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Caneca de Letras

15.10.17

 

Os incêndios não têm dado tréguas, com um Outubro excepcionalmente quente, vemos o prolongar do drama dos fogos, inquietando povoações e gentes há muito martirizadas por tamanho flagelo.

Infelizmente parece que somos incapazes de prever e precaver este tipo de tragédias, de desenvolver mecanismos que protejam este nosso Portugal, deixando à mercê as pessoas e aqueles que combatem os fogos por todo o País.

Por estes dias, foi entregue o relatório sobre a tragédia de Pedrógão Grande, que visava explicar o que sucedeu naqueles fatídicos momentos que levaram à perda de tantas vidas Humanas.

Será que irá o estado aprender com esta imensa tragédia?

Teremos responsáveis por tamanha desgraça?

O Governo afirmou, vezes sem conta, ser necessário esperar pelas conclusões desta Comissão Independente, para poder tirar as ilações devidas sobre o que se havia passado em Pedrógão, para apontar culpados, para alterar e corrigir, o que tem de ser corrigido...

É isso que aguardamos, sem mais delongas, desculpas ou manobras de diversão.

O que aconteceu em Pedrógão Grande é por demais grave, para se empurrar para as calendas, decisões que urgem ser assumidas, para explicar ao País o que verdadeiramente falhou...

Está marcado para a próxima semana um Conselho de Ministros extraordinário, para analisar este relatório, e julgo que essa será a derradeira oportunidade, para o Governo tomar uma posição clara e inequívoca, para definitivamente ser assacada responsabilidade, a quem de direito.

Caso não o façam, então, será o descrédito total.

Para bem de todos nós, esperemos que Pedrógão Grande não se repita, a dimensão de vidas perdidas, o descontrolado vazio que se impôs àquelas populações...

E isso só poderá ser evitado, se aprendermos com os erros.

Por isso, expliquem lá de uma vez, o que se passou em Pedrógão Grande?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

01.08.17

 

 

 

As ruas de Caracas;

Estão repletas de sangue,

Repletas de desilusão,

Impregnadas de lágrimas,

De um futuro sem razão...

 

As ruelas da Venezuela;

Estão silenciadas, caladas,

Cheias de almas renegadas,

De vontades desabitadas,

De promessas adiadas...

 

Os destinos deste povo;

Foram perdidos, desperdiçados,

Em cada esquina despedaçados,

A cada voz amordaçados,

Traídos...

 

A cada morte;

De tantos jovens,

Se encerra,

A esperança de sonhar,

Com o eterno direito,

De viver,

Livremente.

 

 

17.02.17

 

 

Não consigo mais ver, nem ouvir em todos os jornais e televisões, esta polémica dos SMS e Emails entre o Ministro Centeno e o ex- Presidente da Caixa...

É inacreditável, na conjuntura actual, como a política portuguesa atingiu o seu grau zero de despudor e desinteresse.

Centeno é na minha modesta opinião, um bom técnico, ou seja, deve saber somar e subtrair, sabendo encontrar os respectivos símbolos na máquina de calcular, o que comparado com os seus antecessores, pelo menos na última década, é uma evolução a todos os títulos considerável.

No entanto, a sua habilidade política, é totalmente inexistente, desencontrada com a realidade, o que lhe provoca e tenho a certeza provocará, problemas suficientes para permitir a existência de inúmeros folhetins nos mais variados meios de informação portuguesa.

Vejamos bem, no quadro político actual, encontramos o PSD e o CDS indignados por um Ministro da República ter mentido numa comissão de inquérito...

A sério?

E vemos o PCP e o Bloco, acompanhando o PS nesta defesa sem quartel da dignidade e privacidade do Ministro...

O que diriam estes partidos se o Ministro se chamasse Gaspar ou Portas?

E se por alguma razão os partidos no poder fossem outros e lhes fosse negado, numa comissão parlamentar, o acesso a documentos que eles considerassem importantes para o seu esclarecimento...

Lá viria a palavra censura ou mesmo o Prof. Salazar para a actualidade, demonstrar que estávamos novamente a caminhar para outros tempos, noutro século.

