Os sindicatos dos professores reuniram-se com o Presidente da República, para reivindicar a restituição do tempo de trabalho, descontado no período da Troika.
Por completo e sem cedências.
Quantas categorias profissionais poderiam exigir tal medida?
Provavelmente nenhuma.
Quantas a conseguirão ter?
Provavelmente mais nenhuma.
No entanto, não me irei perder neste ponto...
Uma questão me assolou enquanto assistia às intervenções do "velho" Mário.
Ao vê-lo de crachá gigante na lapela, nesse estilo pitbull bolchevique, perdoem-me o epíteto de pitbull, a minha mente sussurrou-me esta pergunta:
Mas o querido Mário Nogueira faz mesmo o quê?
É professor!
Pensei ir um pouco mais além...
O caríssimo "Professor" Mário Nogueira tem uma vasta carreira no professorado, de quase quarenta anos, sendo que somente em onze desses anos leccionou...
Onze!
Nem sequer cumpre a "escolaridade obrigatória", ou seja, o 12º ano.
Mas enfim...
Chegamos assim à estranha conclusão, de que o caro Mário Nogueira passou quase trinta anos a saltitar de local em local, de gritaria em gritaria, de greve em greve.
Não sei se colocado em alguma escola ou sem colocação efectiva.
Na última aula que o dito "professor" leccionou, ainda não deveriam existir computadores nas salas, reinando ainda esvoaçante a Bandeira Portuguesa em Macau.
Isto é obra.
Subsiste em mim esta dúvida imensa, enquanto assisto, ano após ano, ao infernizar da vida de Pais e Avós com as "suas" greves que chegam sempre por época dos testes e exames, não podendo deixar de me questionar...
O tempo do Mário também vai ser contabilizado?
É que assim fica mais complicado, alguém criticar deputados e acessórios.
Eu até aceito que contabilizem os anos que os professores reivindicam, só para não ter de ouvir dias afim este Senhor "Professor", perdão Sindicalista...
Quer dizer, não sei.
Mas por favor, descontem-no directamente desse tempo de ausência do Senhor Mário Nogueira.
É que pelas minhas contas, e não sou bom em matemática, o último aluno deste "Professor" já deve andar pelos seus trinta anos.
Isto é só rir...
Ou não.
Filipe Vaz Correia