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Caneca de Letras

10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




13.09.19

 

Tenho andado distraído, em relação aos debates eleitorais, não por falta de vontade mas sim por uma sonolência irritante que se acomete da minha pessoa, sempre que insisto em ver estas pelejas políticas.

Debates serenos e mornos, enfadonhos e tristonhos, carregados de uma lentidão argumentativa nessa ausência total de argumentos.

Os sorrisos disfarçados, os programas mal elaborados, a noção de um resultado pré-determinado, neste autêntico passeio de António Costa...

Motivos para adormecer, sem voz ou determinação, entrelaçados por desvios ideológicos que confundem a mente das gentes, rasurando, vezes sem conta, a noção de Esquerda e Direita.

Encontramos Costa e o seu PS como garante das contas públicas, preocupados com o “diabo” que afinal acreditam poder chegar, enquanto encontramos o PSD e o CDS a prometer distribuir dinheiro entre impostos e incentivos, num grito desesperado por amarrar, amealhar, votos num quarto escuro.

Ligo, novamente, a televisão e ali se encontram:

Os candidatos, o moderador e a promessa de um debate...

Começa o dito e ansiado debate, a suposta troca de ideias, eu terei dito ideias?e logo se vai desvanecendo o interesse, se dilui a vontade de querer compreender o que têm a dizer.

Rio e Costa vão se encontrar, dentro de dias, para um decisivo debate...

Decisivo para Rui Rio, ou seja, para compreendermos por quanto perderá, se por uma gigantesca diferença ou apenas pela margem suficiente para atenuar a humilhação.

Triste tempo este...

Para quem como eu, que sendo de direita, se vê despojado de alternativas ideologicamente representativas deste campo político.

Vou dormir...

Se por acaso algum debate for digno desse nome, por favor, avisem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

27.05.19

 

A noite eleitoral chegou e com ela trouxe algumas vitórias reais, outras imaginárias, meio disfarçadas por entre derrotas descaradas.

O PS clamou vitória, onde há cinco anos Costa exclamava "poucochinho", com uma diferença de apenas 2%.

O PSD gritou para Rio seguir em frente pois aquela era a sua gente, só que nunca foram tão poucas as gentes, tão solitariamente poucas.

O PCP taciturno, de rosto fechado, quase que vislumbrando nesse futuro "legislativo" uma tragédia anunciada, uma caminhada consistente rumo a um emagrecimento institucional.

Parece evidente que esta "Geringonça" tem prejudicado, essencialmente, os Comunistas numa correlação de forças que importa salientar.

O CDS assegura a vergonha alucinada...

A derrota do CDS é a derrota do lado mais populista da política, numa rendição aos costumes do seu cabeça de lista, aliado ao histerismo militante da "líder" do Partido.

Cristas é vítima desse mesmo populismo com que decidiu abordar a política, coadjuvada desta vez por um cata vento agressivo como Nuno Melo.

O Bloco venceu claramente...

Não foi para mim o vencedor da noite mas pode, evidentemente, receber os louros por tamanho feito eleitoral.

O Bloco atinge quase os 10% demonstrando que esta Geringonça tem trazido benefícios para o Partido.

Ao contrário do PCP, o Bloco tem conseguido fazer passar a sua mensagem, amarrando a si grande parte dos que gostando desta coligação, não desejam votar PS.

Para mim o grande vencedor da noite foi o PAN...

O Partido das Pessoas, Animais e Natureza cresce desmesuradamente, conseguindo ficar a somente um ponto percentual do CDS...

André Silva e o seu PAN ganharam não só a noite como ameaçam se tornar num peão central deste panorama político.

O PAN faz política de forma diferente, ficando por saber se não estará aqui a resposta para o dilema maior de António Costa...

Com quem me irei coligar se não tiver Maioria Absoluta?

Talvez com o PAN...

Talvez.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

16.11.18

 

Tenho de admitir que, esta manhã, me assustei...

As noticias davam conta do regresso do IRA, em força, com novos desenvolvimentos e até com uma Portuguesa, como um dos seus principais rostos.

Meu Deus!

Isto deve estar relacionado com este acordo para o Brexit, a suposta fronteira entre as duas Irlandas ou a falta dela...

"Esta Portuguesa, deve ser Luso-Descendente." Pensava inquieto e ainda ensonado, estupefacto em frente da televisão.

Encapuçados, em pose ameaçadora, capazes de enfrentar o mundo pelas suas convicções, estilo Daesh...

Que horror!

No entanto, num singelo momento, algo em mim se questionou:

Mas o que faz um cão, pincelado, naquele pano aterrorizador por detrás dos supostos terroristas?

Que estranho!

Começo lentamente a despertar e também  o meu cérebro dá sinais de querer raciocinar...

Pan?

Cãezinhos?

Foi então  que me apercebi...

Terrorismo à Portuguesa, carregado de estranhezas, inusitadas ligações e perturbadoras formas de contestação.

Escrevam o que vos digo:

Qualquer dia teremos um Canídeo na Assembleia da República, como Deputado da Nação, tal o ponto a que já chegámos.

E o pior...

É que deverá fazer melhor trabalho do que alguns Senhores que por lá andam.

Pois para isso, bastará aparecer...

Sem faltas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

05.12.17

 

Querem retirar o leite com chocolate das escolas?

Esta ideia, muito saudável certamente, encontra em mim, uma imensa vontade de beber um leite com chocolate, em homenagem à minha infância e honrando aqueles companheiros de uma vida...

Ucal, Cola Cao, Nesquik.

O deputado André Silva, do Partido dos Animais  Natureza, parece agora disposto a empreender esta luta, e eu que até tinha simpatia pela pessoa, querendo roubar a futuras gerações de crianças, o prazer de lanchar um pãozinho com manteiga e um Ucal com chocolate, bem fresco.

Diz o Senhor Deputado:

" Estamos a criar diabéticos..."

Pois se calhar estamos, no entanto, não será demasiadamente redutor acabar com todos os prazeres da vida, em nome de uma vida saudável, mas certamente sem muita graça.

O exagero acaba sempre por limitar a racionalidade com que se discute os assuntos...

A carne de porco tem muita gordura, os doces, são isso mesmo, muito doces, a carne de vaca não é muito aconselhável, o leite com chocolate banido das escolas, as pastilhas fazem mal aos dentes, e o pão...

Maldito pão, que faz mal a quase tudo.

Resta-nos a água e as verduras, por enquanto...

Um dia descobriremos, que também elas são prejudiciais a qualquer coisa.

A mortalidade, este factor que apavora, é o sinonimo desta busca constante pela vulgarização deste conceito, nada contra, do alimento saudável, deixando pouco espaço, quando o discurso é radical, aos prazeres inerentes, ao palato humano...

Ao indecifrável prazer, de beber um belo leite com chocolate.

Por tudo isto e também porque é uma das coisas preferidas do meu sobrinho João, ergo a minha voz, a minha palavra, contra tamanho atentado ao prazer infantil.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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