10.11.22
Morreu Gal Costa...
Perdi mais um pedaço de minha mãe.
Minha mãe era uma admiradora confessa de Roberto Carlos mas também de Gal Costa, uma cantora que aprendi a amar nas infinitas canções que percorriam as paredes de minha casa, nas mais infindáveis melodias, naquela voz aguda e inconfundível, mistura de divino e pecado.
Uma notícia que não se esperava, inconveniente e chocante, como tão bem expressou Bethânia, como tão bem chorou Gil...
Ainda dói, como dói a beleza da sua voz no último espetáculo de Cazuza no Canecão, na entrelaçada melodia da sua voz misturada com a de Gal cantando Brasil.
Tão actual, tão cortante, tão arrebatador.
Gal cantou, há pouco tempo, no Campo Pequeno, soube mas não fui, ainda havia tempo para um regresso mas afinal não havia...
Há espaço para a saudade, para a tristeza, para a inimaginável extinção de um tempo, de uma Era.
O único consolo nesta triste notícia é a de que uma voz como a de Gal, uma artista como Gal Costa não morre, é eterna na sua arte, no seu talento, na nossa memória...
Obrigado Gal Costa.
Te amo.
Filipe Vaz Correia