Todos, sem excepção, se comportam de maneira oportunista, desmentindo com os seus posicionamentos, atitudes que já tomaram no passado e que voltariam a tomar, caso os papéis estivessem invertidos.

Vergonhosa incoerência.

Para mim, a questão dos SMS é verdadeiramente irrelevante, pois preocupa-me muito mais saber, para onde foram os Milhões em empréstimos que levaram a Caixa à beira da insolvência.

Quem são esses principais devedores e quem foram os administradores, nomeados pelo Estado, que aceitaram tais empréstimos?

Como serão aplicados os valores, nesta recapitalização da Caixa, ou seja, o dinheiro de todos nós, contribuintes?

Saber e discutir, qual a razão para a crescente onda de assaltos e insegurança que tem tomado conta do país?

Questionar o Governo sobre quais os dados e os estudos que levaram à tomada de decisão do novo Aeroporto de Lisboa, naquele local e não noutro?

Saber ainda qual o caminho que devemos percorrer, para ao mesmo tempo que diminuímos o déficit, podermos aproveitar o aceleramento da nossa economia, convencendo de vez, as temidas agências de Rating?

Mas isso pouco importa...

O que importa verdadeiramente para o país mediático, são os SMS de Centeno e a descoberta do microfone da CMTV!

E assim com Centeno ou não, sobra-nos a certeza de que continuaremos a caminhar sem tino, trica após trica, por entre este reality show de baixa qualidade, que se tornou a política e algum jornalismo, em Portugal.

 

 

 Filipe Vaz Correia

 

06.12.16

 

Como olhar, hoje em dia, para o PSD?

Como observar, esses esquizofrênicos passos que insistem em dar?

Olhando para o panorama geral da Assembleia da Républica, não será dificil perceber que a bancada parlamentar do Partido Social Democrata é, de longe, aquela que mais fragilidades apresenta, mais boys aparenta, menos qualidade demonstra...

João Oliveira ou Rita rato, PCP, Mariana e Joana Mortágua, BE, João Galamba, Pedro Nuno Santos, PS, Cecilia Meireles, Adolfo Mesquita Nunes, CDS...

Nomes que goste-se ou não representam uma renovação nesses partidos, uma mudança de mentalidades, de discurso, de argumentação.

São pessoas que representarão o futuro, algumas já o presente, marcando de maneira indiscutível o destino dos seus partidos e com isso, a forma como o eleitorado irá ver essa mesma evolução.

O PSD parece amarrado a um passado, bafiento, cinzento, entristecido...

Preso a passos dados no passado, a uma realidade que já não existe e não voltará a existir.

Essas eleições e esse resultado não voltará no tempo, esses apoiantes não ficarão parados, num eterno movimento, PAF, isolado, aguardando por uma nova oportunidade...

O mundo é movimento, numa constante evolução, não se coadunando com esses dramas ou traumas que ficaram lá atrás no tempo.

Passos Coelho, por muito que isto custe, representa, por culpa própria, um passado que muitos Portugueses renegam, desconfiam, querem esquecer.

O PSD tem de se concentrar naquilo que é mais importante, na recuperação do seu passado reformista e Social Democrata.

O Partido de Sá Carneiro, está próximo das pessoas, do tecido social, das empresas, das constantes mutações sociais que um País como Portugal, inevitavelmente vive...

Passos Coelho desperdiçou todo esse potencial, toda essa massa crítica que habiualmente se identifica com o PSD.

Hoje as pessoas identificam o Partido Social Democrata, com o Ultra-Liberalismo, com Radicais economissistas agarrados a números em desproveito dos cidadãos...

Não pode ser assim...

O passado do PSD não é esse!

Por isso é necessário recrutar novas caras, novas pessoas, novas ideias para recuperar, velhos ideais, novas vontades, uma nova crença...

Uma nova esperança.

Sem o PSD, será difícil a este País reformar-se, mas não se iludam sem este País não existirá PSD!

Por isso digo, Esqueçamos Rios, Passos ou Mendes e buscamos definitivamente algo novo...

Sem receios de encontrar, o desencontro próprio de novos tempos.

 

Filipe Vaz Correia

  

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