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Caneca de Letras

24.09.18

 

Querem ver?

O filho de Zédu está preso segundo noticiam, para minha absoluta surpresa, os telejornais.

Querem ver que terei de reescrever a minha opinião sobre esta mudança no Regime Angolano, ou seja, esta mudança de Regime em Angola.

Das três uma:

1- Existe verdadeiramente uma mudança neste País, valorosa e séria, gerido durante décadas por um déspota corrupto, José Eduardo do Santos.

2- Estamos a presenciar uma vingança pessoal que apenas representa a substituição de um poder corrupto por outro.

3- Um enigma surpreendente jamais desvendado.

Antes desta noticia apostaria na terceira ou na segunda opção, pois tenho profunda desconfiança das elites Angolanas ligadas ao MPLA, no entanto, tenho de reflectir diante dos factos que desta ex-colónia nos parecem chegar.

Será?

José Filomeno dos Santos está preso, um primeiro patamar de higiene nacional que antevê esperança para um povo, há muito, espoliado da sua dignidade.

Para já...

Muito bem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

03.02.17

 

Oiço agora muitas pessoas a elogiar a maneira como José Eduardo dos Santos, se afasta da presidência Angolana, não se candidatando às próximas eleições naquele país.

Só podem estar a brincar!

José Eduardo dos Santos governou de maneira, vergonhosa, um país durante 38 anos, deixando-o apodrecido e enlameado, numa gritante pobreza e corrupção.

Um tirano autocrático, déspota, alimentando-se de um poder desmedido, que permitiu a um círculo restrito de familiares, amigos e militares, enriquecerem desavergonhadamente, ao invés das pessoas comuns embrenhadas na mesma miséria de sempre.

Esta subserviência em alguns sectores da vida política e jornalistica portuguesa é algo que sempre me irritou, pois falamos de um regime que sempre demonstrou por Portugal, um racismo e desprezo, nunca disfarçado ao longo dos tempos.

O regime Angolano, não é o seu povo, no entanto, transformar um homem que ao longo de quase 4 décadas, matou, dividiu, silenciou, oponentes e antigos aliados, numa figura de estado é a meu ver o derradeiro acto de traição, não só ao povo que supostamente representa, mas também ao próprio legado português.

O General João Lourenço, servirá apenas para que o poder possa continuar nas mãos dos mesmos, satisfazendo as cúpulas militares e mantendo o regime seguro de qualquer iniciativa revolucionária, que se atreva a tentar mudar o curso e o destino de Angola.

Manuel Vicente, envolvido no escandâlo da Sonangol, não cumpria este requisito, não dava esta garantia de satisfação aos militares e o regime não poderia correr tamanho risco.

Assim não me falem em processo tranparente, invulgar no continente africano e não coloquem José Eduardo dos Santos num patamar diferente de Mugabe ou Obiang...

Pois todos eles, são aquilo que são:

Tiranos!

Numa época em que tanto se critica Trump, esquecer a história de Zédu neste momento em que se retira de cena, é a maior traição ao valores europeus que tanto se apregoam nos dias de hoje.

Por essa razão termino como começei:

Um tirano não é um estadista!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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