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Caneca de Letras

18.12.18

 

José  Mourinho foi despedido do Manchester United...

Sinceramente, esta decisão não causa escândalo, não só pelo medíocre futebol que a equipa jogava, mas também pelo conflito sistemático, entre o Plantel e o Treinador Português.

Os Treinadores são feitos de resultados, de reputação e José Mourinho beneficiou, ao longo do tempo, dessa admirável mistura que o levou a incontáveis sucessos.

No entanto, pós-Inter, Mourinho parece ter entrado em decadência, definhado aos poucos, assim como o conceito de jogo empregue em suas equipas.

Inexplicáveis contratações como Coentrão, Matic, este em dose dupla, Diego Lopez, Baily, Pogba, Alexis Sanchez, Lindeloff, só para citar alguns casos...

Em alguns destes exemplos, encontramos alguns dos que mais tarde entraram em conflito com, o mesmo, José  Mourinho, acrescentando ainda, Iker Casillas, Sérgio Ramos, Pepe, Cristiano Ronaldo, Eden Hazard ou Diego Costa.

Parece que não foi só o treino e a táctica de Mourinho que cristalizaram, parece que também naquilo que era o seu ponto mais forte, o Treinador Português se deixou ultrapassar...

Mourinho fazia do conflito a arma para unir os "seus", nos dias de hoje, ele usa o conflito para atacar aqueles que, outrora, seriam os "seus".

Poderíamos, também, acrescentar a debandada na sua equipa técnica...

Primeiro Baltemar de Brito, após o Inter de Milão, seguindo-se André Vilas Boas, José Morais e agora Rui Faria.

Basta vermos onde se sentava Silvino, treinador de Guarda-Redes, outrora, a ultima peça da equipa técnica e que agora até já aparece na televisão...

Segundo à esquerda de José Mourinho.

Por vezes, o fim de ciclo dos grandes lideres, tem muito a ver com esse séquito que os rodeia, carregado de "yes men", incapazes de confrontar o "ídolo", deixando-o acreditar que tudo é perfeito.

Não sei se Mourinho se enquadra neste perfil mas parece estar cada vez mais isolado no seu "mundo", nos seus conflitos, na teia de espelhos onde apenas o seu ego tem lugar.

Veremos...

Mas julgo que o futuro de José Mourinho, estará mais perto de uma MLS ou de uma China, do que num qualquer grande do Futebol Europeu...

Pois Futebol é coisa que as equipas de Mourinho, não jogam há anos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

19.10.17

 

A Liga dos Campeões trouxe para o meu Sporting, na sua visita a Turim, uma derrota...

Todos sabiam que seria um jogo difícil, contra uma enormíssima equipa, pejada de craques, num ambiente excepcional.

O que me entristece, contra a opinião do meu treinador, é a forma medrosa, pequena, com que sistematicamente o meu Sporting, se apresenta neste tipo de jogos...

Dir-me-ão que é aceitável tendo em conta o nome de clubes como o Barcelona, com jogadores como Messi ou Suarez, no entanto, caso não me falhe a memória, foi também assim que o Sporting jogou, em Alvalade, contra o FCPorto.

JJ é um treinador medroso, em constante disputa com o seu ego, em competição com aquilo que no seu pensamento já conseguiu, o que dificulta a ousadia, a audaz vontade de fazer melhor.

Pouco arrisca, mesmo quando precisa, pouco ousa, mesmo quando parece ser esse o melhor caminho...

Bas Dost jogou contra a Juventus, só, abandonado, numa equipa leonina encaixada no seu meio-campo, pedindo um avançado móvel, com velocidade, no entanto, na mente de JJ, a imprevisibilidade ou a coragem para ousar, compromete o rigor previsível de um velho treinador.

Ninguém vai falar desta exibição leonina, nos livros da Liga dos Campeões, ao contrário do que pensa o treinador do Sporting, ninguém vai recordar esta exibição como um momento inexpugnável, da História do Sporting Clube de Portugal.

Não porque perdeu...

Apenas, porque não ousou vencer.

O Sporting jogou como equipa pequena e perdeu dentro dessa dimensão.

Poderia ser diferente?

Não o sei, mas poderia ter tentado.

Por fim, uma nota sobre o Benfica VS MU, para dizer que Svilar me fez recordar os primeiros jogos de Rui Patrício em Alvalade, ou seja, um guarda-redes talentoso, vitima de um erro, fruto da sua imensa inexperiência.

O caminho será sempre acalentar o menino, devolver-lhe a confiança, acreditar no seu infindável talento, porque só assim, se poderá esperar dele o melhor.

E neste caso, assim como no caso do jovem Rui Patrício, talento não falta.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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