do que alguns, ressabiados, querem ouvir.

Também por cá existem..,

Já estamos no patamar Kayne West, o Tiririca lá do sítio, sendo que é possível atribuir ao dito palhaço, uma credibilidade difícil de reconhecer ao rapper Americano.

Enfim...

Os tempos que correm.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.04.20

 

É com pena que aqui escrevo estas linhas...

Aquilo a que assistimos, por parte da União Europeia em tempos de Pandemia, sobre a forma como iremos todos responder à crise económica, é no mínimo deplorável.

Os Ministros da Finanças da U.E. conseguiram estar 16 horas reunidos para chegarem a nenhum consenso.

Quando olhamos para esse futuro que se aproxima, observando esta incapacidade do Euro-grupo em dar passos em frente, após Cinco reuniões, podemos infelizmente concluir que a Europa não se terá apercebido do seu moribundo estado.

A ausência de planos determinados e destemidos, de solidariedade ou construção comum, ameaça finalizar este projecto Europeu que nasceu na segunda metade do Século passado e que tanta prosperidade trouxe para os Povos Europeus.

Estou, cada vez mais, convicto de que a entrada para a União Europeia dos Países vindos do outro lado do muro de Berlim, assim como a Unificação Alemã, contribuíram para o bloqueio em que hoje vivemos, desequilibrando a balança de influência em relação aos Países do sul desta velha Europa.

A Unificação Alemã, unificação essa que muito beneficiou do apoio da U.E., acrescentou peso político e económico, tornando a Alemanha, não a RFA, o centro de decisão de toda a Europa, num desequilíbrio que retirou importância a França ou Itália nesse espectro de influência que servia de contra-poder.

Países como a Holanda ou a Áustria beneficiaram da proximidade territorial e política do seu vizinho, caminhando nesse divisionismo Europeu que lhes dá uma maior credibilidade nos mercados e empresas de Rating mas que esmaga a solidariedade e esventra o Futuro de todos.

Não perceber isto é persistir no erro que torna as pessoas cada vez mais distantes do projecto Europeu...

Admiram-se das taxas de abstenção em eleições Europeias, na casa dos 60%, 70% ou 80%?

Admiram-se?

É a resposta das gentes, vulgo Povo, a essa falta de orientação e fé neste caminho comum.

Nada aprendemos...

Nada parecem querer aprender.

Se continuarem sem respostas, Eurobonds, Coronabonds ou outro nome qualquer...

Mas se a União Europeia não aceitar a mutualização das dívidas soberanas dos seus Países, num plano comum, solidário e determinado, não restarão duvidas de que este projecto terá chegado ao seu fim.

Poderá definhar lentamente...

Mas definhará.

Uma "esquizofrénica" questão me persegue...

União Europeia, para onde caminhas?

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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