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Caneca de Letras

14.09.17

 

O debate desta na noite na TVI, sobre André Ventura, perdão sobre Loures, demonstrou o miserabilismo de algum tipo de Jornalismo, uma espécie de versão sensacionalista de Judite de Sousa, misturado com o show demagógico do Jovem André...

André Ventura sabe pouco, tem pouco a dizer, para além do seu discurso anti-ciganos, com algumas passagens pela pena de morte ou pelos parquímetros, no entanto, cavalga sem pudor estas bandeiras, esta consecutiva forma de sem nada dizer, amarrar o ódio ao poder discursivo.

Muitos assim triunfaram ao longo dos tempos com esta receita, que apesar de ignorante é deveras apelativa para aqueles que se encontram encurralados por estes problemas.

Percebo agora muito bem, a razão pela qual Rui Moreira não aceitou comparecer ao debate da TVI, moderado por Judite Sousa, pois na verdade, esta Jornalista é uma sombra daquela que há muitos anos representava qualidade e rigor, resvalando sistematicamente para a espuma, para o pequeno assunto, para o folclore...

O registo que apresentou de maneira escandalosa nos fogos de Pedrógão não é a excepção mas sim a regra para a qual resvala, infelizmente, a informação do canal de Queluz.

Voltando ao debate, gostei do candidato do CDS, bem distante deste triste representante de um desaparecido PSD, e acima de tudo capaz de demonstrar que estava ali para discutir Loures, com os seus problemas e as suas assimetrias.

Debater essencialmente as propostas de Pedro Guerra, perdão André Ventura, não é em si um pecado, julgo mesmo ser uma necessidade, no entanto, transformar isso, num debate centrado neste discurso demagógico e hipócrita apenas transforma um assunto real, em mais um momento de chicana política.

Num debate em que pouco se esclareceu, acredito que Bernardino Soares e o candidato do CDS terão estado em melhor plano, num espectáculo um pouco deprimente, deste cenário autárquico.

Em Outubro veremos se o ódio poderá ser uma mais valia no debate eleitoral...

Espero que não.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

26.07.17

 

Durante estes últimos dias André Ventura tem se desdobrado em explicar as suas afirmações sobre a comunidade Cigana em vários canais de televisão, desde o popular Você na TV, na TVI, até aos telejornais da cabo...

A polémica lançada pelas suas palavras, para alguns xenófobas, atira para a crista da onda o pequeno André, a sua veia mediática, o seu apetite pelas luzes toscas da popularidade.

A indignação reinante dos muitos que resolveram atacar André Ventura neste caso, soa a hipocrisia, a aproveitamento bacoco de um sentimento fácil e pouco esclarecedor...

O que disse André Ventura sobre a Comunidade Cigana, é ou não o que muitas das pessoas pensam?

É ou não, aquilo que em muitos casos acontece?

Muitos dos que o criticam neste caso, aceitariam ou imaginariam viver num daqueles bairros?

Estariam preparados para lidar com as consequências de uma clara impunidade, que estes gozam?

E as denuncias que André ventura fez acerca da discriminação sofrida pelas mulheres Ciganas, sob o jugo da chamada tradição?

Terá mentido?

Neste blog escrevi a minha opinião sobre o senhor em causa, sobre a minha completa discordância com quase tudo o que este senhor diz, da forma como o diz, do que pensa, no entanto, neste caso julgo que mais do que as suas palavras, convêm avaliar o problema...

Existe na realidade um problema de segurança, convivência, em certos lugares deste nosso país, entre a população comum e a comunidade Cigana, protegida por uma espécie de impunidade disfarçada de Democracia.

Disse aqui e escrevi que o meu problema com André Ventura não foram as suas palavras em relação a esta polémica mas sim tudo o que desse senhor já ouvi, ao longo do tempo...

O que ele representa como cata-vento político, ou seja, um anárquico ideológico capaz de tudo para representar as massas e diluir o verdadeiro sentido da palavra, política.

É populista?

É demagogo?

Sem dúvida nenhuma mas até um relógio parado acerta nas horas, duas vezes por dia.

Por essa razão, discuta-se o problema, debata-se a polémica e não se escondam as questões que certamente preocuparão muitas das pessoas que votam no Município de Loures, pois foi assim que Donald Trump chegou ao poder...

Iludindo as gentes com soluções impossíveis para problemas existentes, problemas esses que nenhum dos candidatos do main stream, quis sequer falar.

Depois não vale a pena dizer:

Como é que as pessoas votaram num tipo destes?

Talvez porque mais ninguém se dignou a ouvi-las.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

17.07.17

 

André ventura é um homem dos mil ofícios, comenta na televisão casos criminais, processos judiciais, futebolísticos e agora tornou-se a cara política do PSD/CDS, na campanha autárquica à Câmara Municipal de Loures...

Tudo isto e mais alguma coisa sempre assente numa verdade coerente:

A sua ignorante demagogia.

Trata assuntos leves com hipocrisia e populismo, a mesma premissa, que usa para assuntos sérios ou graves, sempre alicerçado numa gigantesca ignorância muito característica deste tipo de personalidades.

O facto de André Ventura ser apenas isto mesmo, não é por si relevante, nem mesmo o facto de ser comentador da CMTV, tendo em conta os critérios " jornalísticos " daquele canal, no entanto, o mesmo não se poderá dizer do facto, de ser este o escolhido pela coligação PSD/CDS nestas eleições Autárquicas...

O que se terá passado com os Partidos da Direita Portuguesa para não apenas um, mas os dois, terem decidido apoiar uma personagem destas?

Citando Francisco Mendes da Silva:

" Não há nada que André Ventura diga, que eu não considere profundamente errado, ligeiro, fruto da ignorância e de um populismo gratuito ou eleitoralista."

Não poderia estar mais de acordo, meu caro Francisco...

O receio de todos aqueles que representam uma certa direita em Portugal, Conservadores, Sociais Democratas, Liberais ou Democratas Cristãos é a colagem deste tipo de gente aos Partidos que supostamente nos representam e que cada vez mais, se encontram minados por uma espécie de Trumpistas acéfalos.

Por todas estas razões, tenho uma secreta esperança, que estas eleições e os seus resultados possa trazer uma imensa mudança na Direita Portuguesa, nas suas escolhas e na busca pelo mérito dos nossos representantes, que há muito deixou de ser critério para a escolha dos candidatos...

Pois se existisse esse critério, essa procura pela qualidade, não estaríamos a discutir este estranho caso de André Ventura.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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