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Caneca de Letras

10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




17.02.17

 

 

Não consigo mais ver, nem ouvir em todos os jornais e televisões, esta polémica dos SMS e Emails entre o Ministro Centeno e o ex- Presidente da Caixa...

É inacreditável, na conjuntura actual, como a política portuguesa atingiu o seu grau zero de despudor e desinteresse.

Centeno é na minha modesta opinião, um bom técnico, ou seja, deve saber somar e subtrair, sabendo encontrar os respectivos símbolos na máquina de calcular, o que comparado com os seus antecessores, pelo menos na última década, é uma evolução a todos os títulos considerável.

No entanto, a sua habilidade política, é totalmente inexistente, desencontrada com a realidade, o que lhe provoca e tenho a certeza provocará, problemas suficientes para permitir a existência de inúmeros folhetins nos mais variados meios de informação portuguesa.

Vejamos bem, no quadro político actual, encontramos o PSD e o CDS indignados por um Ministro da República ter mentido numa comissão de inquérito...

A sério?

E vemos o PCP e o Bloco, acompanhando o PS nesta defesa sem quartel da dignidade e privacidade do Ministro...

O que diriam estes partidos se o Ministro se chamasse Gaspar ou Portas?

E se por alguma razão os partidos no poder fossem outros e lhes fosse negado, numa comissão parlamentar, o acesso a documentos que eles considerassem importantes para o seu esclarecimento...

Lá viria a palavra censura ou mesmo o Prof. Salazar para a actualidade, demonstrar que estávamos novamente a caminhar para outros tempos, noutro século.

Todos, sem excepção, se comportam de maneira oportunista, desmentindo com os seus posicionamentos, atitudes que já tomaram no passado e que voltariam a tomar, caso os papéis estivessem invertidos.

Vergonhosa incoerência.

Para mim, a questão dos SMS é verdadeiramente irrelevante, pois preocupa-me muito mais saber, para onde foram os Milhões em empréstimos que levaram a Caixa à beira da insolvência.

Quem são esses principais devedores e quem foram os administradores, nomeados pelo Estado, que aceitaram tais empréstimos?

Como serão aplicados os valores, nesta recapitalização da Caixa, ou seja, o dinheiro de todos nós, contribuintes?

Saber e discutir, qual a razão para a crescente onda de assaltos e insegurança que tem tomado conta do país?

Questionar o Governo sobre quais os dados e os estudos que levaram à tomada de decisão do novo Aeroporto de Lisboa, naquele local e não noutro?

Saber ainda qual o caminho que devemos percorrer, para ao mesmo tempo que diminuímos o déficit, podermos aproveitar o aceleramento da nossa economia, convencendo de vez, as temidas agências de Rating?

Mas isso pouco importa...

O que importa verdadeiramente para o país mediático, são os SMS de Centeno e a descoberta do microfone da CMTV!

E assim com Centeno ou não, sobra-nos a certeza de que continuaremos a caminhar sem tino, trica após trica, por entre este reality show de baixa qualidade, que se tornou a política e algum jornalismo, em Portugal.

 

 

 Filipe Vaz Correia

 

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