10.02.19
A doce inspiração que me foge no breu da noite, por entre, as estrelas, as nuvens, a imensidão.
Num silêncio destemido, quase usurpador, se vão escrevendo sem versos, as entrelaçadas mágoas de um texto...
Um texto meio desarranjado, repartido em sentidos sofrimentos, em pequenos compartimentos, de carregados tormentos, contados ao vento que não pára de soprar.
Mas o ardor não tem velas e por mais que o vento sopre, mais ele fica, se entranha, mais se faz valer essa espécie de destempero que amargura.
Sabe lá o tempo, as angústias que no destino se cumprem, pinceladas de cor, esbatidas em cada tela de uma vida.
Caminhando nessa viagem, sob a imensidão do céu...
Busco a inspiração para a tamanha contradição, por entre, as estrelas, as nuvens, a imensidão...
E a lua, secretamente despida, alumiando as feridas que somente ao luar sobressaem.
Filipe Vaz Correia