19.12.18
Tenho as mãos dormentes;
A voz tremula,
Um batuque insistente,
Que não pára de bater,
Dentro de mim...
Parece que é o coração;
Assustado com o que está a sentir,
Uma espécie de emoção,
Que persiste em fugir...
Insiste em escapar;
Por entre os dedos,
Como areia no mar,
Como o mais puro dos segredos...
Mas na folha em branco;
Na singela pureza desnudada,
Não sobra espanto,
Sobrando a certeza...
De que não existe beleza;
Maior...
Do que este tímido querer;
Chamado amor.