28.12.19
Nem sempre sei expressar o quanto te amo...
Nem sempre, por dor ou excesso de amor, consigo construir por palavras as imensas equações poéticas que se conjugam no teu olhar...
Nem sempre sei sorrir quando dói esse ardor, quando se despe sem pudor o ciúme, crescente temor de te perder...
Nem sempre...
Nem sempre, na palavra ausente está presente esse pedaço de querença que se apressa num abraço, pedaço de regaço que se expressa nesse suspender do tempo, quando te tenho...
Nem sempre, no toque de nossas mãos, no cerrar dos olhos, no entrelaçar dos dedos, conseguimos resumir o tudo desse todo, esse silencioso todo maior do que o conjunto de nadas que sobram para lá da janela do mundo...
Nem sempre, neste universo, em todos os universos paralelos, se pode garantir a felicidade, esse desespero transformado em instante, sufocante saudade do que foi vivido, do que ainda não foi vivido...
Contigo.
Nem sempre...
Mas a teu lado, esse sempre será eterno.
Filipe Vaz Correia