30.04.20
Não tenho asas;
para voar até ti,
Não tenho forças,
para resgatar a essência deste amor...
Essa tamanha vontade
para encurtar distâncias,
Para unir segredos
e enfrentar medos,
Desvendar caminhos
ou redesenhar destinos,
Enfrentando ondas e marés,
Pequenos pedaços de fé...
O que tenho e de sobra;
é o pulsar deste coração,
Que sorri ao ver-te,
Que se inebria ao ler-te,
Que se perde, por entre, as linhas de tua alma...
Um dia;
numa outra história,
num outro reescrito guião,
voltaremos a amar cada singela letra perdida,
nessa estrada desencontrada,
nesse querer em ferida,
imenso amor liberto em nós,
Por nós...
Pois vale a pena recordar,
mesmo o que se temeu viver,
sempre que no olhar,
sobreviva intensamente,
o que jamais poderá ser contado.